Parte 1 por Daniel Bart · 20 de fevereiro de 2019
Originalmente publicado na Dragon Magazine nº 278 (dezembro de 2.000) por Ed Greenwood traduzido por Daniel Bartolomei Vieira Imagem destacada, “Treasure” por Poulami Mukhopadhyay (disponível em https://www.artstation.com/artwork/LNv5l)
Volothamp
Geddarm ao seu serviço, damas e cavalheiros, revelando as verdades dos Reinos
para vossas senhorias, como a das joias perdidas há muito, cintilando perante
as luzes em estonteantes relances, exatamente como as vi, antes que qualquer
pessoa jamais tenha sonhado em vê-las diante de si…
Quando
o povo de Cormyr e os visitantes daquele belo reino começam a falar a respeito
de tesouros, primeiramente falam das fabulosas riquezas que enchem os cofres
reais abaixo do Palácio de Suzail, das dúzias de tesouros abaixo de Chifre Alto
e das riquezas de outras fortalezas do reino.
Então,
logo eles começam a falar das magias que foram acumuladas – e escondidas –
pelos Lordes Magos de Cormyr, do lendário Baerauble em diante. Até mesmo
aqueles que se ressentem da enorme prepotência de Vangerdahast admitem que ele
é a epítome cormiriana da perspicácia. Poucos são os que duvidam que ele possa
enriquecer um mendigo ao nível das mais nobres e orgulhosas casas sem sequer
encostar em uma moeda do tesouro real. Há muitos que dizem secretamente que ele
e seus predecessores arcanos poderiam muito bem ter saqueado pessoalmente o
cofre real seguidamente, pois não haveria ninguém mais esperto que eles para
realizar tal feito.
Entretanto,
aqui eu falarei de tesouros mais modestos – os mais ricos de cada família da
nobreza de Cormyr. Há terras e rebanhos entre estes, carroças rangendo ano a
ano com produções, e castelos nos quais onde homens de menos importância podem
alugar depósitos. Há também moedas e gemas perdidas. Obviamente, há sempre
coisas encontradas por alguém e escondidas novamente. Por vezes, o conhecimento
da existência desses tesouros morrem com seus donos – mas há sempre um modo ou
outro de descobrir tais segredos, mesmo após a morte…
Existe
uma gruta em algum lugar de Cormyr – da qual eu não ouso revelar a verdadeira
localização – na qual uma magia estranha preserva coisas deterioradas
flutuando, algo que já foram os cérebros de alguns seletos cormireanos.
Tocá-los é ser sobrepujado por consciências falhas, ainda que desesperadamente
procurando viver novamente, procurando novos corpos para si. Se alguém for
forte – como eu fui, embora minha sobrevivência tenha sido perigosamente
ameaçada – e resista às furiosas compulsões, este alguém poderia ordenar que
essa mentes oscilantes desapareçam, descobrindo quem são essas pessoas mortas
há muito tempo.
Eu
poderia muito bem retornar até tal local algum dia e ver mais dos reis e
pessoas importantes do tipo, mas por hora, ouçam o que lhes apresento sobre
tais pessoas que ficaram nas névoas do passado. Por obséquio, tenham em mente
que algumas das datas dadas aqui, e ainda mai conhecimento, podem estar
equivocados ou serem falsos; eu tive que contar com informações de sábio
caducos e registros públicos fragmentados de modo a colocar de forma histórica
cenas vívidas que não eram de minhas próprias memórias!
Algumas
destas memórias dizem respeito ao tesouros escondido antigos de Cormyr,
conforme discutido anteriormente.
As Joias dos Rayburtons
Nos
dias da alvorada de Cormyr, quando os elfos controlavam os Bosques dos Lobos e
os homens eram meros intrusos estabelecendo arremedos de fazendas do lado de
fora das escura e proibidas florestas, nasceu o primeiro conto dos tesouros
perdidos. Ele circulou, mas nunca tocou os Obarskyrs e envolveu estes homens,
os precursores das orgulhosas e nobres família cormireanas:
Belmer Oelber Rayburton
(de
-43 CV até 36 CV)
O
gordo, grosseiro e de pele de sapo Belmer era um guerreiro destemido e um
caçador ávido, um homem de alma simples em essência. O cabelo sempre bagunçado
e os brilhantes olhos negros do homem faziam ele se destacar, e ele nunca
parava de se coçar (pulgas, sem dúvida). Os modos formais de falar que ele
tinha era rosnar e cuspir (o primeiro mais constante, o segundo mais quando
estava nervoso), ma\s ele sabia onde caçar bons cervos – um talento muito útil
nos primeiros dias de Cormyr.
Belmer
carregava uma enorme maça-estrela e uma machadinha robusta. Sem nunca fugir da
batalha, ele tirava os maiores prazeres da caçada, do enfrentamento ao inimigo
e de devorar o que houvesse sobre a mesa.
Onkyl Drethan Rayburton
(-40
CV até 41 CV)
O alto e lacônico Onkyl era o irmão mais novo de
Belmer; juntos, eles levaram a família até o que se tornou a Cormyr de hoje.
