quinta-feira, 11 de agosto de 2011

As Crônicas de Antonywillians - O Império de Sckharshantallas - INTRO

Apêndice I
Mapa do Império

PARTE I
A LENDA DE NIATHALLASS


Sckharshantallas é conhecido como o Reino do Dragão das Chamas, seu regente máximo é o próprio Rei dragão Vermelho Sckhar. A psicologia dos dragões diz que eles não admitem outros em seu território, sendo uma raça possessiva e territoralista, mas neste caso, o regente aceita que todos ali vivam, contanto que se submetam a suas ordens e ao seu poder, como se tudo em seu grande reino fosse sua propriedade, inclusive a vida da população. Em seu reino enorme há alguns mini territórios feudais, como que pequenos reinos, que foram dominados pela força real do dragão, um desses é o reino de Logus, conhecido por desde a era dos bárbaros dominarem o conhecimento sobre tudo que envolve dragões.

Neste momento, sobre uma colina na fronteira de Logus, repousava, observando o castelo ao longe, um jovem elfo e chapéu emplumado, longos cabelos verde-metálicos, capa esvoaçante e roupa brilhante. Seu nome era Antonywillians, um companheiro meu! Ah, sim, sou Zoolk, um halfling clérigo de Tanna-toh e acompanho o elfo espadachim em suas missões na esperança de que eu escreva a melhor dentre todas as lendas. Hoje vou contar-lhes neste livro, como Antonywillians criou fama no reino mais perigoso de Arton. No reino onde o próprio regente tirano é o rei dos dragões vermelhos.


Antony observava o longe, como se buscasse encontrar algo além da barreira de nosso plano. Devo salientar que penso que seja um olhar de um filho que busca o colo inalcançável de uma mãe que morreu ou ao menos foi para longe. O espadachim era alegre, destemido e puramente sem noção, mas mesmo assim, nas raras vezes que se sentia sozinho, entristecia, como se lembrasse coisas ruins, algo bem possível, afinal como muitos elfos que caminham pelo Reinado, ele era um dos poucos sobreviventes de Lenórienn, a cidade élfica que caiu e foi dominada por goblinoides.


– Senhor Willians, desculpe a pergunta... – interrompi os pensamentos dele para assim retirar a expressão séria dele, pois a resposta para minha pergunta eu já sabia – Mas... O que realmente viemos fazer no reino de Logus?

Antony sorriu, como se entendesse minha real intenção por trás da pergunta. Ele se levantou, bateu na roupa para tirar a poeira e sacou o sabre que vinha embainhado em seu cinto, erguendo-o em direção ao sol, soltando um brilho mágico que refletia a coragem e determinação daquele elfo.

- Heh! Glórienn me enviou um sonho. Ela deseja que eu salve a princesa daquele reino, antes que ela caia nas garras de Sckhar! – ele guardou o sabre e se virou para seu goblin escravo que dormia encostado em um tronco de árvore próximo, ao lado das bolsas com nossos equipamentos – Acorda logo seu imprestável! Vai se preparando para partirmos! – e deu um chute no goblin, ah sim, o nome do escravo é Henk!

Andamos um pouco pelo campo de relva amarelada. O clima neste reino era quente, uma influencia dos vários vulcões em atividade que ao longe era possível até vê-los soltando eternamente a cinza nuvem de fúria. À nossa frente estava uma grande cidadela construída na encosta de um deles, enorme e solitário em meio ao campo de relva, em seu topo a fumaça era liberada calmamente, diferente de um geralmente em fúria vermelho-cinzenta. A capital deste mini reino, Lasttela era um esplendor da arte anã de arquitetura, quando chegamos aos portões de entrada na cidade, ao pé da montanha podemos ver o trabalho minucioso com a pedra que fez a parede da muralha mesclar-se a terra da montanha e parecer refletir uma aura rubra.

- Por favor, identifiquem-se! – disse um guarda de armadura prateada com elmo em forma de cabeça de dragão.

- Sou Antonywillians, este ao meu lado é zoolk, e o goblin é meu escravo, Henk! – Antony realizou uma reverencia e deixou cair uma rosa aos pés do guarda – Sou um filho de Glórienn e vim descansar em vossa cidadela antes de retornar a minha jornada!

