Nieger era mais um dos
quarenta soldados do Stalchard. Fazia alguns meses que era membro da tripulação. A senhora, o havia
nomeado diretamente para aquela embarcação, e ele estava muito feliz em servir
a ela. Nieger, assim como todos os membros da tripulação, não se lembrava de
nada antes de conhecer a senhora. Estava tudo nublado, como se pensar nisso
levasse a um imenso borrão. Não importava quem ele era antes. Para nenhum
dos trinta e nove tripulantes que como
Nieger não lembravam de seu passado, apenas uma coisa importava. Servir a Senhora. As Longas horas de remo enquanto se dirgiam para o sul, para cumprir o destino que lhes fora dado eram importantes.
Stalchard era um barco grande, possuía oitenta
remos, mas apenas trinta e oito estavam sendo usados. O vento vinha de
sul. E as velas estavam recolhidas. Ondas fortes batiam ao lado do casco forçando o timoneiro a fazer correções para que o navio não fosse jogado as costas de Bielefeld.
Nieger remava constantemente, o exercício de remar causou exaustão nos primeiros dias, mas conforme a musculatura se acostumava e fortalecia, o exercício não era mais tão dolorido, remavam por quatro horas e depois por mais quatro as velas eram postas e navegava, Nieger ficava focado no serviço. Na tripulação do navio, apenas dois homens não estavam remando. O timoneiro Augustus Tiberius, um imenso minotauro, e o capitão, Sarlatk, um dos escolhidos da senhora, um meio dragão negro, corpulento, com duas asas negras vestindo um peitoral de aço e um cinto com um kilt negro. Seus cabelos negros pareciam cobras corais que desciam de sua cabeça, e seus olhos amarelos reptilineos eram terrivelmente assustadores. Nenhum dos homens conversava, mesmo nos momentos de descanso, e Nieger considerava isso normal. Em sua mente somente pensava em servir a senhora.
Nieger, puxava os remos cm força, e sentia a resistência da água ao impulsionar o Stalchard. Uma onda passou por cima da amurada e banhou os remadores. A água fria atingiu Nieger pelas costas, e por um momento ele se lembrou de sua infância. Lembrou de um vale e uma cachoeira, lembrou de outras crianças, mas seus rostos estavam enevoados. Lembrou de saltar e cair na água fria do lago. E essa imagem se esvaneceu de sua mente.
Nieger remava constantemente, o exercício de remar causou exaustão nos primeiros dias, mas conforme a musculatura se acostumava e fortalecia, o exercício não era mais tão dolorido, remavam por quatro horas e depois por mais quatro as velas eram postas e navegava, Nieger ficava focado no serviço. Na tripulação do navio, apenas dois homens não estavam remando. O timoneiro Augustus Tiberius, um imenso minotauro, e o capitão, Sarlatk, um dos escolhidos da senhora, um meio dragão negro, corpulento, com duas asas negras vestindo um peitoral de aço e um cinto com um kilt negro. Seus cabelos negros pareciam cobras corais que desciam de sua cabeça, e seus olhos amarelos reptilineos eram terrivelmente assustadores. Nenhum dos homens conversava, mesmo nos momentos de descanso, e Nieger considerava isso normal. Em sua mente somente pensava em servir a senhora.
Nieger, puxava os remos cm força, e sentia a resistência da água ao impulsionar o Stalchard. Uma onda passou por cima da amurada e banhou os remadores. A água fria atingiu Nieger pelas costas, e por um momento ele se lembrou de sua infância. Lembrou de um vale e uma cachoeira, lembrou de outras crianças, mas seus rostos estavam enevoados. Lembrou de saltar e cair na água fria do lago. E essa imagem se esvaneceu de sua mente.
Nieger, sacudiu os
cabelos negros curtos e a barba, retesou os músculos e puxou o remo.
Dois dias depois, os remadores vêem o porto da Vila Marfim ao
longe.
-Senhores. Peguem suas armas. A Senhora nos demanda que
tragamos mais pessoas para seu reino,
homens mulheres e crianças. Matem todos que não puderem desarmar, capturem
todos que puderem, não deixem nenhuma testemunha para trás. – Gritou Sarlatk – Sirvam a senhora.
A essa declaração a única resposta da tripulação foi um grito em uníssono.
- Servis Somos, nosso sangue pela senhora.
A essa declaração a única resposta da tripulação foi um grito em uníssono.
- Servis Somos, nosso sangue pela senhora.
Conforme se
aproximavam da costa, agiram como se fossem um navio mercante. Os homens
desembarcaram lentamente, amarrando os cabos do navio aos trapiches do porto. Trinta
homens desembarcaram. Lentamente eles se espalharam pela vila, conversando com
os locais, conquistando a confiança.
