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quarta-feira, 15 de março de 2017

A cidade de Ankhenathon




Sentados a beira do lago de Hakar, um grupo de beduínos enchia seus cantis e preparava seu acampamento. Os jovens guerreiros vestiam-se de roupas de tecidos leves e largos que cobriam todo o corpo. Enrolados na cabeça e rostos, os turbantes azuis que indicavam a qual clãs eles pertenciam. Eram usados para proteger os rostos do sol exibindo somente os olhos ao toque de  Azguer e nunca ao meio dia. Ao chegar o crepusculo, todos se ajoelham em direção ao oeste agradecendo a Azgher o calor de mais um dia, e a Tenebra a brisa fresca  da noite.
Com a chegada da noite o líder dos beduínos, um homem de pele morena de forte bronzeado, olhos verdes e  serpentilíneos, com cerca de 50 anos, chamou as crianças para se aproximarem próximo à fogueira para contar-lhes historias.
- No passado, a muitos e muitos anos, essas terras pertenciam a uma tribo de turbantes vermelhos e aquela cidade do outro do muro negro era aonde viviam. Mas isso foi há muito tempo, antes dos Kiniath chegarem e construírem aquela cidade amaldiçoada...
Ao ouvirem o nome que os beduínos se referiam ao povo cobra as crianças se encolheram. A cidadela superior fora a muito abandonada pelos beduinos e possuia uma aparência de local habitado com suas Pedras De Azguer acendendo-se à noite...
O velho se ergeu com um sorriso...
- Todos nos descendemos dos Kiniath, mas isso foi há muito tempo... E essa é a historia do que aconteceu... - Sentando-se tanto o velho como crianças olharam com seus olhos repitilianos para a cidadela aparentemente abandonada. E o velho continuou sua historia.

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Nem todo o deserto sem retorno é composto por dunas, a parte sul do  deserto onde faz  fronteira com a cordilheira Dhorlantur é uma região pedregosa, com vários oásis e algum pasto e entre os quatro rios que nascem no lago Hakar e que correm paralelamente em muitos locais
subterraneamente em direção ao leste. E nesse caminho existem vários oásis, nos pontos em que os rios retornam a superfície e se encontram com outras nascentes.
Nessa parte do deserto, muitas rochas são de arenito, que é extremamente poroso e de fácil trabalho, e então em muitos locais existem poços para a e extração de água para os viajantes. Encontrar esses poços não é fácil pois não tem aparência de construções e olhados a distância parecem com pedras normais, não escavadas, mas estão lá para que os viajantes e os rebanhos de camelos descansem.  
O lago era alimentado por uma nascente  subterrânea que desce  da cordilheira  por um antigo túnel de lava que as lendas  dizem ter sido  cavada pelo próprio Azguer. Ele é profundo e sob ele uma infinidade de  galerias  submersas e câmaras de  Ar que se espalham por muitos quilômetros formam um próprio eco-sistema profundo com varias espécies de peixes, repteis e monstros.
O lago ficava situado num buraco profundo no qual o povo da cidade construiue  esculpiu uma   escadaria de pedras para poder pescar e banhar-se.  
Diferente dos outros seis principais oásis permanentes do deserto sem retorno, que se acredita que são alimentados pelos rios que deixam o Lago Hakar, o Oásis Haiib, como é conhecido, é um local aparentemente sem moradores. Os nômades sempre visitam um poço externo as muralhas das ruínas pra alimentar seus rebanhos de cabras do deserto que assim como os corcéis do deserto e camelos são animais que vivem com pouca ou água nenhuma...

No passado o Oásis Haiib foi o mais habitado de todo o Deserto sem retorno, seu povo era um povo guerreiro que conhecia astronomia e que já sabia forjar o ferro e matemática.
Por volta do ano duzentos da chegada dos elfos, os povos do deserto em sua maioria ainda usavam armas de cobre, o ferro era raro e muitas vezes chamado de premio das estrelas ou Zhabul. Mas o povo de Haiib tinha algumas minas desse mineral sob algumas colinas ao sul. E Tinha também domínio da agricultura e da irrigação, por isso suas áreas de plantio chegavam a ser cinco vezes maiores que a do resto do deserto.

A população porem continuava vivendo das formas dos antigos, as pessoas viviam em tendas em torno do lago. E um grande Templo a Azgher e Tenebra foi construído como uma imensa pirâmide em pedra em cima do lago, com entradas de luz  cobertas por pedra de Azguer, que iluminavam os  estatuas do deus Sol, enquanto   permitiam que as estatuas de tenebra não fossem tocadas por sua luz. A piramide se tornou o centro da cidade, e sob ela estava o lago.  
Foi nesse tempo que Azguer falou com o sacerdote, e  mostrou ao povo as galerias do eterno crepusculo. Que em todos os momentos do dia e da noite sempre   mantinham aquela  claridade crepuscular, um presente do casamento de  Azguer e  Tenebra.
O povo de Haiib possuía grandes guerreiros, especialistas em cavalgar os corceis do deserto e camelos. E seu líder era chamado Bashad, ou seja, filho do Crepusculo.

