domingo, 10 de março de 2019

Terouros pérdidos de cormyr


Parte 1 por Daniel Bart · 20 de fevereiro de 2019

Originalmente publicado na Dragon Magazine nº 278 (dezembro de 2.000) por Ed Greenwood traduzido por Daniel Bartolomei Vieira Imagem destacada, “Treasure” por Poulami Mukhopadhyay (disponível em https://www.artstation.com/artwork/LNv5l)
Volothamp Geddarm ao seu serviço, damas e cavalheiros, revelando as verdades dos Reinos para vossas senhorias, como a das joias perdidas há muito, cintilando perante as luzes em estonteantes relances, exatamente como as vi, antes que qualquer pessoa jamais tenha sonhado em vê-las diante de si…
Quando o povo de Cormyr e os visitantes daquele belo reino começam a falar a respeito de tesouros, primeiramente falam das fabulosas riquezas que enchem os cofres reais abaixo do Palácio de Suzail, das dúzias de tesouros abaixo de Chifre Alto e das riquezas de outras fortalezas do reino.
Então, logo eles começam a falar das magias que foram acumuladas – e escondidas – pelos Lordes Magos de Cormyr, do lendário Baerauble em diante. Até mesmo aqueles que se ressentem da enorme prepotência de Vangerdahast admitem que ele é a epítome cormiriana da perspicácia. Poucos são os que duvidam que ele possa enriquecer um mendigo ao nível das mais nobres e orgulhosas casas sem sequer encostar em uma moeda do tesouro real. Há muitos que dizem secretamente que ele e seus predecessores arcanos poderiam muito bem ter saqueado pessoalmente o cofre real seguidamente, pois não haveria ninguém mais esperto que eles para realizar tal feito.
Entretanto, aqui eu falarei de tesouros mais modestos – os mais ricos de cada família da nobreza de Cormyr. Há terras e rebanhos entre estes, carroças rangendo ano a ano com produções, e castelos nos quais onde homens de menos importância podem alugar depósitos. Há também moedas e gemas perdidas. Obviamente, há sempre coisas encontradas por alguém e escondidas novamente. Por vezes, o conhecimento da existência desses tesouros morrem com seus donos – mas há sempre um modo ou outro de descobrir tais segredos, mesmo após a morte…
Existe uma gruta em algum lugar de Cormyr – da qual eu não ouso revelar a verdadeira localização – na qual uma magia estranha preserva coisas deterioradas flutuando, algo que já foram os cérebros de alguns seletos cormireanos. Tocá-los é ser sobrepujado por consciências falhas, ainda que desesperadamente procurando viver novamente, procurando novos corpos para si. Se alguém for forte – como eu fui, embora minha sobrevivência tenha sido perigosamente ameaçada – e resista às furiosas compulsões, este alguém poderia ordenar que essa mentes oscilantes desapareçam, descobrindo quem são essas pessoas mortas há muito tempo.
Eu poderia muito bem retornar até tal local algum dia e ver mais dos reis e pessoas importantes do tipo, mas por hora, ouçam o que lhes apresento sobre tais pessoas que ficaram nas névoas do passado. Por obséquio, tenham em mente que algumas das datas dadas aqui, e ainda mai conhecimento, podem estar equivocados ou serem falsos; eu tive que contar com informações de sábio caducos e registros públicos fragmentados de modo a colocar de forma histórica cenas vívidas que não eram de minhas próprias memórias!
Algumas destas memórias dizem respeito ao tesouros escondido antigos de Cormyr, conforme discutido anteriormente.

As Joias dos Rayburtons

Nos dias da alvorada de Cormyr, quando os elfos controlavam os Bosques dos Lobos e os homens eram meros intrusos estabelecendo arremedos de fazendas do lado de fora das escura e proibidas florestas, nasceu o primeiro conto dos tesouros perdidos. Ele circulou, mas nunca tocou os Obarskyrs e envolveu estes homens, os precursores das orgulhosas e nobres família cormireanas:

Belmer Oelber Rayburton

(de -43 CV até 36 CV)
O gordo, grosseiro e de pele de sapo Belmer era um guerreiro destemido e um caçador ávido, um homem de alma simples em essência. O cabelo sempre bagunçado e os brilhantes olhos negros do homem faziam ele se destacar, e ele nunca parava de se coçar (pulgas, sem dúvida). Os modos formais de falar que ele tinha era rosnar e cuspir (o primeiro mais constante, o segundo mais quando estava nervoso), ma\s ele sabia onde caçar bons cervos – um talento muito útil nos primeiros dias de Cormyr.
Belmer carregava uma enorme maça-estrela e uma machadinha robusta. Sem nunca fugir da batalha, ele tirava os maiores prazeres da caçada, do enfrentamento ao inimigo e de devorar o que houvesse sobre a mesa.

