domingo, 17 de março de 2019

Ghost Riders Chronicles

Darth_Villacqua 6 de jul de 2012
  • Bom, depois de parar para ler um pouco o "Guerras Tauricas", vou escrever um pouco sobre o grupo que criei, os "Ghost Riders". Para relembrar, eles eram sediados em Hershey, desde antes da invasão dos minotauros. Os membros centrais do grupo eram: Andreas Sabonnis, um ex-paladino de Lena, que carrega uma espada amaldiçoada, que fazia dormir ao invés de ferir; Guinean Jullyleaf, descendente do "criador" da arma amaldiçoada carregada por Andreas; Mirian Shimerin, clériga de Lena; e Morgane de Liones, maga-guerreira, filha da maga encantadora Helena de Liones, a criadora da magia "Resistencia de Helena". Como base, eles usavam a taverna de Thellarin Mikalos, ex-contrabandista de armas mágicas, e sua filha Ilyana.
     

    Andreas entrou na Taverna dos Bons Companheiros, cumprimentando Ilyana
    com um sorriso, e um meneio de cabeça.
    "Como está o tempo lá fora?" Ilyana perguntou, olhando para o
    salão quase vazio.
    "Vamos ter chuva a noite. Vocês não devem ter muito trabalho."
    "Quem me dera." Ilyana suspirou, limpando uma caneca, fingindo
    distração. "Legionários."
    Andreas olhou para o fundo do salão, e viu os três legionários
    de Tapista ocupando uma mesa afastada. Suas azagaias, que chamavam de
    pilum, estavam apoiadas na parede da taverna, e apenas um deles tinha um
    gládio. De imediato, ele decidiu ficar no balcão da taverna, longe
    dos minotauros.
    "Patrulha." Thellarin voltou com as canecas. "Mais uma rodada de
    cerveja."
    "Alguma noticia interessante, pai?" Ilyana enchia as canecas
    rapidamente, para não dar motivos para os legionários começassem a gritar.
    "Eles estão falando baixo." Thellarin organizava as canecas na bandeja, e olhou para Andreas. "Baixo demais".
    "Será que os boatos são verdadeiros?" Andreas expressou o desgosto em sua face.
    A porta se abriu, e Morgane apareceu. Antes mesmo de falar com os amigos, viu os minotauros no fundo, e praguejou algo baixo. Alguns minotauros provocavam Andreas por seguir os preceitos da deusa da cura, mas ainda havia algum respeito por ele ser homem. Porém, desdenhavam completamente de Morgane, e não foram poucos que tentaram escravizá-la. Até o momento, sem sucesso.
    "Já viram as nuvens?" Morgane puxou papo no balcão.
    "Chuva." Andreas e Ilyana responderam em uníssono.
    "Os elfos ja responderam?" Morgane mostrou um pouco de ansiedade. Desde que as legiões de Tapista começaram a patrulhar as estradas de Hershey, não era incomum que eles criassem caso com a comunidade élfica que vivia nos bosques próximos a Helorien. Algumas pequenas escaramuças entre elfos mais inconsequentes, e minotauros cada vez mais donos da situação levaram o que seria apenas um evento desagradável, a um ultimato dado pelo comandante da turmae local: ou a líder dos elfos, Guillean Nightsorrow, entregava os baderneiros as punições dos minotauros, ou os minotauros entrariam nos bosques para pegar eles mesmos.
    "Ainda não." Andreas coçou a barba. "Mas eles tem opção?"
    "Não sei. Mas eles tem até amanhã para responder." Morgane tirou a capa, mas a deixou próxima do corpo.
    Andreas sabia o porque: a capa mágica, feita pela sua mãe, servia como bainha para sua espada. "O que sua mãe acha?"
    "Minha mãe tem passado muito tempo com o conselho da cidade." Morgane
    bebericou o vinho que Ilyana lhe deu, e continuou num tom de voz mais baixo. "Mas ela está sempre com um pergaminho de teletransporte escondido. E, para dizer a verdade, eu também."
    "Então ela vai embora?" Andreas instintivamente também diminuiu o
    tom de voz.
    "Sim." ela respondeu seco.
    Morgane havia discutido recentemente com sua mãe. Helena se dizia cansada de guerra, e estava cansada de falar com as paredes no conselho da cidade. Os comerciantes viam apenas a redução no crime, e as estradas mais seguras, fechando os olhos para o destino daqueles apanhados cometendo mesmo os delitos mais leves: "trabalhos forçados" nas fazendas de gorad. Morgane achava que era importante alguém lembrar que aquilo não era certo.
    "E para onde ela vai?" Ilyana perguntou curiosa.
    "Valkaria. Temos uma casa lá." Morgane ficou olhando o vinho por um momento. "Mas acho que ela vai passar mais tempo na Academia Arcana do que em casa."
    "Quem dera." Ilyana suspirou.
    Thellarin encostou o umbigo de novo no balcão. "Mais uma rodada de cerveja."
    "Aff, não sei como você aguenta eles, Thellarin." Morgane suspirou.
    "E deixar Ilyana servi-los? Com essa língua que ela tem, em dois tempos ela estaria a caminho das fazendas." O meio-elfo pegou a bandeja.
     A porta da taverna se abriu de novo, e um minotauro entrou, silenciando a conversa. O centurião Octavius era o líder das tropas locais, bem mais alto, e mais forte do que boa parte dos minotauros que circulavam pela cidade. O pelo preto era falhado em alguns lugares, o que indicava a Andreas que ele já tinha experiencia de batalha, e a sua visão com a armadura peitoral impunha tanto respeito, que, assim que o viu, o grupo de patrulheiros se levantou, o saudou, e rapidamente voltaram a patrulha, não sem antes deixar o pagamento pela bebida consumida na mesa.
    A voz grave os cumprimentou educadamente. "Boa tarde a todos."
    Andreas e Morgane o cumprimentaram de volta, sem entusiasmo. Thellarin
    se aproximou, secando as mãos no avental.
    "Sr. Thellarin, a sua taverna tem o maior salão da cidade." Octavius foi direto ao ponto. "Isso é correto?"
    "Sim, provavelmente." o meio-elfo respondeu, com os braços cruzados nas costas.
    O centurião olhou em volta, como se estivesse calculando o espaço rapidamente. Como que satisfeito, continuou. "Gostaria de pedir a sua permissão para realizar uma reunião aqui com o conselho da cidade, os comerciantes e mais algumas pessoas."
    "Claro, não há problema. E quando será essa reunião?"
    "Amanha, logo após o anoitecer. O senhor, claro, também está
    convidado para participar."
    "Certamente, centurião." Thellarin respondeu de forma educada. 
    "Mais tarde um batedor vira trazer as instruções para ordenar as cadeiras e as mesas." Octavius deteve o olhar por um instante em Morgane, e foi na direção da porta.
    "Algo grave está acontecendo?" O taverneiro perguntou, com genuína preocupação na voz.
    "Nada com que você deva se preocupar, Sr. Thellarin." O minotauro olhou com calma, e saiu, deixando a todos muito preocupados.

Um comentário:

  1. Gostei muito dos diálogos e fiquei curiosa em relação a essa reunião com o conselho da cidade.

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