Enquanto Belmer era um caçador experiente, Onkyl era um homem organizado,
alguém que sempre se lembrava dos detalhes. Ele era temeroso das feras, elfos,
dragões, orcs, florestas e tudo o mais que pudesse ser encontrado nas terras
selvagens de Cormyr naqueles dias. Ele desejava o conforto de um castelo
robusto ao redor de si o mais rápido possível. Certamente, pensou ele, alguém
civilizado habitaria nas redondezas, talvez escondido no vale arborizado a
seguir ou logo ali além daquele cume.
Onkyrl era magro e com belos (e quase brancos)
cabelos longos e flutuantes, além de um longo bigode da mesma cor. Os olhos
dele eram de um marrom caloroso, e as roupas que usava (ao máximo que ele
conseguia manter) eram elegantes e bem feitas – o que naquela época significava
usar uma calça estreita, sapatos baixos pontudos e ligas cruzadas que eram
vestidas sob uma túnica quente e longa, enfeitada com mangas bufantes e uma
sobrecapa.
Telarn Erren Rayburton
(-51 CV até 43 CV)
O
alto, cabeludo e corpulento filho de Onkyl era um guerreiro quase tão mortal
quanto se pensava que ele era. Ele ascendeu para liderar as defesas da família
Rayburton enquanto o pai e o tio dele ficavam mais poderosos e passavam mais e
mais tempo contando moedas e tramando meio de tornarem os Rayburton cada vez
mais ricos. Telarn se enfurecia fácil e era mais rápido ainda com a arma
favorita que carregava: uma espada larga entalhada com a empunhadura na forma
de falcão-dragão negro, o símbolo da família Rayburton (este ícone era o
resultado de como um Rayburton embriagado enxergava um wyvern. Esta besta em
particular tinha um bico de falcão e a cabeça cheia de penas, assim como as
asas, mas a língua era bífida, o corpo cheio de escamas, as garras maciças e a
cauda reptiliana como a de um dragão).
Telarn
gostava de vestir coleter de veludo e brincos de ouro, e ele tinha frios olhos
azuis esverdeados, dentes podres, cabelo castanho até os ombros e uma cicatris
em um dos antebraços da qual ele tinha muito orgulho (a maioria dos coletes
dele possuía mangas com fendas de modo a exibir a cicatriz). Estranhamente, o
conto de como ele adquiriu esta marca de honra (a garra de um dragão enquanto
ele o matava, a lâmina arremessada de um orc enquanto ele destroçava vinte
outro com apenas uma mão, ou a adaga de uma maligna feiticeira cujas magias ele
encarou pouco antes de beijá-la até que ela se tornasse submissa a ele) mudava
de tempos em tempos.
Endeir Garra-de-Falcão
(-46
CV até 44 CV)
Este
caçador e partidário dos Rayburton era um homem calado e estava sempre calmo.
Este ancestral de Florin Garra-de-Falcão, um dos Cavaleiros de Myth Drannor,
tinha cabelos e olhos de um cinza cor do aço, e era um arqueiro extremamente
experiente. Uma vez que os Rayburton haviam chegado no que viria a ser a futura
Cormyr, o arco longo que carregava ficava frequentemente longe das mãos dele.
Endeir
sempre vestia botas de couro de cano alto, calções verde escuros e uma túnica,
além de manoplas de couro – e o símbolo que ostentava (um falcão branco com as
garras estendidas para atacar em um fundo azul empoeirado) podia ser visto em
uma faixa azul empoeirada que se estendia diagonalmente ao longo do peito dele.
“O
falcão”, como era conhecido, era alto, de ombros largos, silencioso e sempre
alerta. Sempre que um dos irmão Rayburton pensava em algum tipo de defesa,
provisões, caça ou patrulha, Endeir era a quem recorriam, que já se antecipava
e lidava com o que necessitavam, seja pessoalmente ou através das dúzias de
caçadores que ele comandava (de quem os setes guardas que Onkyl mantinha
fazendo a guarda das esposas e filhas Rayburton tinham, francamente, muito
medo).
Relve Turcassan
(-46
CV até 38 CV)
Este
senhor da guerra de olhar frio foi o humano líder de batalhas mais capaz de
Cormyr, no início do estabelecimento do reino. Ele tornou-se mais proeminente
no mérito, não porque a família dele possuía riquezas ou influência com os Obarskyrs.
Quieto e indiferente com as contendas e com as brigas por causa de bebedeira
que muitos guerreiros cormireanos (em particular os Rayburtons) estavam
inclinados a cometer, Relve era um espadachim competente e um tático
excepcional, sempre conseguindo prever detalhes que tinham que ser tratados e
ao se lidar antecipadamente com as crises que surgiam (ele sozinho sempre
colocava sentinelas posicionados de forma que cada guarda pudesse ver e ser
visto por outros, de modo que um homem poderia lidar com um evento ao mesmo
tempo que outro soava o alarme para alertar o acampamento). Relve aprendeu como
se controlar; poucos viram ele perder a paciência. Ele era baixo, usava uma
barba preta bem aparada e um bigode, e tinha um sorriso felino. Ele também
tinha um longo e balançante cabelo negro e olhos castanho claros, quase cor de
malva.