Onkyl Drethan Rayburton

(-40 CV até 41 CV)
O alto e lacônico Onkyl era o irmão mais novo de Belmer; juntos, eles levaram a família até o que se tornou a Cormyr de hoje. Enquanto Belmer era um caçador experiente, Onkyl era um homem organizado, alguém que sempre se lembrava dos detalhes. Ele era temeroso das feras, elfos, dragões, orcs, florestas e tudo o mais que pudesse ser encontrado nas terras selvagens de Cormyr naqueles dias. Ele desejava o conforto de um castelo robusto ao redor de si o mais rápido possível. Certamente, pensou ele, alguém civilizado habitaria nas redondezas, talvez escondido no vale arborizado a seguir ou logo ali além daquele cume.
Onkyrl era magro e com belos (e quase brancos) cabelos longos e flutuantes, além de um longo bigode da mesma cor. Os olhos dele eram de um marrom caloroso, e as roupas que usava (ao máximo que ele conseguia manter) eram elegantes e bem feitas – o que naquela época significava usar uma calça estreita, sapatos baixos pontudos e ligas cruzadas que eram vestidas sob uma túnica quente e longa, enfeitada com mangas bufantes e uma sobrecapa.

Telarn Erren Rayburton

(-51 CV até 43 CV)
O alto, cabeludo e corpulento filho de Onkyl era um guerreiro quase tão mortal quanto se pensava que ele era. Ele ascendeu para liderar as defesas da família Rayburton enquanto o pai e o tio dele ficavam mais poderosos e passavam mais e mais tempo contando moedas e tramando meio de tornarem os Rayburton cada vez mais ricos. Telarn se enfurecia fácil e era mais rápido ainda com a arma favorita que carregava: uma espada larga entalhada com a empunhadura na forma de falcão-dragão negro, o símbolo da família Rayburton (este ícone era o resultado de como um Rayburton embriagado enxergava um wyvern. Esta besta em particular tinha um bico de falcão e a cabeça cheia de penas, assim como as asas, mas a língua era bífida, o corpo cheio de escamas, as garras maciças e a cauda reptiliana como a de um dragão).
Telarn gostava de vestir coleter de veludo e brincos de ouro, e ele tinha frios olhos azuis esverdeados, dentes podres, cabelo castanho até os ombros e uma cicatris em um dos antebraços da qual ele tinha muito orgulho (a maioria dos coletes dele possuía mangas com fendas de modo a exibir a cicatriz). Estranhamente, o conto de como ele adquiriu esta marca de honra (a garra de um dragão enquanto ele o matava, a lâmina arremessada de um orc enquanto ele destroçava vinte outro com apenas uma mão, ou a adaga de uma maligna feiticeira cujas magias ele encarou pouco antes de beijá-la até que ela se tornasse submissa a ele) mudava de tempos em tempos.

Endeir Garra-de-Falcão

(-46 CV até 44 CV)
Este caçador e partidário dos Rayburton era um homem calado e estava sempre calmo. Este ancestral de Florin Garra-de-Falcão, um dos Cavaleiros de Myth Drannor, tinha cabelos e olhos de um cinza cor do aço, e era um arqueiro extremamente experiente. Uma vez que os Rayburton haviam chegado no que viria a ser a futura Cormyr, o arco longo que carregava ficava frequentemente longe das mãos dele.
Endeir sempre vestia botas de couro de cano alto, calções verde escuros e uma túnica, além de manoplas de couro – e o símbolo que ostentava (um falcão branco com as garras estendidas para atacar em um fundo azul empoeirado) podia ser visto em uma faixa azul empoeirada que se estendia diagonalmente ao longo do peito dele.
“O falcão”, como era conhecido, era alto, de ombros largos, silencioso e sempre alerta. Sempre que um dos irmão Rayburton pensava em algum tipo de defesa, provisões, caça ou patrulha, Endeir era a quem recorriam, que já se antecipava e lidava com o que necessitavam, seja pessoalmente ou através das dúzias de caçadores que ele comandava (de quem os setes guardas que Onkyl mantinha fazendo a guarda das esposas e filhas Rayburton tinham, francamente, muito medo).

