domingo, 28 de novembro de 2010

Os Nutakai: os Homens Felinos de Arton



"À séculos atrás, vários membros de uma casta especial partiram das terras de Arton-Sul (hoje conhecida como Lamnor) para as terras que come-çavam a ser descobertas pelos humanos ao Norte. Estes os chamavam de "felinos azuis", devido à sua coloração. Porém, eram poucos aqueles que conseguiam adaptar-se ao modo de vida dos humanos e sua aparência incomum em nada os ajudava. Estes imigrantes pareciam não conseguir encontrar uma civilização que correspondesse às suas expectativas. Por muito tempo foi assim, até eles chegarem à uma grande ilha no Oriente.

Os habitantes da ilha tinham uma maneira diferente de pensar dos humanos Ocidentais: estes eram mais evoluídos psicológica e espiritualmente, além de vários pontos de sua cultura serem semelhantes à dos felinos azuis. Ambos valoriza-vam a honra acima das próprias vidas e apreci-avam a humildade de espírito. Muito tempo depois, esta ilha seria conhecida no continente como Tamu-ra e esses homens-felinos se autodenomina-riam Nutakai."

O pequeno texto acima conta história dos felinos azuis, que se apareceram no continente de Lamnor pouco tempo depois dos elfos, talvez sendo primos muito distantes destes, devido as muitas características semelhantes entre as duas raças. Não se sabe ao certo como se originaram, alguns afirmam que eles são fruto de mais um capricho de Glórien, a deusa dos elfos. Outros estudiosos acreditam que são resultado entre o cruzamento entre os elfos e os homens tigres devido aos seus traços felinos (mas mesmo os elfos mais liberais sentem arrepios só de imaginar tal possi-bilidade). Mas a teoria mais aceita é a de evolução paralela: duas raças diferentes, sob as mesmas condições ambientais, desenvolveram uma aparência semelhante.

Apenas uma coisa é certa: ambas as raças se separa-ram por livre e espontânea vontade. Após o reino élfico de Lenórien ser erguido, ficou clara a desigual-dade com que os Nukatai eram tratados: nunca eram levados à sério pelos elfos, nem sequer assumiam posições de destaque. A razão de tudo isso estava clara: preconceito. Sua aparência bestial (pelo menos aos olhos dos elfos), sua baixa população, e principal-mente sua óbvia desvantagem física (de tão franzinos, não eram destacados nem para serviços braçais) aliada a arrogância élfica contribuiu para sua exclusão social. Cansados de serem menosprezados, partiram de "sua pátria" para se juntar às novas civilizações. E como foi mostrado acima, eles se estabeleceram em Tamu-ra, aonde permaneceram até a chegada da Tormenta. 

 Sua Aparência
Os felinos azuis têm a mesma altura dos elfos comuns, mas são em média sete quilos mais leves, o que torna-os ainda mais esguios. Sua pele, obvia-mente, é azul, indo desde o azul pálido como o céu até o mais profundo azul marinho. Conforme enve-lhecem, sua pele ganha manchas púrpuras. Alguns poucos nascem de outras cores mas esses são muito raros. ¹

Seus cabelos são dignos de nota: possuem quase sempre cores metálicas, sendo mais comuns os total-mente brancos e tons de cinza, chegando raramente ao prateado. São encontrados nas mais diferentes formas, podendo apresentar a forma de uma chama, um longo rabo de cavalo em espiral, uma única crista no centro da cabeça, e outras formas estranhas.

Essas características os fazem muito parecidos com "elfos negros" (i.e., elfos de pele negra - inexistente em Arton como uma raça nativa - e não os elfos deser-tores de Glórienn), o que muitas vezes resulta em problemas para eles. Mas há varias diferenças entre eles e os elfos: suas orelhas são mais pontudas e com-pridas (o dobro do tamanho normal ). Seus olhos são quase sempre dourados e grandes, que brilham no escuro. Possuem unhas compridas e caninos maiores, mas incapazes de atacar. Possuem patas ao invés de pés, sempre andando na ponta dos dedos, como os felinos, porém não apresentam qualquer pêlo. Alguns raros indivíduos possuem cauda.

Sua Cultura e Costumes
Os felinos azuis prezam acima de tudo a indepen-dência e a liberdade, talvez devido à opressão dos elfos, ou talvez devido à sua própria natureza caótica. São totalmente contra a escravidão, e não agüentam ficar parados por muito tempo, pois estão sempre procurando emoção.

Apesar de sua longevidade, os nutakai chegam a ser compulsivos em experimentar tudo e fazer de tudo, pois sabem que um dia tudo isso vai acabar. É claro que há exceções: os mais "calmos" geralmente assumem o cargo de líder ou conselheiro. Eles possu-em um espírito jovial, e apesar de serem considerados impulsivos e despreocupados, sabem ser sérios e parar para pensar quando for preciso.

Dentre as artes mais apreciadas pelos Nutakai estão a escultura, os esportes, contos, e o combate. Esses seres adoram velocidade e agilidade, fato que se reflete até em suas armas e vestimentas. Muitos nutrem um desejo de voar, sendo isto para eles a liberdade máxima. Geralmente seguem deuses que comparti-lham alguma coisa de seu ponto de vista: Allihana, Nimb, Banshu-ra ( a Deusa dos Elementos ), Zzim , e outros. Estranhamente, poucos cultuam Glórien ou Minx, a deusa dos gatos.