Nieger atravessou a vila, em direção a floresta próxima, ele e mais três homens tinham como missão a de impedir que alguém fugisse para a floresta. No caminho ele viu algumas crianças brincando. Lembrou- se de brincar com outras crianças, um menino de olhos negros e uma menina de cabelo escuro cacheado. Seus rostos estavam nublados, mas ainda conseguia ouvir suas vozes e rizadas. Uma das crianças o chamou de pai. Assim como a lembrança de sua infância que teve no navio essa também se esvaneceu, sumindo no propósito de servir a senhora.
Nieger atravessou a vila, em direção a floresta próxima, ele e mais três homens tinham como missão a de impedir que alguém fugisse para a floresta. No caminho ele viu algumas crianças brincando. Lembrou- se de brincar com outras crianças, um menino de olhos negros e uma menina de cabelo escuro cacheado. Seus rostos estavam nublados, mas ainda conseguia ouvir suas vozes e rizadas. Uma das crianças o chamou de pai. Assim como a lembrança de sua infância que teve no navio essa também se esvaneceu, sumindo no propósito de servir a senhora.
Então o ataque começou.
Nieger não via, mas sabia como seria. Primeiro os homens da vila que estivessem
no cais seriam atraídos ao barco para descarregar os tecidos e fazer comercio. Aqueles
que tentassem resistir seriam executados
e jogados ao mar. Não era a
primeira vez que seguia aquele plano. Depois os homens invadiriam as casas e
incendiariam, capturando mulheres e
crianças.
A cada uma das vilas
que atacavam as rotina era a mesma, ninguém escapava.
Então algo deu errado, Nieger viu um grupo de homens armados, invadir um das casas, viu um de seus colegas ser morto por um deles
através de uma janela. Como se chamava o homem? Serviram juntos no barco por
meses e ele nunca perguntara ao homem seu nome, mais de uma vez dividiram o
remo. Por que nunca conversaram? Esses pensamentos surgiram e desvaneceram
sobrepostos pelo desejo de servir a senhora. Os Homens de Nieger se lançaram
contra o jovem com uma espada mágica, e
a elfa, que usava o manto de khalmyr, um magus e uma paladina. Nieger, pegou
uma criança e correu para o barco, para avisar, para informar.
Os vilões se aproximaram. Mataram em seu caminho cerca de seis
homens leais a senhora. Nieger Correu carregando a criança que salvava da liberdade dada pelos Deuses. Os prisioneiros
deveriam ser entregues a senhora para serem salvos de si mesmos. Servir a
senhora era ser salvo.
-Combatentes se aproximam mestre Sarlatk. - Disse Nieger. – Já mataram seis dos nossos. Entregamos as nossas vidas alegremente para salvar essas pessoas e leva-las pra senhora.
-Combatentes se aproximam mestre Sarlatk. - Disse Nieger. – Já mataram seis dos nossos. Entregamos as nossas vidas alegremente para salvar essas pessoas e leva-las pra senhora.
-Embarquem no navio, temos todas as pessoas no navio, eu vou
destroças esses aventureiros como destrocei os
que encontramos em Galaunt. Vou pegar os itens deles como lembrança.
Assim como uso essa cabeça de machado como cinto para a calça.
-Sim senhor. Desamarrar adriças e recolher, vamos partir
homens... Preparar velas. Vamos
zarpar. Nieger embarcou no navio.
Seus homens colocaram os homens da vila em correntes nos remos. As mulheres e crianças acorrentadas aos mastros
no centro do navio.
Ao se afastarem para o norte, os olhos da tripulação do
navio se voltam para o capitão que deixavam enfrentando os vilões. O navio se afasta rapidamente sendo puxado pelo vento. O meio dragão
derruba um dos combatentes, ergue a si mesmo ao céu e lança
baforadas. Não consegue ver direito o que acontece, mas o meio dragão cai do
céu ao solo. E é morto pelo machado do anão.
- Maldito anão! - Amaldiçoa o minotauro – que seu sangue escorra na lamina de um inimigo e que sua alma seja condenada a jamais retornar para os verdes campos da Senhora.
- Maldito anão! - Amaldiçoa o minotauro – que seu sangue escorra na lamina de um inimigo e que sua alma seja condenada a jamais retornar para os verdes campos da Senhora.
-Eles irão pagar –
disse Nieger. – A senhora vai encontrar meios de punilos.
Nas semanas que se
seguem os homens são chicoteados para manter o ritmo do navio quando os ventos param. As vezes um bebê é
atirado aos selakos para punir os pais que
se mostram mais insubmissos, e para servir de exemplo para outros que possuem famílias.
Alguns dos homens morrem de exaustão no remos e são jogados ao mar.
Alguns dos homens morrem de exaustão no remos e são jogados ao mar.