Relve Turcassan

(-46 CV até 38 CV)
Este senhor da guerra de olhar frio foi o humano líder de batalhas mais capaz de Cormyr, no início do estabelecimento do reino. Ele tornou-se mais proeminente no mérito, não porque a família dele possuía riquezas ou influência com os Obarskyrs. Quieto e indiferente com as contendas e com as brigas por causa de bebedeira que muitos guerreiros cormireanos (em particular os Rayburtons) estavam inclinados a cometer, Relve era um espadachim competente e um tático excepcional, sempre conseguindo prever detalhes que tinham que ser tratados e ao se lidar antecipadamente com as crises que surgiam (ele sozinho sempre colocava sentinelas posicionados de forma que cada guarda pudesse ver e ser visto por outros, de modo que um homem poderia lidar com um evento ao mesmo tempo que outro soava o alarme para alertar o acampamento). Relve aprendeu como se controlar; poucos viram ele perder a paciência. Ele era baixo, usava uma barba preta bem aparada e um bigode, e tinha um sorriso felino. Ele também tinha um longo e balançante cabelo negro e olhos castanho claros, quase cor de malva.

Orndar Oulamn Merendil

(-14 CV até 29 CV)
Espadachim, charmoso e o mais impetuoso dos senhores da guerra humanos da época da fundação de Cormyr, Orndar veio sozinha da Orla de Vilhon e ascendeu rapidamente em influência entre os homens dos Bosques dos Lobos devido à conduta ousada – e bem-sucedida – que ele tinha em batalha. Um espadachim mortífero, a maioria dos outros homens o temiam abertamente, enquanto as mulheres ficavam fascinadas.
Orndar tinha apenas 1,5 metro de altura; longos cabelos negros encaracolados e um bigode combinando; os olhos eram castanho claros; o peito era cabeludo (que ele geralmente mostrava ao usar camisas de seda de frente aberta, de cores que iam do alaranjado brilhante, verde vívido, azul celeste, até um púrpura vivo); ele também tinha o hábito de cantarolar. Ele frequentemente era visto carregando o sabre curvo, uma faixa vermelho vivo e uma taça de vinho na mão – embora ele nunca parecesse transparecer os efeitos de tanto consumo de álcool.