Os Nutakai Hoje
Os tamurianos e os felinos azuis sempre convive-ram em paz e igualdade: os últimos se mostravam excelentes artesões e eram muito úteis quando era necessário o uso da agilidade e não da força.

Dentre estes seres, um grupo era intimamente ligado ao combate: o Clã dos Nutakanns. Estes guerreiros se mostravam os melhores e mais ágeis ninja do Império. Mas almejavam mais do que isso: eles desejavam a honra do título de samurai. Mas quando lhes foi negado (este era um direito permitido apenas à huma-nos e a alguns poucos humanóides dignos de tal título), eles se sentiram rejeitados novamente, e parti-ram para o Ocidente. A partir daquele dia, nenhum membro do clã poderia usar as armas típicas de um samurai como o arco Daikyu e a espada Katana.

Eles juraram que se não podiam ter sua honra, nada mais desejavam dos tamurianos. O clã acabou se refugiando nas Montanhas Sanguinárias, em um local com boa pesca, porém cercado de gelo. Neste vale foram encontradas cavernas com rios de lava. O líder do bando viu isto como um sinal da deusa Bashu-ra e lá se fixaram.

Naquele mesmo vale, foi erguida a vila de Ni-Tachura ("novo lar" em sua língua) contendo pouco mais de duzentos indivíduos. É claro que muitos continuaram em Tamu-ra, até acontecer o desastre da Tormenta, séculos depois. Apenas os Nutakai salvos pela magia do Imperador dragão Tekametsu (e que moravam na parte da cidade que foi teleportada para Valkaria), os que já moravam no bairro de Nitamu-ra, o clã os Nutakanns e aqueles que não estavam em Tamu-ra (ou mesmo não moravam lá) sobreviveram.

Quase todas as inscrições sobre a cultura dos Nutakai foram perdidas com a chegada da Tormenta. E corre o boato que Nutakanns estariam deixando Ni-Tachura, pois temem que um ataque contra a vila dizime todo o clã. Alguns teriam viajado até as comunidades humanas, outros foram para o Deserto da Perdição ou até mesmo Galrásia e há até mesmo aqueles que perdoaram seus irmãos e foram para Nitamu-ra. Porém, a raça conta com menos de mil indivíduos atualmente.

Com o fim da area de Tormenta de Tamu-ra um pequeno grupo dos Felinos azuis retornou a ilha. ²*
  
Os Nutakai como personagens

Habilidades: Constituição  -2,  Destreza +4 e Sabedoria +2. 

Bônus de Pericias:   furtividade +2, Percepção  +2, Escalar +2 Devido a sua natureza felina os homens gatos de arton recebem as seguintes caracteristicas desde que não usem botas elmos ou armaduras pesadas.

Garras: As pontas de suas unhas são compridas, permitindo aos nutakai golpearem com suas mãos. Os nutakaui recebm um bonus de +2 no dano de golpes desarmados. Os cortes dasunhas de um nutaka são como cortes de adagas, e causam dano letal de corte. Esse bonus se soma as habilidades de monge. Um nutakai que ataque com as 2 garras sofre uma penalidade de -4 em cada um dos ataques.

Presas: Os dendes de um nutakai são mais pontiagudos e afiados que os dentes dos humanos. A mordida de um nutakai causa 1d3 + 1 de dano.

Queda do Gato: Devido a sua natureza felina, os nutakai conseguem se safar de quedas de grandes alturas bem melhor que os humanos e demais raças artonianas (em termos de jogo, todas as suas quedas têm sua altura reduzida em 6 metros para efeitos de danos). 

Deslocamento Felino: Devido a esta mesma natureza eles também são muito ágeis (eles possuem movimento 12, porém se usarem qualquer armadura ou estiverem carregando uma carga superior a leve, a sua movimentação cai para 9) 

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http://www.leaonegro.com

Artigo criado originalmente por Mad “Raviollius” Gear e  regras adaptadas para Tormenta RPG Por Fernando Brauner

¹* Esse é um adendo meu, originalmente todos os homens felinos eram de tons azuis, mas eu acheu interessante que pudessem haver personagens jogadores que possuissem outras cores. 

²* Esse addendo é meu. Quando o artigo original foi escrito não existia a minima possibilidade da area de tormenta de tamura ser removida.

4 comentários:

  1. Tormenta RPG nao tem classe favorecida.

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  2. Oi Fernando, artigo muito interessante, ótimas ilustrações, mas as regras estão meio desfalcadas mesmo.

    Nas perícias por exemplo, em Tormenta não temos nem Mover-se silenciosamente, nem Esconder-se na sombras nem Ouvir. Temos furtividade e percepção.
    E aqui eu sugeriria um bônus em atletismo.

    Outra sugestão seria de garras e mordida como ataque natural, já que estas armas são descritas no texto.

    De qualquer forma, artigo muito legal!

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  3. Muito interessante.... Farei uma ilustração sobre essa raça... (adoro felinos)!!!

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