domingo, 24 de outubro de 2010

Ruinas de Ankhenaton


Sentado a beira do lago de Hakar, um grupo de beduínos enche seus cantis e prepara seu acampamento. Os jovens guerreiros vestem-se de roupas leves que cobrem todo o corpo. Enrolados para proteger seus rostos os turbantes vermelhos, o turbante indica a qual clãs eles pertencem.

Ao chegar o por do sol, todos se ajoelham em direção ao oeste agradecendo a Azgher o calor do sol. Com a chegada da noite o líder dos beduínos, um homem de pele morena castigada pelo sol, com cerca de 50 anos, as crianças sentam se próximo à fogueira para ouvir suas historias:
--No passado, a muitos e muitos anos, essas terras pertenciam a uma tribo de turbantes vermelhos e aquela cidade do outro lado do lago era aonde viviam. Mas isso foi há muito tempo, antes dos Kiniath chegarem e construírem aquela cidade amaldiçoada...

Ao ouvirem o nome do qual se referiam ao povo cobra as crianças se encolheram. A cidadela a muito abandonada tinha uma aparência de local habitado com suas tochas acendendo-se magicamente à noite...
O velho se ergueu com um sorriso...

-- Todos nos descendemos dos Kiniath, mas isso foi há muito tempo... E essa é a historia do que aconteceu...
 
O  velho e as crianças, olharam com seus olhos repitilianos para a cidadela abandonada. E o velho continuou sua historia.
Ao norte do deserto da perdição existe um deserto que não é composto por dunas, a parte noroeste do deserto aonde faz fronteira com a cordilheira Dhorlantur e onde começa o grande norte é uma região pedregosa, com vários oásis e algum pasto e entre os quatro rios que nascem no lago Hakar e que correm paralelamente em muitos locais subterraneamente em direção ao norte ate desaguar em uma grande lagoa e ao sul, até desaguar sob o rio dos deuses. E nesse caminho existem vários oásis, nos pontos em que os rios retornam a superfície e se encontram com outras nascentes. 

Nessa parte do deserto, muitas rochas são de arenito, que é extremamente poroso e de fácil trabalho, assim em muitos locais existem poços para a e extração de água para os viajantes.

O lago é alimentado por um rio caudaloso que nasce na cordilheira e que desemboca nele. Um lago profundo com grandes quantidades de juncos em suas beiradas e com boa pescaria, com varias espécies de peixes.

A beira do lago, em uma área de cerca de dois quilômetros das margens, o solo tem muitas plantas, capim e ate mesmo coqueiros e palmeiras assim como todos os oásis possuem essas plantas. Diferente dos outros seis principais oásis permanentes do deserto sem retorno, que se acredita serem alimentados pelos rios que deixam o Lago Hakar, o Oásis Haiib, como é conhecido, é um local sem moradores. 

Os  nômades sempre visitam a margem oposta das ruínas pra alimentar seus rebanhos de cabras do deserto, que assim como os corcéis do deserto vivem com pouca ou água nenhuma...

No passado o Oásis Haiib foi o mais habitado de todo o Deserto sem retorno, seu povo era um povo guerreiro que conhecia astronomia e que já sabia forjar o ferro e matemática. Por volta do ano duzentos da chegada dos elfos, os povos do deserto em sua maioria ainda usavam armas de cobre, o ferro era raro e muitas vezes chamado de premio das estrelas ou Zhabul. Mas o povo de Haiib tinha algumas minas desse mineral sob algumas colinas ao sul. O povo de Haiib tinha também domínio da agricultura e da irrigação, por isso suas áreas de plantio chegavam a ser cinco vezes maiores que a do resto do deserto.

A população porem continuava vivendo das formas dos antigos, as pessoas viviam em tendas em torno do lago. E um grande Templo a Azgher fora construído em pedra ao lado do lago, e a casa do sacerdote era de pedra, o templo de Azguer não tinha teto para que o sol o tocasse o dia todo. O templo se situava do outro lado do lago, pois se considerava que esse era sagrado, era a sul do lago e posto de tal forma que o sol sempre entrava pelas portas ao leste e saia à noite pela porta ao oeste e o altar a Azgher ficaria ao centro. O povo de Haiib possuía grandes guerreiros, especialistas em cavalgar os corcéis do deserto e camelos. E seu líder era chamado Bashad, ou seja, filho do sol.

Então numa noite sem lua, a cidade foi atacada, centenas de Kiniath escravizaram o povo, os guerreiros combateram, mas a maioria se rendeu quando suas esposas e filhos foram ameaçados. Os Kiniath removeram as armas e os animais dos Haiib, e os escravizaram. Por semanas os Haiib foram estudados, observados, o povo em geral fora escravizado, mas os lideres e os guerreiros tiveram outro destino. Dentre os guerreiros, aqueles que eram seguidores de Azgher foram sacrificados ao maligno Sszzas, e aos outros foi dada uma escolha, riqueza seguindo Sszzas ou escravidão. Aqueles que aceitavam seguir de boa vontade Sszzaas passaram por rituais malignos que fundiram serpentes a seus corpos, os tornando uma espécie de homens serpentes.