O guarda o observou, junto aos outros três, cada um com uma poderosa lança na mão que brilhava contra a forte luz do sol.

-Por favor, sejam bem vindos à Lasttela! – ele fez uma reverencia e ao bater com o cabo da arma no chão a grade do portão se abriu.
Antony agradeceu e começamos a adentrar a cidadela.


A cidade era algo que chegava perto do indescritível. Erguida por mãos anãs, o trabalho com a pedra era algo que faria qualquer arquiteto se emocionar com tal habilidade e talento, cada casa, templo, palácio, mansão e até tavernas sujas eram uma explosão de beleza. As pilastras, duras e firmes, pareciam vivas e até trajadas, a pedra que compunha a tudo era a mesma das torres e da parede da muralha. Cada casa tinha uma forma, e ainda que feita de uma pedra vermelha rústica, o rubro fazia um show de cores fortes no céu quando batia a luz do sol. Nas ruas haviam várias estatuas em homenagem aos anões que ergueram a cidade, e nada era menos contraditório que a própria população: em uma estimativa tinha uns 50% de humanos, uns 40% de elfos e uns 10% de anões. A moda da cidade era vestir túnicas leves (por causa do calor) vermelhas e com jóias. Todas as ruas eram bem vigiadas, com guardas como os do portão de entrada por todos os cantos que se olhava, mas o mais medonho de lindo era a grande fortaleza no extremo norte da cidade, próximo ao topo do vulcão, local onde vive o rei deste mini reino.

- Como é belo... Não é, senhor Antony?

- Devo alegar que realmente os anões fazem um bom trabalho! – ele sorriu – Heh! mas só tenho uma coisa a indagar sobre essa cidade...

- o que, senhor Willians?

- Cadê as mulheres... – ele fez cara de triste – só tem anão barbado e mulher casada!

- Ninguém merece... – disse vendo, calado, um grupo de jovens e belas elfas saindo de uma escola.

- Bem, vamos até uma taverna! – disse sorridente enquanto passávamos ao lado de uma fonte onde havia a estatua de um dragão marinho cuspindo uma rajada d’água.


Taverna Vulcão Prateado. Dentre as muitas belezas da cidade está esta taverna, na forma de um belo vulcão composto de paredes de prata pura, com seu interior cheio de mesas abarrotadas de gente falando alto e se divertindo, tudo envolta de um balcão no centro cercando vários grandes caldeirões (a fumaça sai pela abertura no topo, que parece uma cratera vulcânica).

Sentamo-nos em uma das poucas mesas vazias. Estou a reler o que escrevi até agora, Henk está fazendo os pedidos e Mestre Antony está em uma mesa cercada de mulheres que em alguns segundos irão esbofeteá-lo ou se apaixonarem por ele, como de costume...

- Bonjur, belas donzelas! Poderia fazer uma pergunta?

- Claro! – elas sorriram envergonhadamente.

- Qual de vocês é a princesa deste reino? Ou melhor, com tal beleza – disse olhando profundamente em seus decotes – qual de vocês é a deusa deste reino? – colocou uma rosa na mecha do cabelo de cada uma.

- Tee-hee! – uma delas, de pele morena sorriu – quéisso seu bobo, somos apenas filhas dos conselheiros da corte!

Logo um meio-orc alto se aproximou da mesa. Sua feição era severa e seus olhos desejavam punir o elfo inoportuno. Ele agarrou o braço de Antony.

- Deixe-as em paz, orelhudo!

Antony se livrou daquela mão verde.

- Ora ora um meio-orc... acho que devia ter sentido seu fedor!

O meio-orc estremeceu de raiva e sacou o machado. As meninas colocaram a mão na boca segurando um gritinho, até que a morena interveio e se pôs entre os dois.

- Por favor, sem brigas!

- Permita-me aniquilar esse monstro, milady! – disse Antony sacando o sabre e colocando uma rosa entre os dentes.

- Ele é nosso guarda-costas, senhor! – disse outra das meninas.

- Um meio-orc!? – o espadachim pareceu confuso.

