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terça-feira, 12 de junho de 2018

A queda de Elianor

Author: Anderson

Relato de um soldado sobrevivente do ataque a vila de Elianor, em Namalkha, 18 de março de 1412 ano da imperatriz.
Meu nome é Amidias, sou um ginete desde que me entendo por gente. Trabalhava numa pequena fortificação entre Suth Eleghar e a vila de Elianor. Estava alocado lá já fazia quase um ano, gostava do meu posto, afinal era tranquilo e como minha família era de Elianor, eu não estava longe de casa!
Foi durante uma das muitas noite que passei lá que a noticia chegou, aquela noite já não estava muito boa, os cavalos estavam inquietos, Kamhar o sacerdote de Hippion tinha dito que tinha visto em seus sonhos um pasto em chamas, e botas negras a pisa-lo .... O primeiro cavaleiro chegou a lua não estava nem a pino, ele estava exausto assim como seu animal, o comandante mandou que ele entra-se. Ele trazia noticias de Suth Eleghar, segundo ele a cidade estava sendo sitiada...
O mensageiro havia sido despachado as pressas da cidade junto com outros na manhã anterior, logo quando as primeiras tropas yudenianas apareceram no horizonte da cidade. Confrontado quando o perguntado com o que aconteceu com seus companheiros ele só disse que alguns morreram no caminho, outros foram dar o alerta em outros locais - o mesmo disse que assim que os yudenianos apareceram algo acontecerá, ninguém na cidade conseguia mais usar magia para fugir do lado de dentro das muralhas! Na mesma hora o nosso comandante mandou dois homens de volta a Elianor, eles eram encarregados de enviar uma mensagem a capital - a guerra tinha atingido Namalkha.
Eu lembro que nos dias que seguiram fizemos tudo que nos foi mandado a risca. Mantivemos nossa posição, fazíamos patrulhas no intervalo de poucas horas, as noites eram todas longas - eu mesmo não consegui dormi - esperávamos ajuda da capital. Seis dias depois da chegada do mensageiro nossos batedores viram as primeiras tropas a se aproximar. Os soldados yudenianos, a grande maioria a pé, vinham do sul - tinhamos topado com algumas patrulhas em outras direções, mas pela quantidade, sabiamos que Suth Eleghar não tinha resistido, do contrário tantas tropas não a ignorariam assim. Nosso comandante mandou que voltássemos para Elianor - e foi o que fizemos.
O prefeito de Elianor tinha sido esperto! Nos dias que passamos esperando as tropas de Yuden ele despachou ordens para que todos os fazendeiros no raio de 5KM da vila viessem para lá. Despachou homens e carroças para trazer o máximo de alimento das fazendas para dentro das muralhas da vila - Elianor era uma vila relativamente grande, contava com pouco menos de 200 famílias, com os fazendeiros do campo chegava a quase 250. A sua muralha era de madeira, mas era grossa e alta, suas ruas eram largas - próprias para o uso de cavalos - tinhamos cerca de 250 homens, juntando milicianos e soldados, e mais uns 300 colocando uma espada na mão dos homens em idade para lutar.
Durante a noite vimos fogo no horizonte - os yudenianos atearam fogo em todas as construções próximas a vila, era bonito de se ver, mas horrível quando imaginávamos que se não chega-se ajuda, seríamos nós a queimar em breve. Presente na vila no dia que fomos sitiados estavam 3 grupos de aventureiros, um deles resolveu sair e tentar escapar das tropas que estavam na região - se conseguiram eu não sei e talvez nunca saiba - já os outros dois resolveram ficar e nos ajudar. Havia um elfo num deles, ele era um feitiçeiro, logo no começo ele levou nosso comandante e o prefeito para a capital, eles tinham esperança de buscar ajuda.
