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domingo, 24 de dezembro de 2017

Aventurando-se pelos Reinos Viagem de Campo


Drayer Minoe é conhecido em Selgaunt por muitos disfarces. Infelizmente, aquele que era mais significativo foi exposto por causa de associados incapazes: Drayer é um ladrão mestre. Um grande número de ladrões opera em Selgaunt, exatamente como alguém esperaria da maior cidade mercante de Sembia, mas Drayer tem sido ligado a muitos crimes importantes. Além do mais, ele tem enfurecido tanto as autoridades da cidade quanto dois outros grupos rivais, e todos o querem morto. O ponto é que todos querem matá-lo por conta própria e garantir que seu corpo jamais seja encontrado.
Alguns vêem Drayer como um enérgico filho da nobreza, alguns como um filósofo tranqüilo e alguns como um circense habilidoso. Ele tem muito em comum com os halflings que favoreceu em Selgaunt, exceto por sua altura: ele possui quase 1,80 m de altura. Utilizando magia, seus amigos halflings o passaram escondido para fora da cidade junto com uma de suas caravanas, e se seu disfarce mágico não falhasse durante os seis dias seguintes, ele estaria livre. Mas o disfarce falhou, e algumas pessoas reportaram seu paradeiro para diferentes grupos em Selgaunt (coletando taxas todas as vezes). Além disso, há um bom número de pessoas que contratariam aventureiros para rastrear esta caravana halfling e trazer Drayer Minoe de volta a Selgaunt (mas não necessariamente à lei).
Há apenas um problema. A caravana halfling desapareceu desde que sua existência foi reportada em Selgaunt. Desde então não há pistas sobre ela. Os aventureiros descobrem isso quando tentam encontrá-la.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Vale do Arco (Archendale)

Conhecido pela maioria como o mais hostil e mais agressivo dos Vales, o Vale do Arco(Archendale)1 é todas essas coisas, mas também é o mais rico e mais bem defendido Vale. Esta defesa segura faz dele um refúgio seguro para comerciantes, que podem operar aqui (pelo menos abaixo da Lagoa do Arco[Arch Pool]) ainda mais seguros do que em Sembia. Os viajantes são avisados para se comportarem quando dentro da jurisdição e do alcance dos Montados(Rides) (a patrulhas montadas do exército) do Vale do Arco(Archendale). Os Zhentarim, vários comerciantes Sembianos ambiciosos e – há um século – o povo do rival Vale Sessren(Sessrendale) pode atestar a implacável eficiência energética do exército do Vale do Arco(Archendale). Em diferentes guerras, esta pequena terra habilmente expulsou os exércitos de todos os três poderes – e não só arrancou um tratado com Sembia, que ainda traz um carregamento anual de gemas2 de Ordulin até o Vale do Arco(Archendale), como ainda abateu ou expulsou todos os habitantes do Vale Sessren(Sessrendale) de suas próprias terras. Os ermos do Vale Sessren(Sessrendale), conhecido como o Vale Morto, existe hoje porque seu solo foi queimado com sal pelas forças do Vale do Arco(Archendale).
Infratores neste Vale podem esperar a mesma justiça rápida e certeira, como nestes casos, cair sobre si; portanto, banditismo, roubos e até fraude são quase desconhecidos aqui. Esteja avisado que qualquer capitão Montado(Ride) pode distribuir justiça em nome das três Espadas(Swords) que governam o Vale do Arco(Archendale). E nunca se esqueça que os viajantes que especularem em voz alta as identidades desses misteriosos regentes3 – bem como questionarem seus julgamentos – podem esperar ter que deixar o Vale do Arco(Archendale) sob escolta imediata com alguns ou todos os bens de comércio que carregam apreendidos!
A vigilância tanto dos seus cidadãos quanto dos seus soldados deixam o Povo do Arkhen(Arkhenfolk) livres para continuar com o negócio de enriquecer através do comércio – algo que eles sempre fizeram muito bem. O comerciante lutando para buscar investidores a oeste das terras da Orla do Dragão(Dragon Reach) deve ir para Suzail e Ordulin em primeiro lugar, mas vem até Ponte to Arco(Archenbridge) antes de tentar o mais severos e mais pobres patrocinadores de Saerloon, Selgaunt, Portão Ocidental(Westgate) e Yhaunn.