O Conto das Joias

Um aliado ou parente desconhecido dos Rayburton veio até eles pelo mar cerca de uma década após a fundação de Cormyr, fugindo de problemas em algum lugar (possivelmente de Impiltur, e provavelmente como resultado de roubo, o que lhe garantiu o tesouro que trouxe consigo).
Este homem esquecido abrigou-se no lar de Belmer Rayburton, o que quase certamente se provou um erro fatal – ele desapareceu logo após isso. É bastante provável que Belmer o tenha assassinado e arrastado o corpo até o bosque para ser devorado pelas criaturas do local, garantindo então que ele tomasse posse de dois grandes e pesados baús repletos de gemas lapidadas que o homem havia trazido na viagem.
É certo que o irmão de Belmer, Onkyl, descobriu sobre a existência de tal tesouro logo após Belmer se livrar de quem o trouxe (ou que o homem tenha desaparecido par alguma outra razão), embora dada a personalidade dele e o desespero silencioso a respeito das finanças da família na época, é improvável que Onkyl tenha tomado parte no desaparecimento daquele que trouxe o tesouro de gemas lapidadas.
Quase que certamente Onkyl suspeitou, ou lhe foi dito, o que Belmer havia feito, pois ele escondeu uma carta selada onde o filho dele encontraria após sua morte (mas não antes), detalhando “minha brava visão do tesouro: dois gigantescos baús, o primeiro contendo dois ou três punhados de safiras negras[1] cobertas por muitas mais lágrimas vermelhas[2], tudo isso sobre uma cama de cerca de milhares de safiras tão azuis quanto o céu quando este está limpo. O outro baú estava repleto de rubis, novamente, cerca de milhares ou mais”. A carta falava do tesouro “nas garras do meu irmão Belmer”, e que “Você, meu filho” (o filho de Onkyl, Telarn) “o merece muito mais do que o sanguinário Belmer jamais mereceu – veja que você deve clamá-lo, e prosperar além das duras vidas que Belmer e eu forjamos para nós mesmos”.
Quando monstros e invasões de salteadores acuaram o novo reino fortemente, e os líderes de guerra Relve Turcassan e Orndar Merendil começaram a ficar desesperados por mais armas e mais soldados para defender Cormyr, eles foram até Belmer requisitando fundos. Devido à personalidade mesquinha e grosseira de Belmer, foi improvável que eles tivessem se referindo ao que ninguém sabia (ou suspeitava), que ele possuía uma grande riqueza que claramente vinha escondendo ultimamente.
Fica evidente a partir dos poucos relatos que me foram permitidos a leitura na Corte Real em Suzail, que Turcassan, Merendil e Endeir Garra-de-Falcão, partidários e caçadores dos Rayburton por um lado, e Belmer, pelo outro, tiveram um violento desentendimento. Embora isso não esteja relatado, o evento resultou no abandono do serviço por parte de Garra-de-Falcão, posto que foi assumido por Onkyl; nas mortes tanto dos soldados dos Rayburton quanto naqueles sob o comando de Merendil e Turcassan; no ferimento de Belmer Rayburton, Turcassan e Merendil; e numa ampla contenda que só não chegou a um massacre porque Onkyl voltou-se para o irmão exigindo paz – ou ele revelaria um “segredo que Belmer guardava muito bem, e que ele gostaria de mantê-lo”.
Sob meu ponto de vista, Garra-de-Falcão revelou a existência de um tesouro a Turcassan e Merendil, ou ao menos ele suspeitava que o mestre deles estava escondendo algo, portanto eles deveriam descobrir o que era de alguma forma. Ademais, eu julgo que Onkyl começou a ficar temeroso e a odiar o irmão; é dito por várias fontes que Belmer havia ficado “dominado pela suspeita de todos os homens, especialmente aqueles recém-chegados ao reino” naqueles últimos anos. Essa suspeita poderia muito bem ter nascido do medo de perder o tesouro que o atormentava.
Certamente a ameaça de Onkyl de revelar um segredo somente poderia fazer referência ao tesouro, pois Belmer abertamente – e até mesmo, pelo que parece, orgulhosamente – engajou-se em barganhas, galanteios, mortes, e na deliberada retomada de dívidas que ele jamais teve a intenção de reembolsar (para enfraquecer os credores e lhe garantir uma vantagem sobre eles, pois lhe parecia que jamais ficaria sem tantas moedas). Parece difícil conceber que havia outro segredo que o homem temesse ser revelado, exceto talvez traição contra o reino.
Alguns escritores descendentes de Merendil e Turcassan escreveram, algumas décadas depois sobre a crença que as famílias tinham de que tramas sombrias e súbitos ataques noturnos tornaram miseráveis os últimos dias de ambos os senhores da guerra eram o trabalho de “cães humanos contratados por Belmer”, e parecia claro que todo o rancor entre todos os envolvidos apenas terminou com as mortes deles.
Também parece claro que Telarn encontrou a maioria ou todas as jóias, pois os dois filhos dele, Rauril (também chamado de “Rory”) e Chelesmer, registraram em diários particulares descrevendo (separadamente) que “abaixo da cama do pai, foi necessário quatro soldados fortes para erguer, uma pedra com uma argola para levantá-la, revelando uma câmara abaixo. Nela, havia uma cama feito com jóias, sobre a qual estavam os ossos de nossa mãe morta, em paz, ainda que cobertos de mofo e horrendamente ressequidos”.
Sabemos a partir dos registros mantidos por outros que na ocasião da morte de Telarn, ambos os irmãos se apressaram em colocar guardas ao redor do quarto dele – forças opostas que vieram a trocar golpes de espada antes que Rory e Chelesmer decidissem colocar um fim nas hostilidades.
Parecia que eles haviam juntado forças cautelosamente para mover a cama e erguer a pedra – e “berraram e gritaram como loucos, acusando-se mutuamente de todo o tipo de vilania e crimes impossíveis, cuspido, babado e se arranhado quando, finalmente, baixaram as lâminas” após a câmara abaixo ser encontrada vazia de tudo, exceto poeira e os resquícios de um estrado de cama arruinado, de acordo com o que foi dito por uma fonte que estava lá.
Rory parece ter se afastado e se tornado um homem amargo, briguento e autoconfiante, mas o resto da vida de Chelesmere foi consumida por uma eterna busca pelo corpo da mãe e das joias.
Ambos deixaram escrituras para os filhos, para que estes lessem após a morte dos pais, e isto mencionava o tesouro, mas deixava bem claro que nenhum dos irmão sabia do paradeiro deste – e que ambos suspeitavam que o outro havia escondido e, então, o perdido, ou o acesso a ele, devido a alguma calamidade, não ousavam revelar.
O que quer que seja que tenha sido feito do tesouro – e todos os traços na câmara que poderiam indicar que lá esteve o corpo de Jaless Rayburton, a esposa de Telarn, desapareceram. Nenhum homem vivo nos dias de hoje é capaz de identificar até mesmo a fortaleza que conteve o tesouro antes, com certeza. Parece claro que a família Rayburton e outros caçadores de tesouro já procuraram essa riqueza muitas vezes desde o ocorrido, mas nunca encontraram nada… a menos que aquele que o encontrou tenha o escondido novamente, provavelmente fora de Cormyr, sem que ninguém tenha sido mais esperto para descobrir.

