O
cavalariano da pequena vila de Prado Novo, ao norte de Namalkah, conduzia seu
cavalo pelas pradarias. Usava a pilcha tradicional do povo de Namalkah, botas
feitas de couro de gado, calças de algodão largas, conhecidas como bombachas.
Uma camisa de algodão, com botões. No pescoço um lenço e na cabeça um chapéu de
couro pampeiro.
Ilan vestia botas marrons, uma bombacha marrom clara com o tramejado vermelho e branco na lateral. Sua camisa era branca, seu lenço era vermelho e o chapéu era de um couro marrom. Ilan era um jovem, com cerca de 20 anos, cabelos pretos, e olhos castanhos, a pele era morena, pois carregava o sangue dos bárbaros que viviam em Namalkah antes da imigração de Lannor Sul.
Ilan vestia botas marrons, uma bombacha marrom clara com o tramejado vermelho e branco na lateral. Sua camisa era branca, seu lenço era vermelho e o chapéu era de um couro marrom. Ilan era um jovem, com cerca de 20 anos, cabelos pretos, e olhos castanhos, a pele era morena, pois carregava o sangue dos bárbaros que viviam em Namalkah antes da imigração de Lannor Sul.
Ilan estava rastreando um grupo de cavalos desgarrados,
cujos rastros ficavam claros para quem era treinado em rastrear. Ilan normalmente não rastreava
sozinho, mas a manada precisava ser vigiada. E o velho Algren, estava com uma
gripe forte, e com um pouco de febre. Então Ilan foi designado para essa
missão,buscar os quatro potros que
fugiram a cerca de quatro noites.
O rastro ia bem, Nas duas
primeiras noites ele quase alcançou os potros, graças a lua clara que estava
mantendo os rastros facilmente visíveis, até para olhos destreinados. No
terceiro dia o grupo de potros se uniu a um conjunto de rastros maiores, os
potros haviam se unido a uma manada de cavalos selvagens. Ilan desceu de cima
de seu garanhão. O cavalo era alto, seu focinho ficava acima da cabeça de Ilan,que tinha 1.85 de altura.
Um cavalo malhado em branco e marrom, de musculatura forte, que era escovado
diariamente (apesar de nos últimos rês dias não houve tempo pra escovação). Ilan
tinha o cavalo desde os doze anos. Ele possuía uma mancha vermelha que se
assemelhava a uma estrela. Por isso Ilan
o chamava de Estrela Vermelha.
Estrela vermelha relinchou, um
relincho forte e profundo. Ao longe outro garanhão respondeu ao relincho. Ilan
que estava abaixado observando os rastros, se ergueu, e procurou para descobrir
de onde vinha o relincho. O fato é que estava bem ao norte de Namalkah, e
muitas partes do reino eram selvagens. Por aquelas planícies poderia se
encontrar tribos de centauros e ainda
alguns restantes das antigas
tribos bárbaras que outrora dominavam toda Arton norte. Algumas tribos
dos centauros eram abertamente hostis aos humanos. Mas centauros não relincham.
Ilan olhou para o noroeste, desde novo sabia as direções usando a sombra
relativa do sol para poder se guiar.
A oeste um garanhão de pelo
vermelho os observava. Montado sobre ele, um nativo, sua pele era de um tom amarelo avermelhado,
seus cabelos negros cortados logo abaixo da testa, como se um porte tivesse sido colocado sobre sua cabeça
e o resto da cabelo fosse raspado. O garanhão tinha apenas um tecido cru
separando ele de seu cavaleiro. O jovem
usava apenas um bloco de couro
amarrado que cobria as partes. O corpo era coberto por pinturas com padrões
repetitivos feitos com alguma tinta natural. Os jovens se olharam por um tempo,
e depois foram se aproximando.
- Ite wa na kae do? – perguntou o
jovem, que estava em cima do cavalo e que carregava uma aljava feita de bambu e um arco com a corda feita de
algum tipo de fibra trançada.
- Desculpe eu não falo seu
idioma. – Respondeu Ilan de forma lenta e calma. Apesar de possuir uma lança,
Ilan não desejava um confronto.
- Nâo falar bem língua sua. –
Respondeu o jovem – Eu Nawate do espírito vermelho.
- Eu sou Ilan, Ilam Curtem,
Gaúcho do senhor Alforgar.
-Ilan em Terra Guarani. Ilan
Invasor. Ilan Amigo ou ladrão?
- Estou atrás de quatro cavalos
que fugiram e se uniram a uma manda de cavalos selvagens que vieram para cá. Eles pertencem a meu senhor.
- filhos de hippion livres. não
possuem donos.
Estrela vermelha relincha. O jovem índio o olha. Ilan acaricia o cavalo.
- Sim Estrela Vermalha.
Precisamos recuperar os cavalos. – fala o jovem com sua montaria.
O cavalo do índio relincha. Tanto
Gaucho e Indio respondem em uníssono.
- sim ficar aqui esta entendiante.