- Sim, somos a oferenda ao nosso deus!

Antony realmente ficou confuso...

- Como assim? Ele é servo de algum cultista?

- Não, senhor! Nosso deus não é como o de vocês dos reinos mornos, nosso deus é – o olhar de cada menina ali brilhou e cada nativo na taverna ao ouvir nome fez uma mesura com a cabeça e colocou a mão no peito – o Rei Sckhar!

Antony arregalou os olhos.

- Portanto as deixe em paz! - disse o meio-orc.

- E vocês aceitam ser oferendas????

- Sim, é uma honra, só a princesa Niathallas que se recusa, mas ela será o inicio do tratado deste reino com a Capital Ghallatrix! Ai, ai... que inveja dela...

- Mas Sckhar é um maldito dragão tirano!!!!!

“Maldito” só as palavras dele naquele momento e lugar errado. Ignorando a comida que ainda seria servida, fechei o livro, corri até ele e puxei-o até a porta junto ao goblin, enquanto todos os guerreiros sacavam as armas e magos espiões o observava com ódio.

- Que loucura... – ele disse já a dois quarteirões dali.

- Que loucura mesmo, senhor Antony! Este é o reino de Sckharshanttallas, o Rei dos Dragões Vermelhos, apesar de tirano é venerado, adorado e amado por todos aqui, e criticar ele ou seu governo nestas terras é pura burrice. Há espiões e guardas da grande Capital por toda parte!

Antony fechou o punho no sabre.

- Droga, isso me faz lembrar de Mitkov e os Yudenianos! Venha, Zoolk, temos uma princesa a salvar das garras de um dragão rei!

Que estas palavras fiquem gravadas em vossos corações e vossas mentes para provar o quanto Antonywillians é sem noção...

Enquanto andávamos pela cidade em direção ao castelo, chegamos a uma avenida principal cheia de lojas das mais variadas coisas. O movimento ali era grande, principalmente por que na praça principal estava um grande templo em honra a divindade do regente Dragão, todo feito de um de metal vermelho conhecido como Lava-Rubi (metal natural do reino similar a lava cristalizada), cheio de estatuas e gárgulas na forma de um dragão imenso do olho esquerdo com três cicatrizes. Antony cuspiu em escárnio ao olhar os clérigos do dragão entrando no templo. Nós fomos fazer umas compras: ração de viagem, amolar a lamina do sabre de Antony, tochas, umas poções de cura feitas por elementalistas das chamas, Sckharluziss (uma espécie de guloseima doce feita de uma fruta parecida com cacau, na forma de um dragão) e eu comprei uma das túnicas vermelhas, bem confortável devo dizer. Este é um de nossos mais prazerosos passa-tempos, gastar ouro de outras aventuras em mercados de coisas diferentes.

No final das compras seguimos para a praça, onde um grupo de pessoas se reunia envolta de um jovem bardo de roupas rubras como o magma que lhe encobriam todo o corpo, inclusive um chapéu vermelho de abas longas (cheguei achar estranho de tão grande que era) que entoava uma canção com eu violino vermelho que fazia todos dançar freneticamente. Eu fiquei a dançar junto a Henk, e Antony logo se enturmou com uma humana.

Após um bom tempo de diversão o bardo parou e começou a falar, numa voz chiante e sibilosa.

- Vou contar-lhesss uma história... Uma lenda antiga sssobre a princccesssa de Logusss! Sssaibam que esssta historia é sssecreta, e apenasss os bardosss essspecialissstassss e a corte sssabem!

Todos pararam para escutá-lo e sentaram na grama.