[1] Safiras negras, descritas no Volo’s Guide to All Things Magical (algo como Guia de Volo Para Todas as Coisas Mágicas) são uma variedade rara de safira que são rica e profundamente negras, com pequenos realces em amarelo ou branco. Estas jóias vêm, na maioria, do Sul, principalmente da Grande Fenda, já que são abundantes no Reino das Profundezas dos anões e foram, trazidas Grande Fenda acima, até a superfície do mundo para serem comercializadas. Os anões a prezam muito, já que um cada vez mais crescente número de magos têm descoberto que uma vez que uma safira negra seja cortada e polida, ela pode evitar a magia parar o tempo e todas as magias de cronomancia de magos e clérigos, e magias de esferas temporais, de funcionar em um alcance de 9 metros. Tais magias param de funcionar se uma safira negra for trazida a até 9 metros das respectivas áreas de efeito de tais magias (alguma delas podem continuar com o efeito após a gema não estar mais presente, e outras simplesmente se encerram, de acordo com a natureza de cada uma delas).
[2] Lágrimas vermelhas, descritas no Volo’s Guide to All Things Magical (algo como Guia de Volo Para Todas as Coisas Mágicas), também chamadas de lágrimas de Tempus, são cristais polidos e em formato de lágrima de uma cor vermelho cereja vívido, ou de tonalidades alaranjadas. Acredita-se que sejam única dos Reinos. Elas podem ser encontradas em minas profundas ou nos penhascos de gargantas onde rochas antigas foram expostas. Lendas dizem que elas são as lágrimas que amantes compartilharam um para o outro quando mortos em batalhas, e que foram manchadas pelo sangue dos caídos. Lágrimas vermelhas podem ser utilizadas como um substituto universal para todos os componentes materiais de magias de cura (desde que não precisem ser especialmente feitas) e como um ingrediente para as tintas de magias dedicadas a reparar objetos.

Parte 2

Originalmente publicado na Dragon Magazine nº 279 (janeiro de 2.001) por Ed Greenwood traduzido por Daniel Bartolomei Vieira Imagem destacada, “Treasure” por Poulami Mukhopadhyay (disponível em https://www.artstation.com/artwork/LNv5l)

Volothamp Geddarm ao seu serviço, senhores, esclarecendo as verdades dos Reinos diante de vocês, como moedas rolando sobre uma mesa, atraindo a atenção de cada olhar. Escrevo aqui sobre mais um tesouro perdido de Cormyr, contos estes que começaram como encenações – as memórias dos mortos – que tanto me encantaram naquela gruta. Por favor, estejam cientes de que algumas datas e conhecimentos aqui contidos podem ser equivocados ou falsos, embora eu tenha feito o meu melhor[1] para colocar as coisas no devido lugar.

As Riquezas dos Soa-Trombeta

Nos dias quando Cormyr ainda era jovem, sementes foram plantadas para o que se tornaria o grande desaparecimento de uma enorme riqueza. Esse caso envolveu uma família da pequena nobreza, os Soa-Trombeta – e descendentes do primeiro (e o maior) dos Altos Magos de Cormyr.

Baerauble Etharr

Lorde Alto Mago de Cormyr[2]
(de -166 CV até 429 CV)
Este homem magro e lacônico tornou-se a queda do Vale Tarkhal atpe Lythlorn (o bosque élfico entre o Lago dos Dragões e o Água-Estelar) ao colocar as intrigas e ambições dos homens atrás de si. ele fez amizade com os elfos, mas estes o tornaram (contra a vontade dele) um conselheiro para o recém reino de Cormyr. Embora tenha sido muito amargo quanto aquilo que considerou uma traição dos elfos (pois isso o colocou novamente no centro da vida de intrigas, o que ele já havia renunciado), Baerauble servi Cormyr por séculos; muitos anos de vida lhe foram dados, dizem alguns, pelos suprimentos de poções de longevidade dos elfos. Dessa vez, isso lhe permitiu desenvolver a Arte, o que o levou a ser indicado como Lorde Alto Mago.
Os filhos dele incluíam o rapaz Baergast, cujo filho Aulard casou-se com Emrylara, a filha do Lorde Theldrin Soa-Trombeta.
Baerauble era um homem gentil e humilde, educado na fala e jamais arrogante (embora ele falasse de forma mais afiada para os Obarskyrs do que para outros).
O neto dele, Aulard (sobre o qual sabe-se muito pouco), dizem, imitou Baerauble na forma de se vestir e nos maneirismos, e parece ter nascido com uma aparência que o lembrava muito. Ele parecia, como um observador colocou, “um eco do avô”.