Orndar Oulamn Merendil
(-14
CV até 29 CV)
Espadachim,
charmoso e o mais impetuoso dos senhores da guerra humanos da época da fundação
de Cormyr, Orndar veio sozinha da Orla de Vilhon e ascendeu rapidamente em
influência entre os homens dos Bosques dos Lobos devido à conduta ousada – e
bem-sucedida – que ele tinha em batalha. Um espadachim mortífero, a maioria dos
outros homens o temiam abertamente, enquanto as mulheres ficavam fascinadas.
Orndar
tinha apenas 1,5 metro de altura; longos cabelos negros encaracolados e um
bigode combinando; os olhos eram castanho claros; o peito era cabeludo (que ele
geralmente mostrava ao usar camisas de seda de frente aberta, de cores que iam
do alaranjado brilhante, verde vívido, azul celeste, até um púrpura vivo); ele
também tinha o hábito de cantarolar. Ele frequentemente era visto carregando o
sabre curvo, uma faixa vermelho vivo e uma taça de vinho na mão – embora ele
nunca parecesse transparecer os efeitos de tanto consumo de álcool.
O Conto das Joias
Um
aliado ou parente desconhecido dos Rayburton veio até eles pelo mar cerca de
uma década após a fundação de Cormyr, fugindo de problemas em algum lugar
(possivelmente de Impiltur, e provavelmente como resultado de roubo, o que lhe
garantiu o tesouro que trouxe consigo).
Este
homem esquecido abrigou-se no lar de Belmer Rayburton, o que quase certamente
se provou um erro fatal – ele desapareceu logo após isso. É bastante provável
que Belmer o tenha assassinado e arrastado o corpo até o bosque para ser
devorado pelas criaturas do local, garantindo então que ele tomasse posse de
dois grandes e pesados baús repletos de gemas lapidadas que o homem havia
trazido na viagem.
É
certo que o irmão de Belmer, Onkyl, descobriu sobre a existência de tal tesouro
logo após Belmer se livrar de quem o trouxe (ou que o homem tenha desaparecido
par alguma outra razão), embora dada a personalidade dele e o desespero
silencioso a respeito das finanças da família na época, é improvável que Onkyl
tenha tomado parte no desaparecimento daquele que trouxe o tesouro de gemas
lapidadas.
Quase
que certamente Onkyl suspeitou, ou lhe foi dito, o que Belmer havia feito, pois
ele escondeu uma carta selada onde o filho dele encontraria após sua morte (mas
não antes), detalhando “minha brava visão do tesouro: dois gigantescos baús, o
primeiro contendo dois ou três punhados de safiras negras[1] cobertas por muitas mais
lágrimas vermelhas[2],
tudo isso sobre uma cama de cerca de milhares de safiras tão azuis quanto o céu
quando este está limpo. O outro baú estava repleto de rubis, novamente, cerca
de milhares ou mais”. A carta falava do tesouro “nas garras do meu irmão
Belmer”, e que “Você, meu filho” (o filho de Onkyl, Telarn) “o merece muito
mais do que o sanguinário Belmer jamais mereceu – veja que você deve clamá-lo,
e prosperar além das duras vidas que Belmer e eu forjamos para nós mesmos”.
Quando
monstros e invasões de salteadores acuaram o novo reino fortemente, e os
líderes de guerra Relve Turcassan e Orndar Merendil começaram a ficar
desesperados por mais armas e mais soldados para defender Cormyr, eles foram
até Belmer requisitando fundos. Devido à personalidade mesquinha e grosseira de
Belmer, foi improvável que eles tivessem se referindo ao que ninguém sabia (ou
suspeitava), que ele possuía uma grande riqueza que claramente vinha escondendo
ultimamente.
Fica
evidente a partir dos poucos relatos que me foram permitidos a leitura na Corte
Real em Suzail, que Turcassan, Merendil e Endeir Garra-de-Falcão, partidários e
caçadores dos Rayburton por um lado, e Belmer, pelo outro, tiveram um violento
desentendimento. Embora isso não esteja relatado, o evento resultou no abandono
do serviço por parte de Garra-de-Falcão, posto que foi assumido por Onkyl; nas
mortes tanto dos soldados dos Rayburton quanto naqueles sob o comando de
Merendil e Turcassan; no ferimento de Belmer Rayburton, Turcassan e Merendil; e
numa ampla contenda que só não chegou a um massacre porque Onkyl voltou-se para
o irmão exigindo paz – ou ele revelaria um “segredo que Belmer guardava muito
bem, e que ele gostaria de mantê-lo”.
Sob
meu ponto de vista, Garra-de-Falcão revelou a existência de um tesouro a
Turcassan e Merendil, ou ao menos ele suspeitava que o mestre deles estava
escondendo algo, portanto eles deveriam descobrir o que era de alguma forma.
Ademais, eu julgo que Onkyl começou a ficar temeroso e a odiar o irmão; é dito
por várias fontes que Belmer havia ficado “dominado pela suspeita de todos os
homens, especialmente aqueles recém-chegados ao reino” naqueles últimos anos.