Por cerca de 10 anos os escravos construíram a cidade de pedra, removendo e recortando rochas das montanhas Dhorlanthur. Alem dos escravos Haiib, haviam escravos anões, orcs e minotauros. A cidade foi construída em tempo recorde, com centenas de escravos morrendo
durante sua construção. Não apenas o povo Haiib, aqueles que usavam o turbante vermelho eram escravos, mas membros de muitos clãs foram escravizados por todo o deserto. Entre os escravos se encontravam os Jallar de turbante amarelo, os Khunhir de turbante azul, Najirah de turbantes negros e os Mardha de turbantes verdes. Membros de tribos que viviam nos outros oásis do deserto...

Então quando a cidade estava pronta, os Sszzaritas esperaram a hora que seu deus lhes diria para seguirem ao sul dominando todo o desertos em retorno. E enquanto esperavam a hora de estender seu reino, três gerações de mestiços serpente nasceram. Filhos dos homens serpentes com suas escravas, seja nos estupros, seja em seus haréns, esses jovens eram tratados pouco melhor que seus escravos, se um escravo não tinha nem direito a viver, esses mestiços eram como qualquer homem serpente. Em sua maioria eram treinados para serem os soldados do exercito de Ankenathon.

Então houve um eclipse, e os clérigos de Sszzas consideraram esse como um sinal, o exercito espalhou-se pelo deserto, dominando todos os sete oásis próximos. Os povos que restaram, se espalharam pelo deserto sem retorno, e por gerações viveram como nômades com medo da escravidão. Enquanto os Sszzazitas cultuavam seu deus maligno, seus filhos com humanos voltavam se ao culto de seus antepassados, adorando secretamente Azgher.
Dizem as lendas que quando um imenso exercito entrou no deserto sem retorno, seguindo a vontade dos deuses para dizimar os adoradores de Sszzaas, o exercito de mestiços se voltou contra os homens serpentes, abrindo os portões das cidadelas oásis para os invasores.

Despreparados para a traição de seu exercito, os Homens serpentes foram dizimados em todos os oásis. Os últimos Clérigos de Sszzas em um ato de desespero em Haiib fizeram um grande ritual, no qual sacrificaram centenas de escravos e de mestiços, ao seu deus maligno, invocando um demônio serpente gigantesco. Os exércitos dos campeões de Khalmyr foram rechaçados pelo monstro. Muitas partes da cidade foram saqueadas. Mas O templo principal permaneceu intocado.

A cidade a Beira do lago.
Com medo que a monstruosidade deixasse a cidade, os clérigos invocaram pela ajuda de Khalmyr. O deus então criou uma prisão para o extraplanar. Mas O deus da traição também agiu na magia. Os mortos na batalha, servos da justiça ou do grande traidor se erguem toda a noite como mortos vivos, indo descansar todas as manhas. Assim o combate entre justiça e traição se repete indefinidamente, com os mortos portando seus antigos itens.

 Dizem que ainda hoje habita o templo no coração da cidade abandonada, a criatura invocada pelos clérigos malignos.
 
Com o passar dos séculos, o sangue dos mestiços foi se diluindo, com os povos do deserto da perdição, e ainda hoje pode se encontrar nas tribos que o habitam sinais de sua descendência. Olhos amarelos, com pupilas reptilianas (como das serpentes venenosas) são comuns. Linguas de serpente, ausência de cabelos, escamas, também são traços não raros nos beduínos ao norte do deserto da perdição, hoje em dia. 

 Ankhenaton ND 15
Arte Digital da australiana Alexia Sinclair
Monstro , Enorme Comprido, Neutro e Mau.
Iniciativa: +21
Sentidos: +18
Classe de Armadura: 28 ( DES +0,  Natural+6,  Nível +8,  CON +6,  Tamanho -2).
Pontos de Vida: 180
Resistências: Fort 12, Refl 8, Vont 12
Deslocamento: 12m.
Ataques Corpo-a-Corpo: Pancada +28 (1d8+22, x2, Alcance: 3m[2 quadrados]), Espada Bastarda Grande Profana Anticriatura +3 Corpo-a-Corpo +31 (2d8+22 +2d6 vs bondosos + 2d6 vs humanoides (ataque contra humanoides +34) 19-20(x2), Alcance: 4,5m[3 quadrados])

Habilidades: For  30, Des 10, Con 22, Int 15, Sab 13, Car 6
Talentos: Casca Grossa, Devoto, Dominio da Enganação, Vontade de ferro x2, Fortitude maior x2
Pericias:Enganação +18, Furtividade +21,  Ladinagem +21, Sobrevivência +21, Iniciativa +21, Percepção +18
Habilidades Especiais: Alterar forma, Magias
PMs 45 Magias Divinas
Magias:
0 circulo: Brilho, Consertar, Detectar magia, Detectar venenos
1° circulo: Arma mágica, Amaldiçoar água
2° circulo: Acalmar emoções, Arma espiritual, Armadilha de fogo
3° circulo: Ampliar Plantas

 Ankenaton é uma criatura com duas formas, uma é de uma bela mulher de cabelos negros curtos, olhos azuis e vestidos branco com um corte egípcio (nessa forma a força diminui pra 10 e o carisma aumenta pra 20) e a forma de um imenso ser humanoide com cabeça de chacal. Ele tem 4 metros de altura. Ele somente assume essa forma monstruosa dentro do templo.  

Um comentário:

  1. Sinceramente, esse é o material de sua autoria que eu mais gostei! Adorei a história - apesar de achar que servos de Azgher deveriam ter participado mais na batalha final - e o boss é bem interessante também

    Você poderia escrever mais sobre o tema, dando as estatísticas raciais do povo mestiço e dos mortos vivos que batalham todas as noites!

    Trabalho foda!

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