Lorde Theldrin Soa-Trombeta

Administrador da Corte
(de 96 CV até 147 CV)
O distinto, educado e bigodudo “mão direita do trono” (como Baerauble uma vez o chamou), ajudou os reis Daravvan, Dorglor, Embrold e Irbruin nos negócios diários de administração do reino.
Theldrin veio a ser notado pelo Rei Daravvan como um ágil e diplomático escritor de cartas. Rapidamente ele cresceu no serviço real de Mensageiro do Rei, passando por Senescal dos Estábulos, Senescal do Portão e Mestre dos Salões até se tornar o Administrador da Corte – o oficial que supervisiona a equipe, provisiona e defende as fortalezas reais (o que, nos dias de Theldrin, tratava-se somente do Forte Real no Castelo Obarskyr); organiza funções da corte; e verifica as necessidades da nobreza e dos convidados das coroa até os dias de hoje.
Profundamente envolvido em administrar Cormyr, por fim a Theldrin acabou sendo confiada a maioria das decisões reais por cada monarca que ele serviu. Diz-se que Irbruin estava “perdido no trono, e hesitante” (como um dos nobres da época escreveu secretamente) após a morte de Theldrin, até que teve a sabedoria de apontar Baerauble como o conselheiro diário ao trono.
Lorde Theldrin era um cortesão urbano e hábil, com um olho para os mínimos detalhes. Com esse talento, ele via que toalhas aquecidas, grandes e macios robes, garrafas de fino xerez e flores recém colhidas, deveriam ser colocadas nas câmaras dos convidados, por exemplo.
Ao longo dos anos, o cabelo negro de Theldrin tornou-se grisalho, depois começou a embranquecer mais e, por fim, tornou-se extremamente branco e frágil, mas o corte de cabelo estilo pajem (curto, em formato de cuia) e bigode cuidadosamente aparado, nunca mudaram. Nem a profundidade do verde dos olhos dele. Ele era magro, e estava sempre imaculada e elegantemente vestido com os mais ricos e conservadores trajes da época.

Emrylara Etharr (nascida Soa-Trombeta)

(de 131 CV até 162 CV)
A alta, séria, silenciosa e bela filha do Lorde Theldrin Soa-Trombeta, Emrylara era uma beldade muito desejada por vários jovens da nobreza de Cormyr naqueles dias. Entretanto, ela rejeitava os cortesãos mais pavoneadores, admirando em vez disso o gentil, sábio e discreto neto do Lorde Alto Mago Baerauble.
Ela casou-se com o neto de Baerauble, Aulard, e teve dois filhos. A segunda, a pequena Narnytha, morreu bem jovem, e por fim Aulard acabou vivendo mais do que Emrylara e o rapaz Obrynn, mas morreu sabendo que teve outros filhos, já que ele teve mais sete (com outras esposas).
Emrylara herdou os olhos verdes e o cabelo negro do pai. Sua pele branca quase brilhava sob a luz do sol. Ele preferia usar vestidos escuros e compridos, e ela parecia flutuar enquanto andava, movendo-se suave e silenciosamente com as sapatilhas macias que usava.

