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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Aventureiros no Pantano dos Juncos..


Ele correu o mais que pode.  Sabia que o perseguiam. Eram muitos.

 Seus braços tinha vários cortes,  arranhões e cortes superficiais do combate, suas pernas estavam totalmente arranhadas e vertiam pequenos filetes de  sangue, Vindo de correr por entre a floresta passando muitas vezes por espinheiros e cactus.  Sua armadura de couro não passava de  farrapos.

enquanto corria, ele olhava pra trás, e via  que as sombras de seus perseguidores o alcançavam, quanto mais  ele corria mais próximas pareciam as sombras. Ele sabia que se o alcançassem ele morreria.

Era uma floresta não muito densa,  mas chia de espinheiros e arbustos de folhas afiadas, não raro,  arvores antigas jaziam caídas, algumas mortas  outras com seus novos ramos  se erguendo aos  céus... Ele saltou por cima  de um tronco de pinheiro. a  arvore antiga estava morta,  mas ele ignorou esse fato. Caiu em  um riacho barrento e ficou meio atolado, sua velocidade diminuiu.  Por outro lado seu desespero e sua aflição aumentaram exponencialmente.  Retornar não era uma opção e por mais lento que estivesse, ele preferia seguir adiante. Em certo momento seu pá direito ficou preso,  puxou com força e sentiu a bota soltar do pé, e desequilibrado caiu no barro.

Em outra situação, teria praguejado, mas naquele momento era crucial manter silêncio.  ergeu se com dificuldade, perdeu um dos pés da bota. Era a única forma de sobreviver. A floresta  estava cada  vez mais fechada, a noite se aproximava,  e no escuro ele não sabia se conseguiria  escapar de seus perseguidores.

Seus olhos estavam dilatados, Sua respiração pesada, O corpo coberto  de lama e cheo de cortes que sangravam. Mas ele continuava em frente. em sua corrida ele  acreditou por um instante  ter ouvido o seu nome ser chamado.

Como tudo podia ter dado  tão imensamente errado?

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Dois  dias antes ele, um jovem aventureiro de  Deheon , se encontrara com seus amigos na Taverna da Deusa louca feiticeira. E enquanto o bardo cantava a musica  tema da taverna, eles dividiam cervejas e planejavam a exploração do pântano ao sul.

"Ela tem um jeito lindo De me olhar nos olhos Me despertando sonhos Loucuras de amor" - cantava o Bardo

- Jael, você tem certeza sobre esse mapa? - Ele perguntou ao mago do grupo que havia descoberto um antigo pergaminho sobre um templo no coração do pântano

-Claro.  as lendas dizem que   existe um grande tesouro no local.  O relato do ultimo cultista diz que eles levaram o tesouro de um rei para o local...

"Ela sabe me prender como ninguém. Tem seus mistérios. Sabe se fazer como ninguém. Meu caso sério" - segue o bardo cantando no palco da taverna.

Ele  respirou fundo. Observou o Bardo por uns instantes. O jovem cantor tinha cabelos loiros, vestia uma camisa larga amarela, usava um colete preto, Suas calças eram azuis e usava botas  de couro.  Com certeza era um musico local e não um aventureiro atrás de algumas moedas.

"Uma deusa, uma louca, uma feiticeira. Ela é demais. Quando beija minha boca e se entrega inteira. Meu Deus, ela é demais!" - O bardo ergueu a  vóz. com certeza esse era o refrão da musica.

Ele voltou os olhos para Tulius Taurius, O imenso minotauro, com um rosto de Búfalo,  parecia mais interessado nas costeletas de porco que estava comendo, do que na conversa  entre o jovem ladino e o mago do grupo.

- Um tesouro  de reis? - questionou ao mago.

- Sim o diário do cultista foi encontrado  anos depois, na biblioteca da casa ao norte da cidade. A casa tinha fama de assombrada. Por isso nínguem entrava lá.

- Quando você  me pediu pra entrar lá não disse nada sobre a casa ser assombrada...

- Você nunca perguntou...  

"Ela tem um brilho forte. Brilha feito estrela.  Ah, eu adoro vê-la. Fazendo aquele amor." Cantou o bardo...

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 Ele viu um brilho forte se movendo e se afastando. Teve a esperança de que  aquele fosse o caminho para escapar do que aconteceu. Se arrastou pelo barro, perdendo a outra bota  sua mochila, e  a adaga reserva que ficava em suas costas.

Ele se arrastou pela floresta se aproximando do brilho.

E então ele viu, uma mulher da qual emana um brilho forte, que era adorada pelas criaturas que  o perseguiam  como se fosse um deusa, e sua  gargalhada insana era carregada de magia... O som de sua gargalhada era aterrorizante, e trazia um que   de insanidade. por um pequeno instante  ele se  viu criança, viu  seus familiares se transformando em demonios. E ele chorou como um bebe, soluçando enquanto se encolhia e deitava  no chão, vendo tudo ao seu redor se transformar em um inferno...

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Dois dias antes na taverna...