Essa suspeita poderia muito bem ter nascido do medo de perder o tesouro que o
atormentava.
Certamente
a ameaça de Onkyl de revelar um segredo somente poderia fazer referência ao
tesouro, pois Belmer abertamente – e até mesmo, pelo que parece, orgulhosamente
– engajou-se em barganhas, galanteios, mortes, e na deliberada retomada de
dívidas que ele jamais teve a intenção de reembolsar (para enfraquecer os
credores e lhe garantir uma vantagem sobre eles, pois lhe parecia que jamais
ficaria sem tantas moedas). Parece difícil conceber que havia outro segredo que
o homem temesse ser revelado, exceto talvez traição contra o reino.
Alguns
escritores descendentes de Merendil e Turcassan escreveram, algumas décadas
depois sobre a crença que as famílias tinham de que tramas sombrias e súbitos
ataques noturnos tornaram miseráveis os últimos dias de ambos os senhores da
guerra eram o trabalho de “cães humanos contratados por Belmer”, e parecia
claro que todo o rancor entre todos os envolvidos apenas terminou com as mortes
deles.
Também
parece claro que Telarn encontrou a maioria ou todas as jóias, pois os dois
filhos dele, Rauril (também chamado de “Rory”) e Chelesmer, registraram em
diários particulares descrevendo (separadamente) que “abaixo da cama do pai,
foi necessário quatro soldados fortes para erguer, uma pedra com uma argola
para levantá-la, revelando uma câmara abaixo. Nela, havia uma cama feito com
jóias, sobre a qual estavam os ossos de nossa mãe morta, em paz, ainda que
cobertos de mofo e horrendamente ressequidos”.
Sabemos
a partir dos registros mantidos por outros que na ocasião da morte de Telarn,
ambos os irmãos se apressaram em colocar guardas ao redor do quarto dele –
forças opostas que vieram a trocar golpes de espada antes que Rory e Chelesmer
decidissem colocar um fim nas hostilidades.
Parecia
que eles haviam juntado forças cautelosamente para mover a cama e erguer a
pedra – e “berraram e gritaram como loucos, acusando-se mutuamente de todo o
tipo de vilania e crimes impossíveis, cuspido, babado e se arranhado quando,
finalmente, baixaram as lâminas” após a câmara abaixo ser encontrada vazia de
tudo, exceto poeira e os resquícios de um estrado de cama arruinado, de acordo
com o que foi dito por uma fonte que estava lá.
Rory
parece ter se afastado e se tornado um homem amargo, briguento e autoconfiante,
mas o resto da vida de Chelesmere foi consumida por uma eterna busca pelo corpo
da mãe e das joias.
Ambos
deixaram escrituras para os filhos, para que estes lessem após a morte dos
pais, e isto mencionava o tesouro, mas deixava bem claro que nenhum dos irmão
sabia do paradeiro deste – e que ambos suspeitavam que o outro havia escondido
e, então, o perdido, ou o acesso a ele, devido a alguma calamidade, não ousavam
revelar.
O que
quer que seja que tenha sido feito do tesouro – e todos os traços na câmara que
poderiam indicar que lá esteve o corpo de Jaless Rayburton, a esposa de Telarn,
desapareceram. Nenhum homem vivo nos dias de hoje é capaz de identificar até
mesmo a fortaleza que conteve o tesouro antes, com certeza. Parece claro que a
família Rayburton e outros caçadores de tesouro já procuraram essa riqueza
muitas vezes desde o ocorrido, mas nunca encontraram nada… a menos que aquele
que o encontrou tenha o escondido novamente, provavelmente fora de Cormyr, sem
que ninguém tenha sido mais esperto para descobrir.
[1] Safiras
negras, descritas no Volo’s
Guide to All Things Magical (algo como Guia de Volo Para Todas as Coisas Mágicas) são
uma variedade rara de safira que são rica e profundamente negras, com pequenos
realces em amarelo ou branco. Estas jóias vêm, na maioria, do Sul,
principalmente da Grande Fenda, já que são abundantes no Reino das Profundezas
dos anões e foram, trazidas Grande Fenda acima, até a superfície do mundo para
serem comercializadas. Os anões a prezam muito, já que um cada vez mais
crescente número de magos têm descoberto que uma vez que uma safira negra seja
cortada e polida, ela pode evitar a magia parar
o tempo e todas as magias de cronomancia de magos e clérigos, e
magias de esferas temporais, de funcionar em um alcance de 9 metros. Tais
magias param de funcionar se uma safira negra for trazida a até 9 metros das
respectivas áreas de efeito de tais magias (alguma delas podem continuar com o
efeito após a gema não estar mais presente, e outras simplesmente se encerram,
de acordo com a natureza de cada uma delas).
[2] Lágrimas
vermelhas, descritas no Volo’s
Guide to All Things Magical (algo como Guia de Volo Para Todas as Coisas Mágicas),
também chamadas de lágrimas
de Tempus, são cristais polidos e em formato de lágrima de uma cor
vermelho cereja vívido, ou de tonalidades alaranjadas. Acredita-se que sejam
única dos Reinos. Elas podem ser encontradas em minas profundas ou nos
penhascos de gargantas onde rochas antigas foram expostas. Lendas dizem que
elas são as lágrimas que amantes compartilharam um para o outro quando mortos
em batalhas, e que foram manchadas pelo sangue dos caídos. Lágrimas vermelhas
podem ser utilizadas como um substituto universal para todos os componentes
materiais de magias de cura (desde que não precisem ser especialmente feitas) e
como um ingrediente para as tintas de magias dedicadas a reparar objetos.