As Riquezas Perdidas dos Soa-Trombetas


Lorde Theldrin Soa-Trombeta, o herdeiro de fabulosas fortunas acumuladas por dois tios, investiu tal riqueza na compra de terras, no patrocínio a fazendeiros e madeireiros, de uma maneira amigável, e sempre devolvia o dinheiro quando lhe pagavam. Ele não se limitava e nem limitava a família, mas uma vez que estivesse ocupado na corte, com falta de tempo, ele não via a necessidade de gastar o que era dele.
Com o desejo de garantir as necessidades futuras dos descendentes e do reino, Theldrin tinha um enorme caixão de adamantina em segredo feito para ele, bem como um menor e mais simples, feito de latão, usado no funeral do lorde. O caixão maior ficava deitado em uma câmara bem abaixo do Palácio Real – uma câmara selada e à prova de escavação e contra entrada forçada, proteções mágicas criadas pelo amigo do lorde, Baerauble. Ao longo da vida de Theldrin, estas magias foram renovadas e potencializadas pelo mago sempre que o lorde e Baerauble adentravam a câmara e acrescentavam mais riquezas dos Soa-Trombeta ao caixão. Antes da morte de Theldrin, eles secretamente encheram o caixão pela metade com barras de ouro com o comprimento de um palmo – “Algumas centenas delas”, Baerauble anotou em uma carta deixada para os regentes após morrer.
O caixão menor, contendo os restos mortais de Theldrin (incluindo um bastão de metal negro que ele usava como bengala, encimada com uma bola de ouro do tamanho de uma mão e adornada com vários rubis e esmeraldas), foi colocado sobre tais barras de ouro, e o caixão maior foi fechado. Este, então, foi lacrado e protegido pelas magias de Baerauble, o que fez com que o enorme caixão de adamantina levitasse dentro da câmara. O Lorde Mago instalou, então, uma dúzia de guardiões horrores de elmo na câmara e a selou, jamais retornando ao local.
Quando a esposa de Aulard faleceu, Baerauble a colocou em uma câmara lateral entre diversos objetos de extrema beleza, mas exatamente de valor. O mesmo foi feito com o filho de Aulard, Obrynn, embora não tenha feito isso para a primeira criança, a infante Narnytha. Estas câmaras laterais continham aberturas para a câmara de Theldrin, porém ficavam a alguma distância dela; o fantasma de Emrylara ainda vaga até a entrada da câmara de Theldrin, tentando em vão entrar lá.
Um monarca posterior (cuidadosamente não identificado nos registros da corte) teve necessidade de acesso a estas riquezas e violou o lacre da câmara de Theldrin. Os horrores de elmo encontrados por ele ainda estavam ativos, e o grande caixão de adamante continuava a flutuar, aparentemente imperturbado. Vários dias foram gastos em uma tentativa cuidadosa de passar pelas magias de proteção conjuradas por Baerauble – e por fim o caixão finalmente foi aberto, porém estava vazio: Theldrin dentro do caixão de latão e as diversas barras de ouro abaixo do caixão, tudo, havia desaparecido.
Muitas e poderosas magias foram conjuradas em uma busca exaustiva atrás de qualquer traço de onde as riquezas dos Soa-Trombeta poderiam estar escondidas, ou quem havia as tirado daquele local – mas tais magias simplesmente não descobriram nada (a necessidade de tal regente teve que ser atendida somente com o caixão de adamantina).
O destino da fortuna de Theldrin permanece um mistério até os dias de hoje. Magos costumam sugerir que o tesouro e corpo desaparecidos devem ter sido translocados[3] para algum outro local, ou que um portal dimensional tenha sido colocado dentro do caixão maior, permitindo a entrada de indivíduos que tenham carregado fisicamente Theldrin e o ouro lá guardado.
Contra este fato, há que ser lançada a evidência de que as magias de Baerauble teriam prevenido que tais feitiços fossem bem-sucedidos.
Isto deixa a remota probabilidade de que alguém tenha desfeito as magias de Baerauble (relatadamente sobrepostas de tal forma a criar uma teia de alarmes e armadilhas), saqueado a câmara e as reconjurado todas. Se foi o próprio Baerauble, que era a única pessoa a saber sobre as capacidades de tal empreendimento – por que ele faria isso? Ele não tinha necessidade de riquezas, e nenhuma tendência a ser ganancioso; se ele pensou que o ouro deveria ser movido para outro local, mais uma vez, por que? E para onde foram tais riquezas? Comyr não tem respostas para tais perguntas até hoje.

O Legado Lagarr

Um dos reinados mais problemáticos dos Obarskyrs foi o do Rei Duar, um herói guerreiro que manteve o reino unido por anos quando a sobrevivência deste esteve equilibrada no fio da lâmina do regente. Nesta época perigosa quase não se falou sobre temas que envolviam o desaparecimento de riquezas, mas que se tornaram muito interessantes depois disso.

Rei Duar “Longos-anos” Obarskyr

(de ?? CV até 480 CV)[4]
Um tipo rude e gigantesco de barba curta, Duar possuía uma força poderosa e resistência. Era um grande líder de guerra, extremamente necessário por um reino assediado por todos os lados por muitos inimigos
Duar deixou o reino maior e muito mais forte do que quando chegou ao trono, com um exército incrivelmente leal de um tamanho considerável – e bem treinado, como bem equipado – pela primeira vez naqueles primeiros dias de Cormyr. Ele fez tudo isso através de diplomacia e através da espada, acrescentando as terras de Sentinela dos Portões-de-Ferro, Jarthroon (ambas, agora, fortalezas desaparecidas) e Wheloon, ao reino.
Duar tinha quase 2,1 metros de altura, cabelos castanhos (já mais grisalho na metade da vida) e ferozes olhos azuis escuros. Ele carregava consigo uma espada de duas mãos quase da altura dele próprio em uma mão e uma temível maça na outra. Entre as lendas de batalha de Cormyr, ele fica em segundo lugar, perdendo apenas para Dhalmass Rayburton como guerreiro-rei.