Um instante de silencio. E então
ambos riem. Ambos os jovens são devotos
de Hippion, o pai dos cavalos. E a seus devotos hippion concede o dom de
compreender o que os cavalos dizem. E por causa de Hippion, se forma uma amizade entre os cavaleiros, o cavaleiro
guarani e o ginete de Namalkah.
Os dois jovens seguem ao
noroeste. Enquanto a noite se aproxima. Conversam pouco pois sentem que a
conversa pode afasta los dos rastros da manada.
- Seu povo sempre se veste assim?
- Normalmente não usamos essa
pintura corporal. Eu estou usando hoje por que o Pajé Tiaraju previu que
os guarani iriam a guerra. E quando
Hippion manda mensagem os guarani seguem.
- Essa pintura é pintura de
guerra?
- Sim, é a mesma pintura que os pais dos pais usavam.
Ilan ficou pensando. Sobre a
diferença d e sua cultura com a da curtura do guarani. A noite chegou. E eles
montaram acampamento. O indígena pegou um bambu, colheu as folhas de um
arbusto próximo e colocou água pra
ferver em um pedaço cortado de bambu.
Enquanto a água fervia, macerou e moeu a erva
na s mãos, preenchendo o espaço vazio de um porongo. Depois pôs a água sobre a erva. Encaixou o bambu oco e começou a sugar
como se fosse um canudo. Encheu de água novamente e passou o porongo em
direção a ilan. Desconfiado o jovem sorveu e
ai deu um sorriso.
- Mas que amargo bom. Esse chimarrão esta pra lá de bom. Me caiu os
butiá do bolso.
- Quando os primeiros homens
claros do sul chegaram. Algumas tribos ficaram amigas deles. Fomos nós quem
lhes apresentamos Hippion,e que
ensinamos a beber o mate. Mas nem todos os povos eram amigos dos sulistas e nem todos os
sulistas eram amigos. Então os guarani se moveram pro noroeste. E ficaram
cuidando de suas vidas. Mas pajé Tiaraju diz que guerreiros do sul desejam
conquistar terra de Hippion. Desejam matar tudo que não for humano. Para eles
guarani não humanos, guarani bárbaros que devem morrer.
Por isso Guarani prontos para a
guerra. Por que guerra marcha pra Namalkah.
Um instante de silencio. O
relinchar dos cavalos.
Ao sul centenas de quilômetros
dos dois jovens uma cidade é incendiada. Os tambores da guerra tocam. Os jovens observam atônitos as labaredas que lambem o horizonte e iluminam o
céu com amarelo e vermelho. Assustados eles seguem para o sul. Nenhuma palavra
precisa ser dita. O jovem guarani sabe
que seu povo estará se dirigindo em direção as chamas. O jovem ginete sabe que
os senhores estancieiros preparam suas cavalarias para enfrentar o inimigo. Os
Centauros preparam suas tropas para enfrentar os invasores.
Namalkah esta em guerra, por que os puristas
invadiram Namalkah.
.....................................................................................................................
Sudoeste de namalkah, uma unidade de puristas em suas armaduras completas explora o terreno. Sua missão como a de tantas outras unidades é simples. É a de explorar o terreno, encontrar e matar quaisquer não humanos. Homens bem treinados, eles não temem a morte, odeiam tudo que não é humano.
Sudoeste de namalkah, uma unidade de puristas em suas armaduras completas explora o terreno. Sua missão como a de tantas outras unidades é simples. É a de explorar o terreno, encontrar e matar quaisquer não humanos. Homens bem treinados, eles não temem a morte, odeiam tudo que não é humano.
Andam em formação espaço entre eles de três metros em linha.
Andando por um descampado seguem os rastros de um velho halfing. O velho ferido
corre, mas por mais que se esforce não consegue despistar a unidade. O suor escorre por seu rosto enquanto ele corre.
Corre por sua vida. Em seus olhos lagrimas pela morte da esposa, filhos e
netos... Ele foi o único que os puristas deixaram vivo de sua pequena vila. O
deixaram vivo para caça-lo. Ele lembra do momento da morte de sua esposa. E
então tropeça, e cai. Ao mesmo tempo em que cai, algo acontece em sua perna,
uma dor suprema. O som de um osso estalando.
Chorando caído ele percebe que
não tem mais como fugir. Sua perna quebrou próximo ao tornozelo, ele não mais
consegue correr e nem mesmo andar. Os puristas se aproximam. Ele os vê com
armas em punho com suas armaduras completas. O velho chora e se arrasta para
trás em pânico. O líder dos puristas, se aproxima dele lentamente. Sorrindo ele
enfia a lamina no peito do idoso. Antes
de morrer o velho escuta o som de centenas de flechas caindo e atingindo os
puristas. Enquanto da seus últimos suspiros ele sente em seu coração que a
morte de sua família foi vingada.
Os guaranis se aproximam dos
puristas, enfiando suas lanças nos soldados moribundos. Cincoenta guerreiros
guarani, liderados por Tiarajú, eliminaram
essa unidade purista.
Removem dos corpos todos os itens
e os enterram para que sejam esquecidos.
...........................................................................................................................
Este é o front de Namalkah. E
nesse front nem mesmo os poucos povoados bárbaros estarão livres.