Parte 2
Originalmente publicado na Dragon Magazine nº 279 (janeiro de 2.001) por Ed Greenwood traduzido por Daniel Bartolomei Vieira Imagem destacada, “Treasure” por Poulami Mukhopadhyay (disponível em https://www.artstation.com/artwork/LNv5l)
Volothamp
Geddarm ao seu serviço, senhores, esclarecendo as verdades dos Reinos diante de
vocês, como moedas rolando sobre uma mesa, atraindo a atenção de cada olhar.
Escrevo aqui sobre mais um tesouro perdido de Cormyr, contos estes que
começaram como encenações – as memórias dos mortos – que tanto me encantaram
naquela gruta. Por favor, estejam cientes de que algumas datas e conhecimentos
aqui contidos podem ser equivocados ou falsos, embora eu tenha feito o meu
melhor[1] para
colocar as coisas no devido lugar.
As Riquezas dos Soa-Trombeta
Nos
dias quando Cormyr ainda era jovem, sementes foram plantadas para o que se
tornaria o grande desaparecimento de uma enorme riqueza. Esse caso envolveu uma
família da pequena nobreza, os Soa-Trombeta – e descendentes do primeiro (e o
maior) dos Altos Magos de Cormyr.
Baerauble Etharr
Lorde
Alto Mago de Cormyr[2]
(de
-166 CV até 429 CV)
Este
homem magro e lacônico tornou-se a queda do Vale Tarkhal atpe Lythlorn (o
bosque élfico entre o Lago dos Dragões e o Água-Estelar) ao colocar as intrigas
e ambições dos homens atrás de si. ele fez amizade com os elfos, mas estes o
tornaram (contra a vontade dele) um conselheiro para o recém reino de Cormyr.
Embora tenha sido muito amargo quanto aquilo que considerou uma traição dos
elfos (pois isso o colocou novamente no centro da vida de intrigas, o que ele
já havia renunciado), Baerauble servi Cormyr por séculos; muitos anos de vida
lhe foram dados, dizem alguns, pelos suprimentos de poções de longevidade dos elfos. Dessa vez, isso
lhe permitiu desenvolver a Arte, o que o levou a ser indicado como Lorde Alto
Mago.
Os
filhos dele incluíam o rapaz Baergast, cujo filho Aulard casou-se com Emrylara,
a filha do Lorde Theldrin Soa-Trombeta.
Baerauble
era um homem gentil e humilde, educado na fala e jamais arrogante (embora ele
falasse de forma mais afiada para os Obarskyrs do que para outros).
O neto
dele, Aulard (sobre o qual sabe-se muito pouco), dizem, imitou Baerauble na
forma de se vestir e nos maneirismos, e parece ter nascido com uma aparência
que o lembrava muito. Ele parecia, como um observador colocou, “um eco do avô”.
Lorde Theldrin Soa-Trombeta
Administrador
da Corte
(de 96
CV até 147 CV)
O
distinto, educado e bigodudo “mão direita do trono” (como Baerauble uma vez o
chamou), ajudou os reis Daravvan, Dorglor, Embrold e Irbruin nos negócios
diários de administração do reino.
Theldrin
veio a ser notado pelo Rei Daravvan como um ágil e diplomático escritor de
cartas. Rapidamente ele cresceu no serviço real de Mensageiro do Rei, passando
por Senescal dos Estábulos, Senescal do Portão e Mestre dos Salões até se
tornar o Administrador da Corte – o oficial que supervisiona a equipe,
provisiona e defende as fortalezas reais (o que, nos dias de Theldrin,
tratava-se somente do Forte Real no Castelo Obarskyr); organiza funções da
corte; e verifica as necessidades da nobreza e dos convidados das coroa até os
dias de hoje.
Profundamente
envolvido em administrar Cormyr, por fim a Theldrin acabou sendo confiada a
maioria das decisões reais por cada monarca que ele serviu. Diz-se que Irbruin
estava “perdido no trono, e hesitante” (como um dos nobres da época escreveu
secretamente) após a morte de Theldrin, até que teve a sabedoria de apontar
Baerauble como o conselheiro diário ao trono.
Lorde
Theldrin era um cortesão urbano e hábil, com um olho para os mínimos detalhes.
Com esse talento, ele via que toalhas aquecidas, grandes e macios robes,
garrafas de fino xerez e flores recém colhidas, deveriam ser colocadas nas
câmaras dos convidados, por exemplo.
Ao
longo dos anos, o cabelo negro de Theldrin tornou-se grisalho, depois começou a
embranquecer mais e, por fim, tornou-se extremamente branco e frágil, mas o
corte de cabelo estilo pajem (curto, em formato de cuia) e bigode
cuidadosamente aparado, nunca mudaram. Nem a profundidade do verde dos olhos
dele. Ele era magro, e estava sempre imaculada e elegantemente vestido com os
mais ricos e conservadores trajes da época.