O Campo
O Vale do Arco(Archendale) tem a forma de um vale longo e estreito, o Vale Arkhen. Ele cerca o desfiladeiro cortado pelo veloz e frio Rio Arkhen. O desfiladeiro começa onde o rio cascateia para fora das montanhas na Cachoeira Arkhen(Arkhen Falls) (uma vista espetacular) e prossegue ao longo do rio na direção sudeste correndo entre as Montanhas Fronteiriças(Marching Mountains) (como este braço sudoeste dos Picos do Trovão[Thunder Peaks] às vezes são chamados) e da Floresta do Arco(Arch Wood). O vale flanqueia o desfiladeiro e espalha-se por uma distância de um dia de cavalgada em todas as direções da única cidade do Vale, Ponte to Arco(Archenbridge).
Ponte to Arco(Archenbridge) fica na foz do Vale Arkhen e é nomeado assim por causa da ponte que conduz Posto do Amanhecer(Dawnpost), a estrada que liga Daerlun a Ordulin ao longo das terras rurais de Sembia, através do Arkhen.
Antes que o Vale aumentasse em prosperidade, a extremidade mais baixa do Vale Arkhen era todo de fazendas, e a extremidade superior era uma terra rochosa e abandonada usada apenas para o pastoreio dos carneiros. Hoje, poucas árvores são encontradas abaixo do Lago do Arco(Arch Pool), uma pequena lagoa onde as águas do rio se derramam corredeiras abaixo e onde as casas aglomeradas, os jardins e as lojas do povo de Arkhen começam. A maioria das fazendas no Vale hoje são pouco mais do que grandes jardins privados. Quase todo o Povo dos Vales(Dalesfolk) faz a sua vida em algum tipo de ofício hábil, de lapidação de pedras até entalhe de madeira, ou como o povo mais rico de Sembia faz: através de investimentos.
As águas do Lago do Arco(Arch Pool) são abertas a todos, e os visitantes são incentivados a banhar suas montarias e a acamparem em sua praia mais alta. Entretanto, caravanas e pessoas vindo para o comércio em Ponte to Arco(Archenbridge) devem alugar cercados para os cavalos e acomodações na cidade. Nenhum visitante tem permissão para estabelecer ou construir estruturas acima do Lago do Arco(Arch Pool), e os únicos edifícios acima da lagoa são as casas de campo dos fazendeiros, diversas fortalezas no topo de colinas utilizadas pelos Montados(Rides) (e geralmente ocupadas por sentinelas entediadas que mantêm vigília por incêndios nos campos e o monstros à espreita) e a aldeia murada de Vau Branco(White Ford).
O desfiladeiro do Arkhen possui laterais íngremes. Embora algumas trilhas a pé serpenteiem seus paredões de rocha escorregadia até a Floresta do Arco(Arch Wood) e as montanhas, as únicas trilhas dentro ou fora do vale que um homem montado ou uma carroça podem atravessar ficam em Ponte to Arco(Archenbridge) e em Vau Branco(White Ford). Boas estradas correm ao longo de ambos os lados das margens do Arkhen durante a maior parte da extensão do vale. Exceto onde os povos construíram ou lavraram, o chão do vale do Vale superior é uma área enevoada cheia de samambaias, musgos, arbustos e de pequenas cachoeiras que trazem a água das muitas nascentes que emergem das laterais do vale abaixo, de lagoa a lagoa, até se juntarem ao rio. A menestrel meio-elfa Thalaeva Rynthar de Árvora Élfica(Elventree) chamava as regiões superiores do Vale do Arco(Archendale) de "talvez a mais bela paisagem a leste de Evereska – boa demais para aqueles gananciosos e grosseiros povo do Arkhen".
A maior e mais bela cachoeira em todos os Vales é a Cachoeira Arkhen(Arkhen Falls). Aqui uma nascente emerge da parte superior do Monte Thalagbror (um pico nomeado por causa de um ogro mago morto há muito tempo, que uma vez habitou uma caverna em algum lugar em seu flanco leste) e cai centenas de metros abaixo da sempre molhada montanha para começar a sua corrida de 96 quilômetros até Ponte to Arco(Archenbridge). Lendas insistem que pegasi dançam e se divertem em torno da água caindo, mas eu nunca vi nenhum, apesar de várias visitas a este local isolado4.
