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Era uma manha normal em Khalifor,
o céu estava azul e as pessoas viviam suas vidas. Galard era mais um dos cidadãos de Khalifor,
não era nem nortista nem sulista, Assim como seus pais e avós Galard
nasceu em Khalifor, a fortaleza que
separava os continentes norte e sul.
Galard tinha 6 anos, era um
garoto forte e até mesmo alto pra idade. Aprendera a ler aos quatro anos com a mãe que era clériga de Tanna
Tot. Galard tinha olhos negros como a
noite, cabelos pretos e sua pele era morena. Sua mãe
era uma mulher linda que possuía olhos negros e cabelos escuros
compridos. Naquela manhã ele se levantou
e vestiu uma cala de lã verde e uma camisa
de mandas curtas vermelha. Colocou suas botas de couro. Galard observou
as botas de couro, estavam limpas e
polidas. Foram o presente de aniversário dado por seu avô. Seu avô maternos era
uma incógnita. Aparecia na cidade uma vez por ano. Era um humano de pele escura.
Um dos poucos viajantes que vinham do norte trazendo produtos para comercio com
Khalifor. Galard e o avô eram ligados, o avô
sempre parecia saber onde o menino estava, e Galard nunca conseguia vencer na brincadeira de esconde esconde. Nem
mesmo quando se escondeu dentro de um barril de vinho.
O avô era poderoso e mágico e ninguém
conseguia tirar essa idéia de Galard, e talvez ele não estivesse tão errado
assim.
Saiu para o pátio de sua casa,
que ficava próximo ao muro sul da fortaleza e do cemitério local. No pátio havia
uma horta, um pequeno pomar, e o galinheiro.
Galard estava indo colher os ovos que as
galinhas haviam posto na noite anterior. Ao sair da porta. Safira, sua cachorra
se aproximou. A cadela parecia assustada
como se algo estivesse acontecendo. Mas a cidade estava calma e Galard acariciou a
pequena viralatas.
-Meninca boba.
A cadela sacudiu levemente a
cauda e depois olhou em volta.
- Que foi menina?
A cachorra olhou em volta e ficou
próxima do menino. Sem se afastar como normalmente faria. Galard não deu importância
para isso, simplesmente seguiu até o galinheiro e começou a recolher os ovos. As
galinhas estavam estranhamente ariscas. Havia algo errado. Talvez algum bicho
no Galinheiro? Pensou.
O garoto começou a explorar o
galpão que era o galinheiro mas nada encontrou. Percebeu que estranahamente
parecia que todos os sons daquela parte da cidade haviam desaparecido. Era como
se os pássaros tivessem parado de cantar, cães não ladravam, vacas, não mugiam.
E mesmo as galinhas ao seu redor não cacarejavam. Galard saiu do galinheiro com o cesto de ovos
cheio. Foi então que ele ouviu, o som de algo imenso desabando, os gritos de
pavor.
Khalifor estava sendo atacada
pela aliança negra, e goblins, bugbears e outros goblinoides
tomavam a cidade. Mas Galard
estava longe do local onde os primeiros bandos surgiram. Ele estava em casa
colocando a cesta de ovos na mesa, com sua cachorrinha aos seus pés,
quando o primeiro goblin errante apareceu. O goblim olhou par ao jovem e um
sorriso sádico se formou. O menino percebeu o perigo. O invasor estava dentro
do seu terreno, do patio de sua casa. Suas roupas cobertas do sangue, e com certeza ele pretendia matar Galard. O
goblim veio em sua direção, O menino paralisado de medo, a cadela ao seu lado
em um rosnado baixinho apavorado.
O goblim entrou na casa, lamina
em punho. O medo cresceu no coração de Galard, que estendeu a mão para frente. E inconscientemente
algo saiu de seus dedos. Um jato de
luz saiu de sua mão atingindo o goblim
na face. Seu rosto
queimou enquanto o goblim caia morto atingido pela magia que saia do
jovem. Sua marca de nascença começou a
brilhar sob sua blusa vermelha. Galard
não sabia mas ele era um feiticeiro, mas
essa não era a primeira surpresa que teria sobre seu sangue.
Galard e Safira correram para
fora de casa, somente para ver os vizinhos serem massacrados por outros goblins.
Galard, sente medo, o medo se torna pavor e ele corre pra se esconder novamente
no galinheiro. Ele se deita sem saber o
que fazer e fecha os olhos. O coração
palpitando. Então ele escuta aquela voz:
“Galard, você corre perigo” avoz
era tão forte e poderosa, tão profunda e
tão familiar. Apesar de Galard não conseguir
saber de quem era.
-Eu to com medo, eles mataram
o casal Ironhead.
“Galard, Existe uma chama dentro de você. Você precisa aceitar essa
chama.”
Em sua mente uma chama surgiu. Galarda
estava assustado, mas naquele momento
ele esta dentro de sua própria mente. Um salão escuro com uma imensa
chama dourada. Galard caminhou até a chama. Era quente...
“Galard entre na chama. Abrace quem
você é.”
Galard tocou o fogo sentiu a
chama queimar sua mão, sentiu seus dedos
queimarem. A chama correu por cima do seu corpo, como se ele fosse banhado por óleo. O fogo ardia e doía. Galard
desejava gritas, mas não saia voz. A dor
passou, e quando abriu os olhos Galard
não era mais o mesmo menino. Seus braços estavam cobertos de pequenas escamas
vermelhas e seus dedos possuíam garras. Em suas costas um par de asas
agora existia. Galard não havia mudado
somente a si memso. Safira estava maior e também apresentava traços draconicos.
Galard, correu com Safira para o
Cemitério. Alguns goblins tentaram persegui-lo, mas Safira não era mais uma cadelinha
indefesa. Ela massacrou os goblins com imensa facilidade. Chegaram ao cemitério rapidamente, e encontraram um grupo grande de sobreviventes entrando por um túnel que ficava em uma das
catacumbas do norte. Entraram pelo túnel. Junto com as outras pessoas. Permaneceram no túnel por horas, sempre que
pensava em chorar a voz firme retornava a sua mente. Uma voz antiga e profunda.
“Galard, do outro lado vai
encontrar sua mãe”.
Galard saiu do túnel junto com safira e outros
sobreviventes apavorados. Sua mãe estava
entre eles, havia sido ferida e
fora carregada inconsciente por um
vizinho quando o ataque começou. Galard ainda estava assustado mas
aquele era apenas o começo da jornada para um novo lar. Cerca de um mês depois
os sobreviventes se instalaram nas terras que
anos depois se tornariam a cidade
de nova Khalifor.
Excelente! Os detalhes do conto são ricos, a descrição aumenta a curiosidade!
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