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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Componentes da espada

Espadas afiadas têm sido parte de nossa história desde os primeiros registros. De fato, algumas das ferramentas mais antigas utilizadas pelo homem primitivo foram pedras afiadas. 
Espadas e facas têm desempenhado um papel significativo em todas as grandes civilizações. Mesmo na sociedade moderna atual, as espadas são usadas em muitas cerimônias e acontecimentos militares ou estatais mais importantes. Pense sobre os comerciais do Corpo da Marinha dos EUA e como eles focam o sabre da Marinha, ou a cerimônia de cavalaria realizada pela Rainha da Inglaterra em que uma espada é usada para tocar os ombros do indivíduo que recebe o título de cavaleiro. 
As espadas mais antigas eram feitas de cobre, um dos metais mais comuns disponíveis. As espadas de cobre eram muito moles e embotavam rapidamente. Mais tarde, começaram a se feitas de bronze. O bronze é uma liga de cobre e estanho. Uma liga é uma mistura de dois ou mais metais ou elementos básicos para formar um outro metal com determinadas propriedades específicas. No caso do bronze, a combinação de cobre e estanho criou um metal mais resistente e mais flexível do que o cobre, além de permanecer afiado mais tempo.
Uma espada melhor foi desenvolvida com o advento do ferro. Ominério de ferro era facilmente encontrado por todo lugar na antigüidade. Ele contém ferro combinado com oxigênio. Para fazer ferro a partir do minério de ferro, é preciso eliminar o oxigênio para formar ferro puro. As instalações mais primitivas usadas para refinar o ferro a partir do minério de ferro é chamada de ferraria. 

Em uma ferraria, o carvão é queimado com minério de ferro e uma boa quantidade de oxigênio (fornecida por sanfonas ou foles). O carvão é essencialmente carbono puro. O carbono se combina com o oxigênio para formar dióxido de carbono e monóxido de carbono (liberando muito calor no processo). O carbono e monóxido de carbono se combinam com o oxigênio no minério de ferro e o levam embora, deixando uma massa porosa e esponjosa chamada de ferro-gusa. O ferro-gusa era então martelado para remover a maior parte das impurezas. O metal resultante era fácil de se trabalhar, mas as espadas de ferro não mantinham bem o fio e ainda eram moles demais. 

Existem quatro partes básicas:
  • lâmina - a extensão de aço que forma a espada. Uma lâmina típica possui seis áreas:
    • gume - parte afiada da lâmina. Uma espada pode possuir um ou dois gumes. Por exemplo, uma katana japonesa possui um único gume mas uma claymore escocesa é afiada em ambos os gumes.
    • ponta - extremidade da espada mais distante do punho. A maioria das espadas se afinam até uma ponta na extremidade, mas algumas linhas de lâminas são retas até a extremidade. Algumas espadas, como o sabre da Guerra Civil Norte-americana são curvadas em sua extensão.
    • falso gume - parte da lâmina oposta ao gume. Uma espada de dois gumes não possui falso gume.
    • faces - faces da lâmina.
    • vinco - freqüentemente chamado de baixo-relevo de sangue ou calha, o vinco é um baixo-relevo estreito que corre pela maior parte da extensão de muitas espadas. A maioria das pessoas acredita que exista o vinco para permitir à lâmina remover facilmente o sangue que escapa pelo canal, reduzindo, assim, a sucção. Mas, na realidade, o vinco serve para diminuir o peso da lâmina sem diminuir a resistência. O uso de um vinco permite ao cuteleiro utilizar menos material para modelar a lâmina, tornando-a mais leve sem sacrificar demais a integridade estrutural.
    • ricasso - encontrado em algumas espadas, o ricasso é a parte sem fio da lâmina, próxima à guarda. Era normalmente usada em espadas mais pesadas para permitir segurá-las com a outra mão, se necessário.
    • espiga - porção da lâmina coberta pelo punho. Uma espiga inteiriça é da mesma largura que o resto da lâmina e se estende para além do punho através do pomo. Uma espiga parcial não se estende totalmente pelo punho e normalmente não possui mais que a metade da largura da lâmina. O comprimento da espiga e a largura, especialmente onde fica mais estreita antes de entrar no pomo, varia de uma espada para outra. A espessura e largura de uma espiga dentro do punho determinará o manuseio da espada.
  • guarda - peça de metal que impede a espada do oponente deslizar até o punho e cortar a sua mão. A guarda em espadas japonesas impedia que as mãos deslizassem até a lâmina. Muitas guardas de espadas européias também protegiam as mãos em combate corpo-a-corpo contra um escudo. Além disso, a guarda cruzada em uma espada européia pode ajudar no controle de ponto e manipulação de uma lâmina. As guardas podem variar desde uma peça cruzada simples até uma cesta inteira que quase envolve a sua mão.
  • punho - sendo a empunhadura da espada, um punho é normalmente feito de couro, arame ou madeira. Ele é preso à espiga da lâmina para proporcionar uma forma confortável de empunhar uma espada.
  • pomo - a extremidade da espada onde está o punho. Os botões normalmente são maiores do que o punho e impedem que a espada escape da mão além de fornecer um pouco de contrapeso para a lâmina. Eles também podem ser usados como uma forma de fixar o punho à espiga e eram às vezes forjados na mesma extensão de aço que a lâmina.
As espadas podem variar desde estritamente utilitárias até totalmente cerimoniais. Em muitas espadas, a guarda, o punho e o pomo são muito ornados. 

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