Em ambos os lados do Vale Arkhen fica o que alguns anciãos do povo do Arkhen chamam de "as Paredes da Noite", porque elas bloqueiam os primeiros raios do sol da manhã e adiantam a escuridão da noite: A Floresta do Arco(Arch Wood) e as Montanhas Fronteiriças(Marching Mountains). Poucas pessoas no Vale do Arco(Archendale) dos dias de hoje conhecem as trilhas da montanha ou já se aventuraram em suas alturas monstruosamente assustadoras, e poucos também já entraram na densa floresta que forma o outro flanco do Vale do Arco(Archendale). A Floresta do Arco(Arch Wood) é uma parede escura e densa de copas sombrias(shadowtop), árvores do crepúsculo(duskwood), cinzas(ash), carvalhos e olmos assombradas por ursos coruja(owlbears) e com uma reputação ruim. Antigas ruínas élficas e supostos túmulos de magos jazem dentro da densa floresta, mas aqueles que vão procurá-los raramente retornam. Se o corte planejado da madeira na Floresta do Arco(Arch Wood) proseguir tão vivamente desejam certos habitantes do Arkhen, alguns destes locais perdidos serão arrancados da floresta e colocados no alcance fácil de todos.
Abaixo do Lago do Arco(Arch Pool), o campo bem cuidado apresenta uma vista de pastos levemente inclinados, divididos por sebes que cresceram por sobre e ao redor de fileiras de pedras amontoadas. As crianças aqui aprendem a usar seus estilingues rapidamente, e certamente quando muito jovens, para derrubar aves para uso em tortas e para evitar que as aves se alimentem das sementes ou plantações. Os anciãos garantem que nem um metro de terra seja desperdiçado.
Entre estas fazendas bem cuidadas e férteis estão os vilarejos de Cinturão da Senhora(Lady's Belt), Nairning e Casacos de Passeio(Ramblecoats), locais que oferecem mercados de fazendeiros e lojas de suprimentos agrícolas. Todos os alojamentos nestas terras são seguros, limpos e agradáveis, mas há pouco de particular interesse para o forasteiro por aqui, exceto cavalos: Excelentes cavalos de montaria são criados em torno de Cinturão da Senhora(Lady's Belt). Todo o resto pode ser encontrado mais barato em Ponte to Arco(Archenbridge), onde a concorrência é mais feroz. A maioria de visitantes das fazendas do Vale do Arco(Archendale) passam por Vau Branco(White Ford) e pelas terras além, ou são aventureiros que tentam sua sorte nas minas nas montanhas ou na Floresta do Arco(Arch Wood).
Há tempos, havia muita mineração de cobre e gemas nos picos acima do desfiladeiro do Rio Arkhen, especialmente em torno da Cachoeira Arkhen(Arkhen Falls). Monstros sempre tornaram a mineração perigosa na área, e os rendimentos das escavações ficaram cada vez mais escassos com o passar dos anos, portanto os mineiros diminuíram entre o povo do Arkhen.
Os aventureiros estrangeiros, no entanto, aumentaram na região desde que Sembia foi fundada, que os elfos se aquietaram e que as estradas se abriram. A cada ano mais e mais pessoas visitam o Vale do Arco(Archendale) na esperança de fazer suas fortunas. Eles são atraídos por contos de tesouros élficos e tesouros mercantis Sembianos escondidos nas muitas cavernas naturais e escavações abandonados nas Montanhas Fronteiriças(Marching Mountains) por pessoas que não viveram para retornar e reivindicá-los.
As histórias mais vívidas de mineração no Vale do Arco(Archendale) concentram-se nas Pedras Cintilantes(Sparkling Stones), cavernas que ficam em algum lugar nas montanhas acima do Vale Arkhen, cujas paredes brilham com milhares de gemas. Diz-se que estas cavernas são guardadas por um clã de anões enlouquecidos pelas riquezas que guardam. Esses anões supostamente procuram matar todos os intrusos, mas podem deixar algum fugir ou até mesmo atirar-lhes gemas do tamanho de punho e de extravagância fora do comum. Muitas pessoas reivindicam ter visto estas profundezas brilhantes e escaparem através de tais anões tolos – mas eu nunca encontrei nenhum contador de histórias que parecesse mais rico devido suas aventuras5. É certo, entretanto, que os carneiros do penhasco, abutres e wyverns habitam nas alturas das Montanhas Fronteiriças(Marching Mountains), e que hobgoblins e criaturas piores às vezes atacam mineiros e fortes isolados na parte superior do Vale.

