
Sentados a beira do lago de Hakar, um grupo de beduínos enchia
seus cantis e preparava seu acampamento. Os jovens guerreiros vestiam-se de roupas
de tecidos leves e largos que cobriam todo o corpo. Enrolados na cabeça e
rostos, os turbantes azuis que indicavam a qual clãs eles pertenciam. Eram
usados para proteger os rostos do sol exibindo somente os olhos ao toque
de Azguer e nunca ao meio dia. Ao chegar
o crepusculo, todos se ajoelham em direção ao oeste agradecendo a Azgher o
calor de mais um dia, e a Tenebra a brisa fresca da noite.
Com a chegada da noite o líder dos beduínos, um homem de pele morena de forte
bronzeado, olhos verdes e serpentilíneos,
com cerca de 50 anos, chamou as crianças para se aproximarem próximo à fogueira
para contar-lhes historias.
- No passado, a muitos e muitos anos, essas terras pertenciam a uma tribo de
turbantes vermelhos e aquela cidade do outro do muro negro era aonde viviam.
Mas isso foi há muito tempo, antes dos Kiniath chegarem e construírem aquela
cidade amaldiçoada...
Ao ouvirem o nome que os beduínos se referiam ao povo cobra as crianças se
encolheram. A cidadela superior fora a muito abandonada pelos beduinos e
possuia uma aparência de local habitado com suas Pedras De Azguer acendendo-se à
noite...
O velho se ergeu com um sorriso...
- Todos nos descendemos dos Kiniath, mas isso foi há muito tempo... E essa é a
historia do que aconteceu... - Sentando-se tanto o velho como crianças olharam
com seus olhos repitilianos para a cidadela aparentemente abandonada. E o velho
continuou sua historia.
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Nem todo o deserto sem retorno é composto por dunas, a parte sul do deserto onde faz fronteira com a cordilheira Dhorlantur é uma
região pedregosa, com vários oásis e algum pasto e entre os quatro rios que nascem
no lago Hakar e que correm paralelamente em muitos locais
subterraneamente em direção ao leste. E nesse caminho existem vários oásis, nos
pontos em que os rios retornam a superfície e se encontram com outras
nascentes.
Nessa parte do deserto, muitas rochas são de arenito, que é extremamente poroso
e de fácil trabalho, e então em muitos locais existem poços para a e extração
de água para os viajantes. Encontrar esses poços não é fácil pois não tem aparência
de construções e olhados a distância parecem com pedras normais, não escavadas,
mas estão lá para que os viajantes e os rebanhos de camelos descansem.
O lago era alimentado por uma nascente
subterrânea que desce da
cordilheira por um antigo túnel de lava que
as lendas dizem ter sido cavada pelo próprio Azguer. Ele é profundo e
sob ele uma infinidade de galerias submersas e câmaras de Ar que se espalham por muitos quilômetros
formam um próprio eco-sistema profundo com varias espécies de peixes, repteis e
monstros.
O lago ficava situado num buraco profundo no qual o povo da cidade
construiue esculpiu uma escadaria de pedras para poder pescar e
banhar-se.
Diferente dos outros seis principais oásis permanentes do deserto sem retorno,
que se acredita que são alimentados pelos rios que deixam o Lago Hakar, o Oásis
Haiib, como é conhecido, é um local aparentemente sem moradores. Os nômades
sempre visitam um poço externo as muralhas das ruínas pra alimentar seus rebanhos
de cabras do deserto que assim como os corcéis do deserto e camelos são animais
que vivem com pouca ou água nenhuma...
No passado o Oásis Haiib foi o mais habitado de todo o Deserto sem retorno, seu
povo era um povo guerreiro que conhecia astronomia e que já sabia forjar o
ferro e matemática.
Por volta do ano duzentos da chegada dos elfos, os povos do deserto em sua
maioria ainda usavam armas de cobre, o ferro era raro e muitas vezes chamado de
premio das estrelas ou Zhabul. Mas o povo de Haiib tinha algumas minas desse
mineral sob algumas colinas ao sul. E Tinha também domínio da agricultura e da
irrigação, por isso suas áreas de plantio chegavam a ser cinco vezes maiores
que a do resto do deserto.
A população porem continuava vivendo das formas dos antigos, as pessoas viviam
em tendas em torno do lago. E um grande Templo a Azgher e Tenebra foi
construído como uma imensa pirâmide em pedra em cima do lago, com entradas de luz cobertas por pedra de Azguer, que iluminavam
os estatuas do deus Sol, enquanto permitiam que as estatuas de tenebra não
fossem tocadas por sua luz. A piramide se tornou o centro da cidade, e sob ela
estava o lago.
Foi nesse tempo que Azguer falou com o sacerdote, e mostrou ao povo as galerias do eterno
crepusculo. Que em todos os momentos do dia e da noite sempre mantinham aquela claridade crepuscular, um presente do casamento
de Azguer e Tenebra.
O povo de Haiib possuía grandes guerreiros, especialistas em cavalgar os
corceis do deserto e camelos. E seu líder era chamado Bashad, ou seja, filho do
Crepusculo.
Então numa noite sem lua, a cidade foi atacada, centenas de Kiniath surgiram e escravizaram
o povo, os guerreiros combateram, mas a maioria se rendeu quando suas esposas e
filhos foram ameaçados.