Meu comandante me falou depois que quando chegou na capital a situação logo o fez perder as esperanças de conseguir ajuda. Lá ele soube que a cidade de Suth Eleghar só aguentou tres dias de cerco, e que suas muralhas foram postas abaixo por uma especie de golem, parecido com a coisa que o infame arsenal tinha usado anos antes, só que menor e em maior quantidade. Ele disse tambem que todas as vilas e cidades menores da fronteira haviam sido queimadas ou tomadas, e que Minua estava citiada! Ele não foi nem recebido por nenhuma autoridade que pudesse nos ajudar, as tropas tinham sido convocadas para proteger a capital, as cidades e vilas do interior do reino tinham sido abandonadas a propria sorte! E pra piorar tudo o filho do Regente estava desaparecido.
No quinto dia, tinhamos batalhões a nossa porta! Vigiamos as ameias dia e noite, mas os yudenianos aparentimente estavam esperando. Recebemos um emissario a noite marcando um encontro, ao amanhecer eu o comandante, o prefeito e quatro dos nove aventureiros que estavam na cidade fomos encontrar o comantante inimigo. Nosso encontro foi sob uma tenta no campo - entre a cidade e o exercito - ele estava protegido por meia duzia de guardas que vestiam preto e alguns outros servos - talvez um mago ou clerigo entre eles, eu não sabia diferenciar. Sua aparencia era temivel, trajava uma armadura completa - que eu podia jurar que brilhava quando o sol batia, um preto fosco - em sua cintura uma grande espada bastarda de vidro avermelhado, sua capa, tambem negra, hostentava um leopardo pronto para dar o bote, parecia ter na faixa de seus 40/50 anos, mas em otima forma fisica. Ele foi apresentado como Capitão-Cavaleiro Haisemberg Vromtauk.
As negociações foram tensas. O capitão de Yuden fez exigencias absurdas! Ele exigiu a rendição da vila formalmente, metade de todas as provisões nos celeiros, todos os homens com profissões de prioridade iriam seguir com suas tropar (pedreiros, ferreiros, padeiros) e a mais absurda de todas - todos não humanos deveriam ser presos imediatamente e seriam levados para outro lugar. As tentativas de dissuadi-lo foram inuteis....Por vezes achei que uma a batalha ia começar ali na tenda e quando o elfo aventureiro falou então.... O importante é, a unica coisa que se concordou foi que as crianças e mulheres humanas não deveriam participar daquilo. O capitão yudeniano deu salvo condutos para elas saírem da vila a salvo, até o anoitecer, após isso ele mataria todos que ficassem dentro das mulharas, estendendo o beneficio para o pai de cada familia ( eu entendi a estratégia do maldito! ele sabia que se nos deixa-se sem esperança, se a vida de nossas familias dependessem disso, lutariamos até a morte, e mesmo que eles tomassem a o lugar suas perdas seriam enormes! Esse salvo conduto iria nos dividir! Afinal qual pai diante da morte de seus filhos não iria exitar? E qual homem, mulher ou mesmo Deus pode condena-lo por isso?!).
O resto do dia foi de tensão em Elianor. Muitos queriam ir, mas por medo de retaliação, esperavam - tambem tinham medo das palavras do Capitão de Yuden serem mentirosas. Bastou a primeira familia se retirar - um ferreiro, sua mulher e suas 4 filhas - para o exodo começar. Varias familias reuniam seus pertences e saiam, levando muitos dos nossos homens juntos. Poucas pessoas resolveram ficar, algumas por serem cabeças duras demais, outras por não terem escolha (muitos centauros viviam em Elenor, assim como alguns Halfligns e anões) e poucas por terem um senso de heroismo verdadeiro. Relutantimente eu fui um dos que partiram - meu comandante me deu a missão de contar essa historia a vocês daqui da capital, eu não queria deixa-lo, mas entendi que eu era um dos mais estudados da minha guarnição, tinha que ser eu - deixei para tras algumas pobres familias de não humanos, e pouco mais de cem homens que dariam suas vidas por Namalkha. Ao cair daquela madrugada, mesmo a milhas do lugar, eu os ouvi queimar....
Faço aqui um apelo a todos aqueles que lerem essa carta, ou ouvirem meu relato, venham para Namalkha, ajude-nos, pois temo que sozinhos não resistiremos muito mais.

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