Tradução por Cassiano Fëanor.
Amarrado em robusto couro marrom, a sobrecapa deste pequeno livro
possui um desenho (incrustado em ouro) de um grupo de pequenas colinas
pontilhadas por árvores. Embaixo da figura há uma linha das runas em
Dethek, também incrustada em ouro, que se repete de forma menor na
lombada do livro. As páginas são de pele animal, mas não estão
enfeitadas. O livro tem cheiro de folhas secas velhas, apesar de não ser
um aroma desagradável.
Último Registro: Valem, sacerdote troll, 13 Alturiak, 1373 CV.
Descrição: Esse livro possui praticamente o mesmo tamanho de um
grimório gnomo. O desenho incrustado em ouro na capa retrata um grupo de
pequenas colinas pontilhadas por árvores. Qualquer personagem com um
deus gnomo patrono reconhece o desenho como uma representação das
Colinas Douradas, o plano onde o panteão gnomo reside; outros
personagens podem tentar um teste de Conhecimento (Planos) ou
Conhecimento (Religião) CD 15 para reconhecer o símbolo. As linhas em
ouro escritas com as runas de Dethek na capa e na lombada são o título,
Tesouro das Colinas Douradas, escrito em Gnomo. A capa não apresenta
outros adornos. As páginas são de pele animal, simples mas de alta
qualidade. A página inicial diz “Tesouro das Colinas Douradas – Anedotas
dos Senhores das Colinas Douradas, e mágica relativa à suas histórias e
cultos”. A capa e as páginas interiores estão escritas em uma
fantástica, porém legível escrita (em Gnomo). Pequenas ilustrações dos
deuses gnomos adornam essas páginas, representando os eventos de suas
histórias ou ilustrando o uso das magias descritas no livro.
O
livro é um pouco gasto mas parece ser muito mais velho do que aparenta,
como se fosse passado de gnomo para gnomo por vários séculos e sendo
sempre tratado com cuidado e respeito, apesar de estar um pouco
desgastado por uso recente.
História: Essa é uma entre as últimas
quatro cópias desse livro, todas escritas muito tempo atrás por um
sábio religioso gnomo que queria um meio de introduzir a religião gnoma
para os jovens gnomos na esperança de inspirar mais de sua raça a
tornarem-se sacerdotes. A maioria das cópias do Tesouro das Colinas
Douradas nunca saiu das mãos dos gnomos, desde que as comunidades gnomas
os valorizaram muito como documentos históricos e religiosos. A cópia
que aparece de tempo em tempo pode ter pertencido a um clã das Colinas
Distantes ao sul, que foram expulsos de seu lar em 1305 CV por um jovem
dragão vermelho e seu bando de guerreiros kobolds (todos ligados á ele
por magia e por um juramento prestado com o próprio sangue do dragão que
lhes concede estranhos poderes). Um dos sacerdotes gnomos fugitivos
levou o livro consigo enquanto o lar de seu clã era destruído;
infelizmente seu pequeno grupo foi alcançado por um bando de bugbears,
que levou os gnomos para serem devorados em suas cavernas. Carente de um
clérigo ou mesmo de um adepto, os bugbears jogaram o livro em uma pilha
de escombros e se esqueceram dele. Anos mais tarde quando os bugbears
ganharam aliados suficientes para se tornarem uma ameaça particularmente
problemática, um grupo de mercenários de Inverno Remoto chamado de Os
Corvos de Ferro aniquilou os bugbears. Os mercenários encontraram o
livro, jogado em meio ao resto do tesouro dos bugbears, e foram até
Portal de Baldur celebrar sua vitória. Bêbados após muita cerveja, eles
aceitaram realizar um trabalho para um misterioso comerciante (que agora
acredita-se ser, após muitas adivinhações, um agente dos Magos
Vermelhos) que os enviou para as Colinas dos Trolls, sendo essa a última
vez que alguém ouviu falar deles.