Os Kiniath removeram as armas e os animais dos Haiib, e os escravizaram. Por
semanas os Haiib foram estudados, observados, o povo em geral fora escravizado,
mas os lideres e os guerreiros tiveram outro destino. Dentre os guerreiros,
aqueles que eram seguidores de Azgher foram sacrificados ao maligno Sszzas, e
aos outros foi dada uma escolha, riqueza seguindo Sszzas ou escravidão.
Aqueles que aceitavam seguir de boa vontade Sszzaas passaram por rituais
malignos que fundiram serpentes a seus corpos, os tornando uma espécie de
homens serpentes.
Por cerca de 10 anos os escravos construíram a cidade de pedra, removendo e
recortando rochas das montanhas Dhorlanthur. Alem dos escravos Haiib, haviam
escravos anões, orcs e elfos. A cidade foi construída em tempo recorde, com
centenas de escravos morrendo
durante sua construção. Não apenas o povo Haiib de turbante vermelho eram
escravos, mas membros de muitos clãs foram escravizados por todo o deserto.
Entre os escravos se encontravam os Jallar de turbante amarelo, os Khunhir de
turbante azul, Najirah de turbantes negros e os Mardha de turbantes verdes.
Membros de tribos que viviam nos outros Oasis do deserto...
Então quando a cidade estava pronta, os Sszzaritas esperaram a hora que seu
deus lhes diria para seguirem ao norte dominando todo o desertos em retorno. E
enquanto esperavam a hora de estender seu reino, três gerações de mestiços
serpente ja haviam nascido. Filhos dos
homens serpentes com suas escravas, seja nos estupros, seja em seus haréns, esses
jovens eram tratados pouco melhor que seus escravos, se um escravo não tinha
nem direito a viver, esses mestiços eram como qualquer homem serpente. Em sua
maioria foram treinados para serem os soldados do exercito de Ankenathon.
Então houve um eclipse, e os clerigos de Sszzas consideraram esse como um
sinal, o exercito espalhou-se pelo deserto, dominando todos os sete oásis. Os que escaparam dos
homens serpente , se espalharam pelo deserto sem retorno, e por gerações
viveram como nômades com medo da escravidão.
Enquanto os Sszzazitas cultuavam seu deus maligno, seus filhos com humanos
voltavam se ao culto de seus antepassados, adorando secretamente Azgher e
a Tenebra. Dizem as lendas que quando um
imenso exercito entrou no deserto sem retorno, seguindo a vontade dos deuses
para dizimar os adoradores de Sszzaas, o exercito de mestiços se voltou contra
os homens serpentes, abrindo os portões das cidadelas oásis para os invasores. Dizem
que eram liderados por Althe, o filho de Tenebra e Azguer. O deus do amanhecer
e anoitecer.
Despreparados para a traição de seu exercito, os Homens serpentes foram
dizimados em todos os oásis. Os últimos Clerigos de Sszzas em um ato de
desespero em Haiib fizeram um grande ritual, no qual sacrificaram centenas de
escravos e de mestiços, ao seu deus maligno, invocando um demônio serpente
gigantesco que dizem que ainda hoje habita o templo no coração da cidade
abandonada.
Com o passar dos séculos, o sangue dos mestiços foi se diluindo, com os povos
do deserto sem retorno, e ainda hoje pode se encontrar nas tribos que o habitam
sinais de sua descendência. Olhos amarelos, com pupilas reptilianas (como das
serpentes venenosas) são comuns. Línguas de serpente, ausência de cabelos,
escamas, também são traços não raros nos beduínos hoje em dia.
Essa ao menos é a verdade dos Beduinos, para
aqueles que vivem em Ankhenaton, a Verdade é que Althe reuniu todos os que seguiam Tenebra e Azguer e os levou para o presente de Azguer a
Tenhebra, naquele labirinto subterrâneo eles deveriam viver, sem jamais Se exibirem novamente na noite escura ou no dia claro somente
podendo sair nos horários do amanhecer e
anoitecer. Adoradores do casamento do dia com a noite. Dizem também
que quando Althem enfrentou o demônio
serpente, ambos caíram no lago e
nunca mais foram vistos.
A verdade é que sob a cidade, cerca de
500 pessoas vivem e moram adorando Tenebra e
Azguer, eles acreditam que a cidade existe desde antes dos elfos chegarem
e possuem plantas adaptadas a esse ambiente que produzem muitas frutas e que vivem sempre
num eterno anoitecer/amanhecer. as chamadas plantas do crepúsculo.
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Pedra de Azguer, essa pedra se exposta ao sol o dia todo ilumina a noite como se fosse uma fonte de luz, quanto maior a pedra mais luz consegue portar. No deserto Sem Retorno, pequenos pedaços dessa pedra são usados como tochas. Essa luz não serve para ferir mortos vivos. Mas é imune a dissipar magia. uma tocha com uma pedra dessas na ponta pode ser encontrada por 50 to fora do Deserto sem retorno, no deserto pode se achar essas pedras gratuitamente. Pedras que não receberem sol em determinado dia não iluminam a noite. Ou seja, não adianta andar no subterrâneo de dia se a pedra não recarregar ela não ilumina. sua luz dura 12 horas se receber 12 horas de sol. cada hora de sol pé igual a 1 hora de luz.