"Que me enlouquece.  Me embriaga. Me envolve inteiro. E me faz prisioneiro. Um louco sonhador" - canta o bardo

Samara  paladina de Thyathis se aproxima da mesa. O coração dele dispara, cada vez que a olha. Ruiva de olhos azuis, cabelo comprido, cacheado e volumoso... Ele pensa que poderia  observar aquele rosto para sempre. 

sua mente se perde em devaneios, e sonha com casamento e com os beijos daqueles labios vermelhos. Isso  dura apenas um  segundo. mas parece que levou uma vida inteira.

- Novamente com os pensamentos na lua,  Aderbal? - Brinca a paladina

-Sabe que eu não me chamo Aderbal. - responde ele.  Ele respira fundo,   evidentemente contrariado. -O meu nome é...

 - Ela sabe o seu nome, eu sei o seu nome até o Tulius  Sabe o seu nome... - Interrompe  Jael -  todo mundo  aqui  ta cagando pro seu nome. O que todos querem saber é se  você não  Vai ficar com essa cara  embasbacada pensando longe quando estivermos no tempo... Todo mundo nessa mesa  sabe que você é apaixonado  por Samara. E Ela ja te disse que  não tem o minimo interesse em você Aderbal....

O minotauro emite  gargalhadas estrondosas.... e mesmo a paladina ri da provocação do mago...

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Algumas horas antes...

"Uma deusa, uma louca, uma feiticeira. Ela é demais. Quando beija minha boca e se entrega inteira. Meu Deus, ela é demais!"

Ele não consegue tirar essa musica da cabeça o dia inteiro. e apesar dos poucos combates com criaturas da floresta eles chegam ao centro do local onde encontram o templo. Eles começa a procurar armadilhas em um dos lados da construção e por isso esta de costas quando a criatura surge de  dentro do templo. ele não ve a criatura, mas vê seus amigos se transformarem em bullywugs, Suas peles  se tornam couro de sapos, cheias de verrugas, e seus olhos que antes apresentavam amizade apenas demonstram  ódio por ele.

Ele percebe que precisa fugir.  E  é que ele faz...

Ele dispara a correr pela floresta perseguido pelo povo sapo, perseguido por seus amigos, perseguido pelo monstro que  governa o pantano. Ele corre.  Mas ao  adentrar em uma clareira precisa lutar com dois homens sapo que  ali se encontram.  Ele não se lembra exatamente como  os derrotou ou se os derrotou  só lembra de sentir  os  golpes que  lhe cortaram de leve os braços, da dor e de correr...

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A bruxa  surge  sobre ele. ele tenta recuar, mas a insanidade e o desejo tomam o seu corpo. Ele quer gritar e fugir, mas não consegue. Ele quer chorar e correr, mas é incapaz de controlar  o seu corpo. Em meio a aquela insanidade ele escuta o bardo cantando...

Ela tem um jeito lindo.De me olhar nos olhos. Me despertando sonhos. Loucuras de amor

Ela tem um jeito doce. De tocar meu corpo. Que me deixa louco. Um louco sonhador.

Ela sabe me prender como ninguém.  Tem seus mistérios. Sabe se fazer como ninguém. Meu caso sério.

Uma deusa, uma louca, uma feiticeira; Ela é demais. Quando beija minha boca e se entrega inteira. Meu Deus, ela é demais!

Uma deusa, uma louca, uma feiticeira; Ela é demais. Quando beija minha boca e se entrega inteira. Meu Deus, ela é demais!

Ela tem um brilho forte. Brilha feito estrela. Ah, eu adoro vê-la. Fazendo aquele amor. Que me enlouquece. Me embriaga. Me envolve inteiro. E me faz prisioneiro. Um louco sonhador

Ela sabe me prender como ninguém.  Tem seus mistérios. Sabe se fazer como ninguém. Meu caso sério.

Uma deusa, uma louca, uma feiticeira; Ela é demais. Quando beija minha boca e se entrega inteira. Meu Deus, ela é demais!

Uma deusa, uma louca, uma feiticeira; Ela é demais. Quando beija minha boca e se entrega inteira. Meu Deus, ela é demais!

A força magia que o domina faz com que ele se sinta  meio bêbado meio  seduzido, meio forçado, um prisioneiro incapaz de controlar o seu corpo. O bardo  esta na clareira cantando essa musica enquanto a misteriosa feiticeira o arraste em direção ao catoplebas.  ele se sente  desvanecer, todas as suas memórias   se esvaem. ele sente tristeza e dor, enquanto seus olhos se tornam os de um sapo, sua pele se torna vermelha e surgem verrugas amarelas por todo o seu corpo. Ele deixou de ser quem era renasceu como um dos guerreiros do povo sapo. um inimigo de  Deheon. esperando o próximo grupo de aventureiros que virá atrás dos tesouros do pântano...  


O templo de Inghlblhpholstgt é um templo dedicado ao Grande Deus Sapo, Inghlblhpholstgt, no centro do Pântano dos Juncos. Ele é vigiado por um catoblepas, um monstro que pode, apenas com seu olhar, transformar suas vítimas em homens-sapo. 



obs. a musica Ela é demais foi composta por Elias Muniz e é um dos sucessos da  dupla  sertaneja Rick e Renner.
obs. O pântano dos juncos aparece desde  Tormenta 1 edição  como local do cenário.  Tormenta pertence a editora jambo:
https://jamboeditora.com.br/

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