O Povo do Arkhen(Arkhenfolk)
Aqueles que habitam no Vale do Arco(Archendale) são um povo difícil e arrogante que considera a maioria dos outros povos dos Vales(Dalesfolk) como retrógrados e simplórios rústicos; Sembianos como covardes e almofadinhas preguiçosos; e a maioria dos outros estrangeiros como vagabundos sem escrúpulos. Foi dito que eles só respeitam pessoas destemidas que olham para suas próprias necessidades e mantêm-se quietas, os bons jardineiros (já que a maioria deles venera Chauntea, Aquela Que Faz as Próprias Pedras Resmungarem) e aqueles mais cruéis, mais poderosos e mais rápido na batalha do que os 60 fortes Ajudantes do Vale do Arco(Bides of Archendale).
As pessoas do Arkhen zombam de aventureiros que vêm para o seu Vale em busca de tesouros e têm um rico suprimento de contos de taverna baseado nos feitos idiotas deste ou daquele grupo de tolos aventureiros6. Entretanto, eles são justos aos guiar e equipar tais grupos, e não barram ou dificultam suas atividades, desde que estes visitantes não cavem ou bisbilhotem nas áreas habitadas do Vale. Várias famílias bem-sucedidas do Vale do Arco(Archendale) – notavelmente os Baulaukiirs, os Ithrymm e os Tantals – são reconhecidos por guardar as riquezas que ganharam fazendo negócios com comerciantes Sembianos em cofres escondidos e em criptas funerárias sob suas grandes casas de família no Vale do Arco(Archenbridge)7.
Muitas pessoas em outros Vales descrevem o povo do Arkhen como "difíceus" ou empregam frases menos educadas. Um exemplo do caráter severo do povo do Vale do Arco(Archendale) é de interesse atual: A exploração madeireira em grande escala começou na Floresta do Arco(Arch Wood) apesar dos protestos do Vale Profundo(Deepingdale) e do Vale Tassel(Tasseldale), ambos os quais têm recorrido à contratação de grupos de aventureiros para expulsar os madeireiros após o Vale do Arco(Archendale) ignorar seus emissários, e foram tão longe ao ponto de enviar ao Vale da Batalha(Battledale) uma conta pelo “nosso bom tempo desperdiçado”, ouvido por um emissário daquele Vale para protestar contra a derrubada de árvores. Sob o ponto de vista do Vale do Arco(Archendale) oVale da Batalha(Battledale) e outros locais remotos não têm nenhum direito a falar sobre assuntos que dizem respeito à Floresta do Arco(Arch Wood).
Esta não foi uma visão compartilhada amplamente na última reunião do Conselho dos Vales(Dales Council). O Vale do Arco(Archendale) concordou em ao menos discutir as preocupações de outros Vales - enquanto a exploração madeireira continuava, saiba você – após o arquimago Elminster chegar sem avisar para presidir o Conselho. Ele preferiu pronunciar mal-humoradamente que se as pessoas boas do Vale do Arco(Archendale) não estavam nem mesmo indo escutar aos emissários, usaria sua magia para deixar todo o povo do Arkhen surdo de modo que não poderiam ouvir mais qualquer outra coisa também! Quando um pequeno mago do Arkhen duvidou abertamente da capacidade do Velho Mago de fazer isso, Elminster gentilmente demonstrou para o super confiante mago ali mesmo no local, logo depois restaurando sua audição por meios arcanos quando a Espada (the Sword) representando o Vale do Arco(Archendale) na reunião protestou.
Dizem que os capitães dos Montados(Rides) no Vale do Arco(Archendale) estão pagando 25 peças de ouro para quem sugir um bom – e viável – meio de humilhar Elminster do Vale das Sombras(Shadowdale) (há relatos que tanto o Velho Mago quanto Simbul, a Rainha de Aglarond, reivindicaram tal recompensa, fazendo sugestões enquanto disfarçados e, em seguida, revelado suas verdadeiras identidades no ato do pagamento). Aparentemente, em resposta a esta generosidade, um pergaminho brilhante e flutuante frequentemente apareceu na Pedra do Acordo(Standing Stone) nesta estação que passou. Quando desenrolado, o pergaminho carregava o título “Lista de Pessoas Humildes no Vale do Arco(Archendale)”, mas exceto isso, estava em branco. Ele imediatamente desaparecia quando lido para reaparecer para outro viajante em uma ocasião posterior.
Um rumor persistente e totalmente falso na Orla do Dragão(Dragon Reach) é que uma das Espadas(Swords) do Vale do Arco(Archendale) é uma mulher que já foi a consorte do Mago Real de Cormyr(Royal Wizard of Cormyr), Vangerdahast. A razão principal, então, para que Sembia – cujos comerciantes mais ambiciosos, muitas vezes lançam olhos invejosos sobre as riquezas do Vale Arkhen – nunca tenha conquistado o Vale do Arco(Archendale) é que os magos de guerra de Cormyr (sob comando de Vangerdahasts) trarão magicamente um exército defensor composto de Dragão Púrpura(Purple Dragon) por magia. Exatamente por isso Sembia nunca montou uma invasão em grande escala8. Diferentes forças Sembianas têm iniciado pequenas incursões ao longo dos anos, mas nunca conseguram uma invasão. No entanto, devido as ações do Vale do Arco(Archendale) no Vale Sessren(Sessrendale) e no Conselho dos Vales(Dales Council) deixaram-no sem aliados entre os Vales, uma grande força Sembiana dificilmente poderia deixar de esmagar o relativamente pequeno exército de defesa do Vale. Como diz um provérbio conhecido através dos Reinos: “Se um homem do Arkhen morre, ninguém chora”.