Emrylara Etharr (nascida Soa-Trombeta)
(de
131 CV até 162 CV)
A
alta, séria, silenciosa e bela filha do Lorde Theldrin Soa-Trombeta, Emrylara
era uma beldade muito desejada por vários jovens da nobreza de Cormyr naqueles
dias. Entretanto, ela rejeitava os cortesãos mais pavoneadores, admirando em
vez disso o gentil, sábio e discreto neto do Lorde Alto Mago Baerauble.
Ela
casou-se com o neto de Baerauble, Aulard, e teve dois filhos. A segunda, a
pequena Narnytha, morreu bem jovem, e por fim Aulard acabou vivendo mais do que
Emrylara e o rapaz Obrynn, mas morreu sabendo que teve outros filhos, já que
ele teve mais sete (com outras esposas).
Emrylara
herdou os olhos verdes e o cabelo negro do pai. Sua pele branca quase brilhava
sob a luz do sol. Ele preferia usar vestidos escuros e compridos, e ela parecia
flutuar enquanto andava, movendo-se suave e silenciosamente com as sapatilhas
macias que usava.
As Riquezas Perdidas dos Soa-Trombetas
Lorde
Theldrin Soa-Trombeta, o herdeiro de fabulosas fortunas acumuladas por dois
tios, investiu tal riqueza na compra de terras, no patrocínio a fazendeiros e
madeireiros, de uma maneira amigável, e sempre devolvia o dinheiro quando lhe
pagavam. Ele não se limitava e nem limitava a família, mas uma vez que
estivesse ocupado na corte, com falta de tempo, ele não via a necessidade de
gastar o que era dele.
Com o
desejo de garantir as necessidades futuras dos descendentes e do reino,
Theldrin tinha um enorme caixão de adamantina em segredo feito para ele, bem
como um menor e mais simples, feito de latão, usado no funeral do lorde. O
caixão maior ficava deitado em uma câmara bem abaixo do Palácio Real – uma
câmara selada e à prova de escavação e contra entrada forçada, proteções
mágicas criadas pelo amigo do lorde, Baerauble. Ao longo da vida de Theldrin,
estas magias foram renovadas e potencializadas pelo mago sempre que o lorde e
Baerauble adentravam a câmara e acrescentavam mais riquezas dos Soa-Trombeta ao
caixão. Antes da morte de Theldrin, eles secretamente encheram o caixão pela
metade com barras de ouro com o comprimento de um palmo – “Algumas centenas
delas”, Baerauble anotou em uma carta deixada para os regentes após morrer.
O
caixão menor, contendo os restos mortais de Theldrin (incluindo um bastão de
metal negro que ele usava como bengala, encimada com uma bola de ouro do
tamanho de uma mão e adornada com vários rubis e esmeraldas), foi colocado
sobre tais barras de ouro, e o caixão maior foi fechado. Este, então, foi
lacrado e protegido pelas magias de Baerauble, o que fez com que o enorme
caixão de adamantina levitasse dentro da câmara. O Lorde Mago instalou, então,
uma dúzia de guardiões horrores de elmo na câmara e a selou, jamais retornando
ao local.
Quando
a esposa de Aulard faleceu, Baerauble a colocou em uma câmara lateral entre
diversos objetos de extrema beleza, mas exatamente de valor. O mesmo foi feito
com o filho de Aulard, Obrynn, embora não tenha feito isso para a primeira
criança, a infante Narnytha. Estas câmaras laterais continham aberturas para a
câmara de Theldrin, porém ficavam a alguma distância dela; o fantasma de
Emrylara ainda vaga até a entrada da câmara de Theldrin, tentando em vão entrar
lá.
Um
monarca posterior (cuidadosamente não identificado nos registros da corte) teve
necessidade de acesso a estas riquezas e violou o lacre da câmara de Theldrin.
Os horrores de elmo encontrados por ele ainda estavam ativos, e o grande caixão
de adamante continuava a flutuar, aparentemente imperturbado. Vários dias foram
gastos em uma tentativa cuidadosa de passar pelas magias de proteção conjuradas
por Baerauble – e por fim o caixão finalmente foi aberto, porém estava vazio:
Theldrin dentro do caixão de latão e as diversas barras de ouro abaixo do
caixão, tudo, havia desaparecido.
Muitas
e poderosas magias foram conjuradas em uma busca exaustiva atrás de qualquer
traço de onde as riquezas dos Soa-Trombeta poderiam estar escondidas, ou quem
havia as tirado daquele local – mas tais magias simplesmente não descobriram
nada (a necessidade de tal regente teve que ser atendida somente com o caixão
de adamantina).
O
destino da fortuna de Theldrin permanece um mistério até os dias de hoje. Magos
costumam sugerir que o tesouro e corpo desaparecidos devem ter sido
translocados[3] para
algum outro local, ou que um portal dimensional tenha sido colocado dentro do
caixão maior, permitindo a entrada de indivíduos que tenham carregado
fisicamente Theldrin e o ouro lá guardado.