Então numa noite sem lua, a cidade foi atacada, centenas de Kiniath surgiram e escravizaram o povo, os guerreiros combateram, mas a maioria se rendeu quando suas esposas e filhos foram ameaçados.
Os Kiniath removeram as armas e os animais dos Haiib, e os escravizaram. Por semanas os Haiib foram estudados, observados, o povo em geral fora escravizado, mas os lideres e os guerreiros tiveram outro destino. Dentre os guerreiros, aqueles que eram seguidores de Azgher foram sacrificados ao maligno Sszzas, e aos outros foi dada uma escolha, riqueza seguindo Sszzas ou escravidão.
Aqueles que aceitavam seguir de boa vontade Sszzaas passaram por rituais malignos que fundiram serpentes a seus corpos, os tornando uma espécie de homens serpentes.

Por cerca de 10 anos os escravos construíram a cidade de pedra, removendo e recortando rochas das montanhas Dhorlanthur. Alem dos escravos Haiib, haviam escravos anões, orcs e elfos. A cidade foi construída em tempo recorde, com centenas de escravos morrendo  
durante sua construção. Não apenas o povo Haiib de turbante vermelho eram escravos, mas membros de muitos clãs foram escravizados por todo o deserto. Entre os escravos se encontravam os Jallar de turbante amarelo, os Khunhir de turbante azul, Najirah de turbantes negros e os Mardha de turbantes verdes. Membros de tribos que viviam nos outros Oasis do deserto...
Então quando a cidade estava pronta, os Sszzaritas esperaram a hora que seu deus lhes diria para seguirem ao norte dominando todo o desertos em retorno. E enquanto esperavam a hora de estender seu reino, três gerações de mestiços serpente ja  haviam nascido. Filhos dos homens serpentes com suas escravas, seja nos estupros, seja em seus haréns, esses jovens eram tratados pouco melhor que seus escravos, se um escravo não tinha nem direito a viver, esses mestiços eram como qualquer homem serpente. Em sua maioria foram treinados para serem os soldados do exercito de Ankenathon.

Então houve um eclipse, e os clerigos de Sszzas consideraram esse como um sinal, o exercito espalhou-se pelo deserto, dominando todos os sete oásis. Os que  escaparam dos  homens serpente , se espalharam pelo deserto sem retorno, e por gerações viveram como nômades com medo da escravidão.
Enquanto os Sszzazitas cultuavam seu deus maligno, seus filhos com humanos voltavam se ao culto de seus antepassados, adorando secretamente Azgher e a  Tenebra. Dizem as lendas que quando um imenso exercito entrou no deserto sem retorno, seguindo a vontade dos deuses para dizimar os adoradores de Sszzaas, o exercito de mestiços se voltou contra os homens serpentes, abrindo os portões das cidadelas oásis para os invasores. Dizem que eram liderados por Althe, o filho de Tenebra e Azguer. O deus do amanhecer e anoitecer.
Despreparados para a traição de seu exercito, os Homens serpentes foram dizimados em todos os oásis. Os últimos Clerigos de Sszzas em um ato de desespero em Haiib fizeram um grande ritual, no qual sacrificaram centenas de escravos e de mestiços, ao seu deus maligno, invocando um demônio serpente gigantesco que dizem que ainda hoje habita o templo no coração da cidade abandonada.
Com o passar dos séculos, o sangue dos mestiços foi se diluindo, com os povos do deserto sem retorno, e ainda hoje pode se encontrar nas tribos que o habitam sinais de sua descendência. Olhos amarelos, com pupilas reptilianas (como das serpentes venenosas) são comuns. Línguas de serpente, ausência de cabelos, escamas, também são traços não raros nos beduínos hoje em dia.
Essa ao menos é a verdade dos Beduinos, para  aqueles que vivem em Ankhenaton, a Verdade é que  Althe reuniu todos os que   seguiam Tenebra e  Azguer e os levou para o presente de Azguer a Tenhebra, naquele labirinto subterrâneo eles deveriam viver, sem jamais Se exibirem  novamente na noite escura ou no dia claro somente podendo sair  nos horários do amanhecer e anoitecer. Adoradores do casamento do dia com a noite.   Dizem  também que quando Althem enfrentou o demônio  serpente, ambos caíram  no lago e nunca mais foram vistos.

A verdade é que sob a cidade,  cerca de 500 pessoas  vivem e moram adorando  Tenebra e  Azguer, eles acreditam que a cidade existe desde  antes dos elfos  chegarem  e  possuem   plantas adaptadas a  esse ambiente que produzem muitas  frutas e que vivem   sempre  num eterno anoitecer/amanhecer. as chamadas  plantas do crepúsculo.

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Pedra de Azguer, essa pedra  se exposta ao sol o dia  todo  ilumina  a  noite como se   fosse uma  fonte de luz, quanto maior a pedra mais luz consegue    portar. No deserto Sem Retorno,  pequenos pedaços dessa pedra são usados como tochas. Essa luz não  serve para ferir mortos vivos. Mas é imune a dissipar magia.  uma tocha com uma pedra  dessas  na ponta pode ser encontrada por  50 to fora do Deserto sem retorno, no deserto  pode se achar essas pedras gratuitamente. Pedras que não receberem sol em determinado dia não iluminam a noite. Ou seja, não adianta   andar no subterrâneo de dia  se a pedra não recarregar ela não ilumina.   sua luz dura 12 horas  se receber 12 horas de sol. cada  hora de sol pé igual a 1 hora de luz.

2 comentários:

  1. Muito legal, a pedra é tipo uma lanterna movida a luz solar, pelo que eu entendi. Legal pacas.

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