 
Ponte to Arco(Archenbridge)
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Esta cidade movimentada de mais de 1.200 pessoas é o centro da Archendale. Um conjunto de edifícios de pedra com telhados de ardósia ou telhas, o Archenbridge sempre superou suas paredes sucessivamente maiores, espalhadas pela estrada terrestre que sua ponte atravessa o rio Arkhen. Seu centro é tão apertado e tão movimentado como uma ala de Águas Profundas, com vagões rondando suas ruas de paralelepípedos a qualquer hora e cada edifício subindo pelo menos três andares acima do nível do solo. (Uma típica casa de campo de Archenbridge tem uma loja ou uma adega de armazenamento abaixo do solo, uma loja no nível da rua, escritórios ou armazenamento de aluguel acima disso, e um ou mais andares de residências coroando tudo.) Exceto as grandes casas de nobres e aposentados, apenas Essembra Em todos os vales possui edifícios privados de tal altura. (fonte: The Forgotten Realms)

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1 Volo: Vale do Arco(Arkhendale), aliás, pronuncia-se “Vale do Arco”(“ARK-hen-dale”). Visitantes que dizem “Vale d'Arco”(“ARCH-en-Dale”) são hostilizados.
2 No valor de, pelo menos, 300.000 peças de ouro!
3 Para saber quem estas Espadas(Swords) realmente são, consulte Dheren Ruínas dos Ogros(Dheren Ogresbane), Jalia Musgoverde(Jalia Mossgreen) e Alduvar Marca-de-Neve(Alduvar Snowbrand) no Apêndice I.
4 Elminster: Volo não pode ter visto, mas a ele falta algo da alma de um poeta. Eu mesmo já vi pegasi – e unicórnios, ninfas, nereidas e donzelas aladas, também.
5 Elminster: Meus deuses! Tanto cinismo em alguém tão jovem. Eu já vi as Pedras Cintilantes(Sparkling Stones) e os anões que habitam lá, embora os anões não falem de sua linhagem com um humano. Eu igualmente vi algumas das gemas trazidas para fora da caverna – incluindo esmeraldas tão grandes quanto toranjas. Os contos são verdadeiros (ou quase todos verdadeiros), mas aventureiros ansiosos são avisados de que os anões são muito mais afeiçoados à irresponsabilidades e fúrias homicidas do que a jogar fora gemas como se fossem pedrinhas.
6 Elminster: Meu conto favorito é aquele sobre o guerreiro de Mulmaster que pulou nas costas de um wyvern. À medida que o wyvern voava alto e selvagemente acima do Vale tentando torcer seu pescoço e morder o aventureiro, este o matou calmamente, achando que poderia deslizar segura e suavemente para a terra depois que o wyvern perecesse. Em vez disso, ele acabou tão achatado quanto uma torta de lama debaixo do wyvern quando os dois caíram no solo.
7 Sobre o assunto de riquezas enterradas, aventureiros são avisados de que o Vale do Arco(Archendale) possui uma lei sobre isso que os visitantes nunca parecem aprender até ser tarde demais: Os Montados(Rides) que patrulham o vale têm ordens estritas para desenterrar qualquer coisa enterrada por qualquer forasteiro – e confiscá-la se for de valor. Piadas contadas em outro lugar - não em um lugar perto do Vale do Arco(Archendale) – falam sobre o povo do Arkhen cavando latrinas para se certificar de que nenhuma moeda está espreitando entre os excrementos.
8 Vangerdahast (retransmitido por Elminster): Bobagem. Pura tolice. Como se eu, alguma vez, deixasse a minha vida pessoal influenciar na política dos Reinos, mesmo se fosse verdade.