- Issto tudo eu desscobri desscendo até a parte mais profunda de uma catacumba nosss ssssubterrâneos desssta cidade! Contava nos hielogrifoss sssobre a era em que os bárbaross invadiram esssste reino, já dominado por Ssssckhar. O deusss dragão teria permitido que aqui resssidissem sse o venerassem, pagassem tributos e mulheresss. Asssim foi por muitoss anoss, até o sssurgimento do Rebelde Lassstimus Dragonfang, um grande guerreiro que odiava o Deus e sssse revoltou. Esste era apaixonado pela filha do líder da tribo, a Lady Arthelles, a qual foi entregue ao Rei Dragão como noiva-sssacrificio. Enraivecido, o jovem viajou pelo reino até o covil de Sssckhar e o desafiou para um combate em nome da mão da princesssa. Lutariam sssobre um vulcão, chamado pelos bárbaros de Morada das Chamas. O combate apesssar de tudo foi difícil, poisss o jovem lutava com todass asss forçasssss de sseu amor que queimava maiss que a lava daquela montanha de magma, e quando esstava para ser derrotado por um cone de fogo, a jovem princesssa Arthelles apareceu e o sssalvou-o se lançando sobre ele. Infelizzzmente elesss perderam o equilíbrio e caíram cratera adentro até falecerem os trêss, derretidosss por amor em meio a um magma de agonia. Dizzem que os trêsss nem sssentiram dor, poisss o amor os teria anestesiado em um terno beijo de ultimo ssusspiro de uma paixão eterna...

- Perdão, senhor, você disse os três? – eu o interrompi sedento por informação, mesmo com o olhar de desaprovação de Antony.

- Sssim, jovem clérigo do conhecccimento! A princesssa Arthellesss, o guerreiro Lastimus Dragonfang e o bêbe que ela esssperava do próprio Sckhar! - todos arregalaram os olhos - Na fúria Ssssckhar resssolveu exxxterminar a tribo do jovem bárbaro, masss o líder e osss xamãss proporam um acordo... Apóss 300 anoss a princessa reencarnaria novamente e ssseria uma meio-dragoa, podendo lhe dar uma prole poderosssa e de sssangue puro, e asssim a tribo realizzzou um ritual de sssete dias e sssete noitesss! A princessa Niathallass nassceu exatamente 300 anos apósss aquele dia na cidade que fica encossstada na messma montanha de fogo em que os trêss morreram, sssssimplificando, foi nessste vulcão da capital de Logusss em que esstamosss que a Lady Arthelles morreu e nassceu a princesssa...

Ele sorriu com os rostos entusiasmados.

- E de acordo com ass essscriturasss, o esspírito de Lasstimuss Dragonfang retornaria junto ao dela para ressgatá-la mais uma vez das garrass do regente! Espero que tenham gossstado! Adeuss a todoss e que Tanna-toh esssteja com vossssco!

Então tocou uma nota no instrumento e uma grossa nuvem de fuligem o encobriu para logo se dissipar junto a presença do bardo.

As expressões eram de terror, excitação, entusiasmo e espanto com a saída do bardo. Antony ficou pensativo, assim como eu...


Assim que todos já haviam retornado a seus afazeres e voltavam a caminhar pela bela cidade, eu e Antony nos sentamos próximos a uma fonte, sob a sombra de uma árvore.

- Interessante a história do bardo! – ele comentou pegando um dos sckharluziss e comendo – Daria uma ótima aventura!

- Eu desconfio na veracidade desta estória! – eu disse enquanto escrevia este conto – Se ela é uma meio-dragão, o rei ou a rainha é um dragão e o próprio Sckhar rejeita dragões em seu reino!

- Mas parece que ela já nasceria meio-dragoa por um ritual!

- Sim, mestre Willians, mas ainda sim tenho minhas duvidas...

De repente trombetas tocaram ao longe, uma multidão de gente correu para a avenida deixando um caminho aberto, curiosos de natureza, eu, o espadachim e o goblin fomos ver o que acontecia.

Vindo da direção do castelo tinham vários cavaleiros montando Pseudodragões (criaturas similares a dragões, mas sem inteligência, sem fala, magia e tamanho colossal), e aquelas damas da taverna, cercando um Besour (um besouro enorme e manso que é encontrado como montaria em varias partes do reino) que trazia em suas costas uma tenda de seda rósea onde se encontrava uma dama sob panos e véus luxuosos que acenava a todos. Antonywillians ficou estático, como de costume, claro... Ela realmente parecia ser linda, mesmo com aquelas vestes todas. Enquanto ela passava, a cidade vibrava e bradava vivas a ela.