Em 1370 CV, um sacerdote gnomo
de Gaerdhal Mão Férrea (e descendente do clã expulso pelo dragão a 65
anos atrás) chamado Dorgannan Floresta Negra descobriu através de magia
que o livro desaparecido estava nas mãos de um troll vivendo nas Colinas
dos Trolls. Alegre com a possibilidade de retornar o livro ao seu povo
após décadas perdido, ele imprudentemente iniciou a busca sozinho,
parando apenas para informar alguns de seus amigos dos aspectos gerais
de sua busca e que seria importante para os gnomos como um todo. Essa
foi a última vez que ele foi visto vivo. Recentemente seus amigos
conseguiram dinheiro suficiente para comprar uma adivinhação menor e
verificar que ele de fato estava morto, e que a criatura responsável por
sua morte foi um Troll chamado Valem. A companhia de aventureiros O
Garanhão Vermelho, de Portal de Baldur, foi até as Colinas dos Trolls
com uma dúzia de cabeças de gado e negociou com o primeiro grupo de
trolls que atacou. Os trolls, momentaneamente saciados com a fácil
refeição, disseram conhecer um sacerdote troll chamado Valem, de uma
tribo diferente, mas a última coisa que sabiam dele é que ele havia ido
para o norte, para a Floresta Casca de Troll por algum motivo
desconhecido. Os aventureiros saíram antes que os trolls ficassem
novamente com fome, e estão atualmente debatendo como eles irão
enfrentar a Floresta Casca de Troll à procura desse estranho troll e do
tesouro que ele quase certamente carrega.
Conteúdo: Cada magia no
Tesouro das Colinas Douradas é prefaciada por uma curta história sobre
um ou mais dos deuses gnomos, que serve como instrumento de ensino para a
fé gnoma. Cada história possui cerca de 4 a 6 páginas. Essas histórias
mais as 14 páginas de magias no livro e a página título significam que o
livro possui 86 páginas no total.
As 14 páginas de magias
descrevem 7 magias divinas originalmente de ou particularmente relevante
para um panteão gnomo. Essas magias são consideradas magias incomuns, e
qualquer conjurador que deseje usá-las precisa antes decifrá-las como
descrito em Escritos Mágicos Divinos no capítulo 10: Mágicas do Livro do
Jogador. Algumas dessas magias possuem versões diferentes para
clérigos, druidas, ou mesmo rangers, mas as diferenças para cada tipo de
conjurador é explicada junto com a magia.
As magias no livro são
escritas em ordem dos nomes das histórias pertinentes á tal magia.
“Barayan e Chiktikka escapam do exército Orc” cura arbórea menor. (nova
magia, veja abaixo).
• “Callarduran e o Ladrão Sorrateiro”, armadilha de estalactite (nova magia, veja abaixo)
• “Gaerdal e o Espião Kobold”, batida ensurdecedora (Magia de Faerûn)
• “Garl e Arumdina Ensinam uma Lição à Kurtulmak” arma da divindade (Magia de Faerûn)
• “Como Flandal Inventou a Forjaria” pele de aço (uma variante da magia
de paladino barba de prata do livro Magia de Faerûn, dando ao
conjurador uma pele metálica ao invés de barba metálica)
• “Como Segojan Ajudou o Sr. Texugo” enterrar (Raças de Faerûn, versão exclusiva para clérigo)
• “Defesa Inteligente de Segojan” armadura de Segojan (nova magia, veja abaixo)
Por último, uma cópia deste livro, segundo rumores, foi feita por um
clérigo de Urdlen (presumidamente copiada de uma das versões originais).
Supostamente ela contém uma magia adicional chamada frenesi do sangue,
que faz com que o conjurador entre em um estado furioso similar á fúria
bárbara e lhe concede a habilidade ferocidade (ele luta sem penalidades
quando incapaz ou morrendo). Os rumores não dizem se a magia é
prefaciada com uma história.
* Armadura de Segojan
Abjuração
Nível: Clérigo 1, Druida 1, Ranger 1
Componentes: V, G, M, FD
Tempo de execução: 1 ação padrão
Alcance: Toque
Efeito: Uma armadura para uma criatura média ou menor
Duração: 1 hora/nível (D)
Teste de Resistência: Nenhum
Resistência à Magia: Não
Você fabrica uma armadura de materiais naturais que é apropriada para
uma criatura de tamanho Médio ou menor (você determina o tamanho da
armadura no momento da conjuração, e não pode mudá-lo após isso). A
armadura é equivalente ao couro, à exceção que garante +4 de bônus de
armadura. Possui um bônus máximo de Destreza de +6, penalidade por
armadura de 0, e chance de falha arcana de 10%. Ela pesa o mesmo que uma
armadura de couro de tamanho similar pesaria (por exemplo, 7,5 kg se a
armadura for para uma criatura Média). A armadura possui traços de metal
(veja a seção componentes materiais); porém um druida pode usá-la sem
penalidades.