Contra
este fato, há que ser lançada a evidência de que as magias de Baerauble teriam
prevenido que tais feitiços fossem bem-sucedidos.
Isto
deixa a remota probabilidade de que alguém tenha desfeito as magias de
Baerauble (relatadamente sobrepostas de tal forma a criar uma teia de alarmes e
armadilhas), saqueado a câmara e as reconjurado todas. Se foi o próprio
Baerauble, que era a única pessoa a saber sobre as capacidades de tal empreendimento
– por que ele faria isso? Ele não tinha necessidade de riquezas, e nenhuma
tendência a ser ganancioso; se ele pensou que o ouro deveria ser movido para
outro local, mais uma vez, por que? E para onde foram tais riquezas? Comyr não
tem respostas para tais perguntas até hoje.
O Legado Lagarr
Um dos
reinados mais problemáticos dos Obarskyrs foi o do Rei Duar, um herói guerreiro
que manteve o reino unido por anos quando a sobrevivência deste esteve
equilibrada no fio da lâmina do regente. Nesta época perigosa quase não se
falou sobre temas que envolviam o desaparecimento de riquezas, mas que se
tornaram muito interessantes depois disso.
Rei Duar “Longos-anos” Obarskyr
(de ??
CV até 480 CV)[4]
Um
tipo rude e gigantesco de barba curta, Duar possuía uma força poderosa e
resistência. Era um grande líder de guerra, extremamente necessário por um
reino assediado por todos os lados por muitos inimigos
Duar
deixou o reino maior e muito mais forte do que quando chegou ao trono, com um
exército incrivelmente leal de um tamanho considerável – e bem treinado, como
bem equipado – pela primeira vez naqueles primeiros dias de Cormyr. Ele fez
tudo isso através de diplomacia e através da espada, acrescentando as terras de
Sentinela dos Portões-de-Ferro, Jarthroon (ambas, agora, fortalezas
desaparecidas) e Wheloon, ao reino.
Duar
tinha quase 2,1 metros de altura, cabelos castanhos (já mais grisalho na metade
da vida) e ferozes olhos azuis escuros. Ele carregava consigo uma espada de
duas mãos quase da altura dele próprio em uma mão e uma temível maça na outra.
Entre as lendas de batalha de Cormyr, ele fica em segundo lugar, perdendo
apenas para Dhalmass Rayburton como guerreiro-rei.
Jhanthyl Lagarr
(de
454 CV até 510 CV)
A
espirituosa e ferina esposa de Kuthor Lagarr permaneceu ao lado dos cavaleiros
dos Portões-de-Ferro e lutou ao lado dos guerreiros de Cormyr após a morte de
seu esposo. Ela concordou em se render sem destruir um item encantado herdado
(o que era exatamente este item, eu desconheço) sob a condição que as vidas dos
homens que sobreviveram e que permaneceram para defendê-la da morte, fossem
poupadas. Ela achou o Rei de Cormyr um homem gentil e compreensivo fora do
campo de batalha… uma mudança deveras agradável quando comparado ao cruel
primeiro esposa de Jhanthyl (homem este que passava os dias bebendo e as noites
espancando-a). Ela começou a apaixonar-se por Duar e casou-se com ele após a
morte da segunda rainha, Threena Cormaeril, e ficou devastada com a morte dele
anos depois.
Jhanthyl
tinha cabelos castanhos até os ombros, uma postura exuberante e um rosto
atraente e insolente – diversos cortesãos escreviam sobre as sardônicas
sobrancelhas arcadas e o raciocínio rápido que ela tinha.
Kuthor Lagarr
(de
430 CV até 475 CV)
O
cruel lorde de Sentinela dos Portões-de-Ferro, Kuthor foi um senhor da
guerra sulista que veio até novas terras para construir a própria fortaleza. A
regência dele foi dura e eficiente, e ele trouxe vários guerreiros e servos
leais consigo. As fazendas dele prosperaram e ele enriqueceu, então logo ele
havia conseguido importar pedreiros e construtores de Vilhon para lhe erguer um
castelo, Sentinela dos Portões-de-Ferro, a noroeste de Wheloon. Infelizmente,
ele construiu tal castelo em terras reclamadas por Cormyr, e o local – visto pelo
Rei Duar como uma ameaça para a regência se permanecesse sem ser desafiado –
foi concluído bem a tempo de abrigar o povo de Kuthor, assim que os cavaleiros
de Cormyr chegaram para atacar.
Kuthor
morreu sobre a sela do cavalo lutando contra eles, ferido mortalmente pelas
lâminas de quatro cavaleiros. Diz-se que neste momento ele ofegou “Jhanthyl! Me
perdoe!”, e logo depois caiu morto.
Kuthor
tinha olhos castanhos claros, cor de mel, e cabelo ruivo encaracolado bem
comprido, preso com um rabo-de-cavalo, além de uma barba comprida e
desarrumada, e bigode. Normalmente ele usava diademas e braceletes, e era
sempre visto com calças de equitação e botas. Ele tinha uma voz grave, como um
rugido, e embora fosse frio, se irritava facilmente, agindo de forma cruel constantemente;
ele gostava de espancar quem se aproximasse demais.