Após um mês de navegação, Nieger e seus homens encontram os pântano da Senhora, navegam por
canais conhecidos na maré alta, para não
encalharem nos pântanos. Dois dias
navegando e chegam ao porto da cidade de pedra dentro do pântano. Desembarcam as pessoas e as guiam acorrentadas
para o saguão da senhora. La perante a jóia conhecida como o Rubi do
esquecimento, tem suas vidas removidas, todas as lembranças de quem são se tornam
apagadas por uma nevoa, em seu lugar
apenas o desejo de satisfazer a vontade da senhora. Para a maioria deles, a vontade de servir a
senhora os liga a funções simples.
Nieger vê homens e mulheres que capturou trabalhando em
diversos lugares da cidadela, reconstruindo salões, trazendo madeira, criando
plantações . Aos poucos o trabalho trás resultados, ao menos um terço da cidadela é habitável, e campos
são lavrados e pomares começam a dar frutos.
Homens e mulheres dormem juntos, a noite para trazer novas crianças para
servir a senhora.
Após alguns dias da chegada, Nieger é chamado pela senhora. Nieger
entra no castelo principal, partes ainda
estão em ruínas,outras estão esplendorosas como
se ainda fosse o dia de sua construção. A ponte levadiça de entrada tem suas correntes arrebentadas e enferrujadas, mas a madeira do piso é nova. O pátio entre a muralha
externa e a interna esta limpo, com
alguns belos pomares crescendo lá. Nieger por alguns momentos fica vidrado em
uma macieira, a arvore centenária é mãe de todas as macieiras abaixo dela. Nieger
vê os pássaros que estão na arvore. Não mais que poucos seguidos observando e o
desejo de seguir a senhora se torna irresistível. O saguão em sua frente PE imenso,
e apesar dos pequenos reparos construídos
no teto, não parece ter mais de 1s emana que foi construído tal a
sua beleza. Painéis nas paredes contam a
historia de Lendilkar, e de como ele fez um acordo com uma dragoa negra,
para que ele fosse uma baronesa.
Então ele entrou na sala
do trono, uma sala imensa adornada com
mais de duzentas estatuas
alinhadas nos dois lados da sala. Uma estatua a cada quatro metros, por todas as paredes. Cortinas
e tapeçarias se espalham pelo ambiente. Nieger foi até o centro da sala. E então se ajoelha.
- Augustus Tiberios me relatou sobre suas ações. – Fala
calmamente a Senhora. Em sua forma humana, ela
é uma mulher negra, de olhos amarelos com pupilas verdes. –Cada momento
da viagem e de seu retorno me foi contado. E você merece suas recompensas.
- Não fiz nada minha Senhora, apenas segui ordens – responde Nieger olhando para o chão.
- Não fiz nada minha Senhora, apenas segui ordens – responde Nieger olhando para o chão.
-Erga-se meu filho. Esta noite após sua transformação serás
meu consorte.
- Eu não mereço minha senhora.Mas vossa vontade é a minha
vontade, e seus desejos serão cumpridos com minha vida. – Responde Nieger. Em sua
voz não há orgulho, nem nenhuma outra emoção. Nieger assim como todos que
servem a senhora não sente nada, a menos
que uma ordem da senhora seja
contrariada, ou que a própria senhora
esteja em risco. Então apenas fúria os
toma...
A senhora pega um pequeno giz e faz um circulo no chão, dentro do circulo símbolos arcanos são desenhados. Ela então faz um corte em seu pulso e derrama seu sangue numa vasilha. A esse sangue ervas mágicas e escamas são acrescentadas. Nieger bebe todo o conteúdo da vasilha, enquanto a senhora canta palavras em draconico.
As Recordações de Nieger são restauradas, mas ele não mais se importa com o homem, pai de família que foi capturado a quatro anos, não se importa com sua esposa, que esta tendo o terceiro bebe sem saber ou se importar sobre quem é o pai para servir a senhora. Não se importa com o seus filhos que servem a senhora. Seu único desejo é o de servir sua nova mãe.
Mas agora ele também tem um desejo,o de destruir os aventureiros que entraram no caminho da senhora. E dos servos da senhora, dos meio dragões de elite, ele é o único que conhece os rostos deles.
A senhora pega um pequeno giz e faz um circulo no chão, dentro do circulo símbolos arcanos são desenhados. Ela então faz um corte em seu pulso e derrama seu sangue numa vasilha. A esse sangue ervas mágicas e escamas são acrescentadas. Nieger bebe todo o conteúdo da vasilha, enquanto a senhora canta palavras em draconico.
As Recordações de Nieger são restauradas, mas ele não mais se importa com o homem, pai de família que foi capturado a quatro anos, não se importa com sua esposa, que esta tendo o terceiro bebe sem saber ou se importar sobre quem é o pai para servir a senhora. Não se importa com o seus filhos que servem a senhora. Seu único desejo é o de servir sua nova mãe.
Mas agora ele também tem um desejo,o de destruir os aventureiros que entraram no caminho da senhora. E dos servos da senhora, dos meio dragões de elite, ele é o único que conhece os rostos deles.
Interessante, acho que este conto tem continuação.
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