Quando a magia termina, a armadura cai e se quebra,
transformando-se nos materiais dos quais foi feita. Os restos da
armadura não podem ser reutilizados para outra magia.
Componente Material: um punhado de grama, um punhado de raízes e uma pitada de pó de ferro.
* Armadilha de Estalactite
Transmutação
Nível: Clérigo 1, Druida 1
Componentes: V, G, FD
Tempo de execução: 1 ação padrão
Alcance: Curto (7,5m + 1,5m/2 níveis)
Alvo: uma estalactite pequena
Duração: 1 hora/nível ou até ser acionada
Teste de Resistência: Fortitude anula (objeto)
Resistência à Magia: Sim (objeto)
Você imbui uma estalactite com mobilidades e percepções limitadas. A
estalactite permanece no lugar até que uma criatura inimiga se mova por
baixo dela, quando ela se arremessa contra a criatura com um ataque de
toque (bônus de ataque igual ao seu bônus de base de ataque). Se
acertar, causa 2d6 de dano perfurante mais 1d6 para cada 9 metros que a
estalactite cair além de 9 metros. (+1d6 para 18 metros, +2d6 para 27
metros, e assim por diante). A magia termina quando a estalactite faz
seu ataque; se nenhum inimigo passar por baixo da mesma antes da magia
acabar, a estalactite permanece presa.
Se conjurada sobre uma
estalactite atualmente posicionada sobre um inimigo, a magia faz a
estalactite atacar imediatamente esse inimigo.
Essa magia foi desenvolvida pelos sacerdotes de Callarduran Mãos Macias.
* Cura Arbórea, Menor
Conjuração (Cura)
Nível: Clérigo 4, Druida 3
Componentes: V, G, FD
Tempo de execução: 1 ação padrão
Alcance: Pessoal
Alvo: Você
Duração: 1 hora/nível (D)
Teste de Resistência: Nenhum
Resistência à Magia: Não
Você entra em uma árvore normal, que precisa ser larga o suficiente
para acomodar seu corpo em todas as 3 dimensões. Você pode permanecer
escondido dentro da mesma quanto tempo desejar, até o máximo de 1
hora/nível. Enquanto você permanece dentro da árvore, ela o alimenta e
cura. Você não precisa respirar ou comer, e você recupera 5 pontos de
vida para cada hora dentro da árvore. A árvore também lhe garante
cobertura e camuflagem total e protege você de calor ou frio extremos,
chuva, luz do sol, neve, e todas as outras condições ambientais. Você
pode ouvir, mas não ver, o que acontece fora da árvore. Danos físicos
menores causados à árvore não o machucam, mas destruição parcial (na
região que está acomodando seu corpo) expele você e causa 5d6 pontos de
dano. Se a árvore for totalmente destruída (por um incêndio, ou uma
magia malogro, por exemplo) você é expelido da árvore e morre
instantaneamente, a não ser que seja bem sucedido num teste de
resistência de Fortitude, CD 16.
Essa magia foi desenvolvida pelos sacerdotes de Baervan Errante Selvagem, que a chamam de árvore da soneca.
Preço: 700 po (valor do livro, apenas). Como uma coleção de histórias
religiosas dos gnomos, custará 100 po para um colecionador dessas
coisas. Um gnomo consciente do significado histórico e religioso do item
– que seria qualquer gnomo clérigo ou druida ou qualquer outro que
obtenha sucesso num teste de Conhecimento (História) ou Conhecimento
(Religião) CD 15 – sabe que clãs de gnomos ou igrejas se dispõem a pagar
1000 po ou mais apenas pelo valor não-mágico do livro, ou até 2000 po
em magias ou serviços de ofícios (como conjuração, produção de armas e
armaduras obras-primas, e assim por diante), mais o valor das magias se
puderem usá-las. Qualquer um que retorne o livro para um grupo desses
receberá honrarias ou alguma outra forma de recompensa em adição á
compensação monetária ou material.
Último Portador Conhecido: Valem, sacerdote troll de Talona.