Elvrin Coroa-Argenta
(de
427 CV até 475 CV)
Um
cortesão veterano, urbano e perceptivo na época em que desapareceu, a juventude
de Elvrin foi gasta na corte, graças aos problemas do reino. Cormyr havia caído
em tempos difíceis, com o atual Rei estendendo o poder somente até quanto
conseguia cavalgar para longe do Castelo Elmo-Estrela[5], e os nobres faziam o que
quisessem. O astuto Rei Duar tentou ganhar a lealdade futura (e cortar a cabeça
de potenciais rebeliões ao manter reféns no domínio dele) ao requerer que um
herdeiro e um outro filho (se esse tal existisse) de cada casa nobre viesse até
a corte e fosse criado e treinado lá. Elvrin era um destes; ele respeitava
genuinamente o rude Rei Duar, mas ele também via como o reino funcionava com
uma clareza cínica e não tinha medo de falar abertamente o que pensava.
Mesmo
assim, Elvrin ganhou a confiança de Duar e foi indicado como enviado real e
conselheiro. A postura elegante que ele tinha nunca mudava: ele sempre vestia
um tabardo, camisa de seda, calças de montaria, botas brilhando de tão bem
engraxadas e uma meia capa que ostentava o brasão da família dele (três coroas
de prata tombadas e penduradas ao longo de uma espada de prata apontando para
cima, sobre um fundo azul escuro).
Um Legado Perdido
No
desfecho da conquista de Duar sobre Sentinela dos Portões de Ferro, Elvrin foi
colocado como encarregado de um destacamento de cerca de trinta guerreiros
leais à coroa (alguns deles rivais uns dos outros, sem dúvida escolhidos pelo
astuto Duar para evitar conspirações envolvendo a força inteira) que foram
colocados em carroções para transportar as riquezas de Lagarr até o Castelo
Elmo-Estrela.
Haviam
cerca de vinte e alguma coisa carroções ao todo, e eles fizeram a viagem sem
nenhuma pausa, trocando de cavalos três vezes em estábulos ao longo do caminho
– mas somente as primeiras quatorze carroças chegaram até Elmo-Estrela. As
outras “desapareceram na noite” junto com os guardas que as acompanhavam e os
cavalos que as puxavam. O desaparecimento destas passou despercebido pelos
outros carroceiros restantes.
As
perdas incluíram muitas pratarias, baús de moedas de ouro e um cofre do tamanho
de um escudão repleto de uma gama de gemas (joias herdadas por Kuthor Lagarr ou
conquistadas durante a carreira dele).
Nenhuma
pista das carroças desaparecidas jamais foi encontrada; elfos ou bandidos com
auxílio mágico (o que mais além de magia faria as carroças desaparecerem
completa e silenciosamente?) foram os principais suspeitos.
Uma
traição por parte de Elvrin Coroa-Argenta parecia algo improvável; a única
coisa que restou das carroças perdidas foi a mão direita de Elvrin, decepada,
que foi encontrada no meio da estrada em uma poça de sangue já seco, ainda
segurando a espada. Nenhum outro traço de Elvrin ou das carroças desaparecidas
jamais foi encontrado, e magias conjuradas na mão e na espada falharam em
rastreá-lo ou revelar qualquer informação do destino do jovem.
Notas de Rodapé de Elminster
[1] Ah sim, esse é justamente o problema. Se o “Melhor de
Volo” fosse uma cerveja, ela teria, no máximo, uso para limpar penicos.
[2] Baerauble também carregou um carroção de variados títulos
em seus ombros: “Alto Mago de Cormyr”, “Lorde Mago de Cormyr” e meia dúzia de
outras denominações, nenhuma delas escolhidas por ele próprio.
[3] Embora me machuque muito ser reduzido ao posto de
conferencista para a explicação de conceitos básicos de magia, saibam que as
magia translocacionais são aquelas que envolvem o deslocamento de seres ou
itens de um ponto até outro sem que haja uma passagem visível entre estes dois
locais. A magia de teletransporte talvez seja a magia translocacional mais
conhecida.
[4] Aqui te pouparemos das longas lamentações de Volo quanto
à falta de vontade de vários funcionários dos registros reais de o permitirem
ler os textos sobre o reinado de Duar, razão pela qual falta a data de
nascimento do rei aqui – 385 CV, saiba-te. É suficiente dizer que escribas que
evitam rasgar páginas de diários históricos são mais bem-vindos dali em diante
do que aqueles que não conseguem resistir a tal medonho vandalismo. Jarthroon,
aliás, ficava a leste de Suzail, na orla norte do Lago dos Dragões, onde agora
fica um monte rochoso com algumas rochas espalhadas, mas exceto isso, inóspito.
[5] O nome que Duar deu
para o Castelo Obarskyr – um termo que veio até ele através de um sonho, ele me
disse certa vez. Quando ele teve tempo para sonhar entre as batalhas e as
damas, eu não sei dize
originalmente publicado em http://aventureirosdosreinos.com/as-aventuras-de-volo-tesouros-perdidos-de-cormyr-parte-1/
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