Traduzido por Daniel Bart
Retirado do suplemento Volo’s Guide to Dalelands, por Ed Greenwood

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

As Terras dos Vales (The Dalelands)

As Terras dos Vales (Dalelands) (chamadas apenas "os Vales" pela maioria das pessoas que vivem lá) são conhecidas como o celeiro da Orla do Dragão (Dragon Reach) por causa das belas e abundantes plantações destes pequenos vales arborizados produzem. Uma das mais belas e pastoris regiões de Faerûn, os Vales são bem valorizados por qualquer viajante em qualquer momento – mas esteja avisado: Muitos dos viajantes que os vê ficam irremediavelmente apaixonados por sua beleza e sua liberdade idílica e, posteriormente, pensam em não morar em nenhum outro lugar dos Reinos.
Mesmo as pessoas que dão de ombros para os contos de escondidas florestas élficas, cervos acuados e fazendas verdejantes, já ouviram falar dos Vales, pelo menos como “Aquele rincão pitoresco onde o mago Elminster vive - no, ahn, Vale das Sombras, certo?”. Aos poderes vizinhos, como os Zhentarim, os reinos de Sembia e Cormyr, e as cidades de Colina Longínqua (Hillsfar) e Mulmaster, os Vales são um prêmio pelo qual vale a pena lutar: ricas fazendas que cada poder deve negar a seus rivais a todo custo. De Azoun de Cormyr ouvi-se dizer: "Meu pior pesadelo são os Zhentarim lançar seus olhos em meu reino e em Sembia, ao leste, depois que tiverem os Vales confortavelmente suas mãos". Um emissário Sembiano foi visto concordando que tal apreensão dos Vales jamais deveria acontecer.
A independência resistente do Povo dos Vales (Dalesfolk) – notavelmente dos habitantes do Vale do Arco (Archendale) e do Vale das Sombras (Shadowdale) – ajudou a frustrar as ambições imperialistas de muitos dos maiores e mais poderosos reinos e cidades-estado na Orla do Dragão (Dragon Reach), e manter os Vales livres. O povo do Vale das Sombras (Shadowdale), sozinho, repulsou com sucesso quase uma dúzia de invasões lideradas ou patrocinadas pelos Zhentarim.