- Esta deve ser a princesa prometida Niathallass da qual o bardo falava em sua história! – eu disse sem poder conter meus conhecimentos e idéias, e não deu outra, logo a multidão começou a bradar seu nome.

- Heh! A prometida, pela lenda, à Sckhar... – disse Antony.

- Nem pense em corteja-la, meu caro, digamos que o marido dela é meio poderoso e possessivo! Hohoho! – eu ri junto ao espadachim.

Logo os céus da cidade começaram a chamuscar com tiros de fogos de artifícios que estouravam em varias cores e formatos, nossos corações pareciam pular de felicidade e serpentinas com confetes caiam dos céus. Envolta do Besour se reuniram quatro bardos que formaram uma banda estupenda com tambores e trombetas que começaram a entoar um hino, o hino de Skharshanttallas. Em resposta eu vi que todos da cidade entravam em posição de continência, era algo que via apenas em reinos muito ufanistas, como o que vi, quando eu fui com o senhor willians para Yuden.

Tudo parecia perfeito, mas então... um dos fogos de artifício não subiu e caiu sobre um dos guardas que entrou em labaredas junto à bandeira do reino que possuía a imagem de sckhar.

- Protejam a Princesa! É uma emboscada!!!!!! – gritou um guarda enquanto a multidão entrava em pânico e vários pés e pernas começaram a me empurrar para longe.

Antony me pegou e colocou em seu colo (cena deploravelmente vergonhosa devo alegar...) e conseguimos escapar da confusão aparecendo na área vazia aonde passava a princesa e os guardas. As filhas dos conselheiros, prometidas para o harém de Sckhar pareciam ter se misturado a multidão e se escondido de pavor.

Cinco guardas altamente armados estavam cercando o Besour assustado, os bardos haviam fugido e Antonywillians sacou o sabre. O espadachim correu até eles e lançou uma rosa no ar que chamou a atenção dos guardas (um impulso nem um pouco sadio). Vendo a aproximação do estranho apontaram suas armas para ele.

- Sou Antonywillians, um dos Maiores Espadachins do Reinado e desejo ajuda-los!

- Parado aí... – eles ordenaram até que de súbito veio o grito da princesa.

Assim que olharam para cima do besouro gigante, havia um homem de trajes verdes, com longos cabelos ruivos e uma mascara sem rosto que agarrava os braços da princesa que tentava resistir.

- Socorro!!!

- Vem comigo, sua idiota! – disse o homem que percebeu os guardas os olhando – Sszzéss!

Logo se aproximaram três homens que estavam escondidos em becos. Seus corpos eram escondidos por mantos, incluía um pequeno como eu, um grande e robusto com chifres saindo do capuz, provavelmente um minotauro, e um de tamanho normal com um cabo de couro na mão o qual com um movimento liberou uma corda famejante. Eu fiquei assustado com o chicote mágico de chamas, se acertasse alguém devia doer...

Os guardas tentaram subir no besour, mas o homem do chicote os impediu açoitando um que caiu ao chão gritando pois o chicote atravessara sua armadura e queimara sua pele. Antony não se conteve e com um impulso deu uma cambalhota aérea e caiu de pé sobre o monstro. Colocou um pé sobre o trono onde a princesa se sentara, ajeitou o chapéu emplumado com um dedo e apontou a lamina do sabre para a cara do sujeito seqüestrador. Sua capa esvoaçava num efeito heróico incrível.

- Liberte-a e permito tua fuga com vida!

- Nunca!

Em resposta Antony saltou sobre ele descendo a lamina que foi aparada pelo açoite do chicote de fogo que a prendeu e quebrou na metade. Assustado caiu lá de cima sobre mim, que tentei fugir sem chance... O seqüestrador segurou a princesa firmemente e uma luz de teletrasporte o envolveu sumindo em um clarão flamejante, os capangas fugiram para os becos e a guarda (os dois que continuaram conscientes) não os alcançaram. O Besour assustado irrompeu pelas ruas em alta velocidade. Antony permanecia inconsciente por bater com a cabeça no chão. Hunf! E adivinha quem teve que arrasta-lo até a estalagem mais próxima... Sorte que tínhamos o Henk!



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