O viajante vai encontrar nos Vales o paraíso bucólico que os menestréis de toda Faerûn cantam, e o sofrido povo das cidades de Portão Ocidental (Westgate) até Águas Profundas (Waterdeep) pensam que todos os campos, em toda parte, são uma terra onde os animais são gordos, as colheitas são abundantes e as campinas ou as florestas densas encontram os olhos para onde quer que se olhe. Mas os Vales têm os seus perigos, pode ter certeza disso. Assim que os vigilantes elfos deixaram Cormanthor, o manto silvestre da antiga floresta em torno dos, comparativamente pequenos, assentamentos humanos nos Vales, bestas predatórias e, há muito escondidos, poderes sombrios surgiram para tomar seus lugares. Viajantes são avisados de que até mesmo os lenhadores locais que se aventuram nas profundezas frondosas da floresta apenas o fazem em grandes e bem armados grupos. Bugbears, trolls, ursos coruja e predadores piores muitas vezes se esgueirem em torno das fronteiras de muitos dos Vales. Aqueles viajantes sovinas, tais como os comerciantes de Cormyr e de Sembia, que habitualmente economizam algumas moedas jantando em estalagens e então dormindo à luz das estrelas nos bosques nas redondezas, podem encontrar neste hábito um erro fatal quando nos Vales.
Alimentos para forragear e água de graça para se beber são, no entanto, abundantes nos Vales, e os viajantes podem até mesmo encontrar plantações selvagens nos resquícios crescidos de algum Vale abandonado ou de algum forte desocupado. Cervos são abundantes – até mesmo muito abundantes – ao longo dos Vales, e o porco-espinho, a marmota, o javali e o urso marrom são igualmente presentes e frequentemente encontram seu caminho para as mesas dos Vales. Muitas bagas, samambaias comestíveis e cogumelos crescem selvagens nas clareiras das florestas, e os próprios vales verdejantes produzem colheitas ricas de trigo, cevada, aveia e todos os tipos de vegetais. Bovinos, suínos e (cada vez mais) ovelhas são mantidos por agricultores dos Vales, e a região produz queijos finos e boa cerveja; e também comuns, porém baratos, vinhos em abundância.
Mesmo um empobrecido viajante nunca precisa passar fome nos Vales. Um velho costume ainda honrado nesta região é o "bater e comer". Se um viajante bater na porta de uma cozinha e disser "três cobres", o cozinheiro lá dentro abre uma escotilha de serviço. O viajante oferece um copo ou caneca com as moedas lá dentro e os recebe de volta cheios de cerveja barata e acompanhados por um pedaço de queijo e um bom naco de pão amanhecido.
A presença dos elfos manteve a invasão humana na floresta ao mínimo durante gerações. A floresta da Corte Élfica (Elven Court) ainda era o lar de uma nação élfica forte, o último remanescente do outrora poderoso reino de Cormanthyr, em alguns locais, até alguns anos atrás. O corte de árvores agora está começando a aumentar, entretanto. Os construtores de navios de Sembia e de outras partes voltaram seus olhos para as árvores retas, maiores e mais compridas do que aquelas que estão em qualquer outro lugar dentro do alcance fácil de seus mercados, e as árvores dos Vales fariam mastros ideais para suas embarcações mercantis cada vez maiores. O visitante é avisado, no entanto, que a maioria dos Vales considera a floresta em torno de seus assentamentos como sua propriedade particular. Tentativas de cortar e retirar madeira são respondidas com resistência armada.
Um dos mais lendários tesouros de todos os reinos ainda dorme aqui no coração da floresta da Corte Élfica (Elvem Court): a abandonada e tomada pelo mato cidade de Myth Drannor. Diz-se que esta cidade arruinada ainda contém muita de sua magia, mas que também é o lar de feras temíveis e monstros de outros mundos. Somente os aventureiros mais poderosos se atrevem a procurá-la; outros encontram apenas uma morte rápida por lá.
Os Vales também têm outros locais estranhos e perigosos. Muitos comerciantes andam através de um desses locais sempre que viajam pela Estrada de Rauthauvyr (Rauthauvyr's Road) entre a Pedra do Acordo (Standing Stone) e Essembra: um vale arborizado onde uma escuridão flutua pela floresta. Esta treva vigilante é adornada com estranhas luzes à deriva e sussurros que ninguém gostaria de estar por perto ao acampar. Os bardos chamam este lugar de Vale das Vozes Perdidas (Vale of Lost Voices) e cantam sobre os fantasmas de guerreiros élficos caídos que perambulam por entre as árvores. Dizem que tais fantasmas estão sempre de guarda contra intrusões dos não elfos e que são auxiliados por baelnorn e, mais mortal ainda, por coisas misteriosas que não morrem. Muitos contos cheios de medo sobre as assombrações do Vale são narrados em tavernas Sembianas e no Mar da Lua (Moonsea), e cada bando de pretensos caçadores de aventura que mergulha no Vale em busca de joias e magias élficas, volta correndo – brancos de medo e em menor em número – somente para acrescentar novos medos aos velhos contos já cheios deles.
Ao andar através das fazendas ensolaradas e dos jardins abundantes dos Vales, é fácil ridicularizar tais contos, mas no coração escuro das profundezas da floresta, as lendas parecem muito mais reais. Os Vales são belos – porém o viajante faria bem em lembrar-se que eles podem ser tão mortíferos – e merecem tanto respeito - quanto a mais arrogante das cidades de guerreiros ou a mais imperiosa morada de magos e feiticeiros.

Traduzido por Daniel Bart


Retirado do suplemento Volo’s Guide to Dalelands, por Ed Greenwood