Jhanthyl Lagarr

(de 454 CV até 510 CV)
A espirituosa e ferina esposa de Kuthor Lagarr permaneceu ao lado dos cavaleiros dos Portões-de-Ferro e lutou ao lado dos guerreiros de Cormyr após a morte de seu esposo. Ela concordou em se render sem destruir um item encantado herdado (o que era exatamente este item, eu desconheço) sob a condição que as vidas dos homens que sobreviveram e que permaneceram para defendê-la da morte, fossem poupadas. Ela achou o Rei de Cormyr um homem gentil e compreensivo fora do campo de batalha… uma mudança deveras agradável quando comparado ao cruel primeiro esposa de Jhanthyl (homem este que passava os dias bebendo e as noites espancando-a). Ela começou a apaixonar-se por Duar e casou-se com ele após a morte da segunda rainha, Threena Cormaeril, e ficou devastada com a morte dele anos depois.
Jhanthyl tinha cabelos castanhos até os ombros, uma postura exuberante e um rosto atraente e insolente – diversos cortesãos escreviam sobre as sardônicas sobrancelhas arcadas e o raciocínio rápido que ela tinha.

Kuthor Lagarr

(de 430 CV até 475 CV)
O cruel lorde de Sentinela dos Portões-de-Ferro, Kuthor  foi um senhor da guerra sulista que veio até novas terras para construir a própria fortaleza. A regência dele foi dura e eficiente, e ele trouxe vários guerreiros e servos leais consigo. As fazendas dele prosperaram e ele enriqueceu, então logo ele havia conseguido importar pedreiros e construtores de Vilhon para lhe erguer um castelo, Sentinela dos Portões-de-Ferro, a noroeste de Wheloon. Infelizmente, ele construiu tal castelo em terras reclamadas por Cormyr, e o local – visto pelo Rei Duar como uma ameaça para a regência se permanecesse sem ser desafiado – foi concluído bem a tempo de abrigar o povo de Kuthor, assim que os cavaleiros de Cormyr chegaram para atacar.
Kuthor morreu sobre a sela do cavalo lutando contra eles, ferido mortalmente pelas lâminas de quatro cavaleiros. Diz-se que neste momento ele ofegou “Jhanthyl! Me perdoe!”, e logo depois caiu morto.
Kuthor tinha olhos castanhos claros, cor de mel, e cabelo ruivo encaracolado bem comprido, preso com um rabo-de-cavalo, além de uma barba comprida e desarrumada, e bigode. Normalmente ele usava diademas e braceletes, e era sempre visto com calças de equitação e botas. Ele tinha uma voz grave, como um rugido, e embora fosse frio, se irritava facilmente, agindo de forma cruel constantemente; ele gostava de espancar quem se aproximasse demais.

Elvrin Coroa-Argenta

(de 427 CV até 475 CV)
Um cortesão veterano, urbano e perceptivo na época em que desapareceu, a juventude de Elvrin foi gasta na corte, graças aos problemas do reino. Cormyr havia caído em tempos difíceis, com o atual Rei estendendo o poder somente até quanto conseguia cavalgar para longe do Castelo Elmo-Estrela[5], e os nobres faziam o que quisessem. O astuto Rei Duar tentou ganhar a lealdade futura (e cortar a cabeça de potenciais rebeliões ao manter reféns no domínio dele) ao requerer que um herdeiro e um outro filho (se esse tal existisse) de cada casa nobre viesse até a corte e fosse criado e treinado lá. Elvrin era um destes; ele respeitava genuinamente o rude Rei Duar, mas ele também via como o reino funcionava com uma clareza cínica e não tinha medo de falar abertamente o que pensava.
Mesmo assim, Elvrin ganhou a confiança de Duar e foi indicado como enviado real e conselheiro. A postura elegante que ele tinha nunca mudava: ele sempre vestia um tabardo, camisa de seda, calças de montaria, botas brilhando de tão bem engraxadas e uma meia capa que ostentava o brasão da família dele (três coroas de prata tombadas e penduradas ao longo de uma espada de prata apontando para cima, sobre um fundo azul escuro).

Um Legado Perdido


No desfecho da conquista de Duar sobre Sentinela dos Portões de Ferro, Elvrin foi colocado como encarregado de um destacamento de cerca de trinta guerreiros leais à coroa (alguns deles rivais uns dos outros, sem dúvida escolhidos pelo astuto Duar para evitar conspirações envolvendo a força inteira) que foram colocados em carroções para transportar as riquezas de Lagarr até o Castelo Elmo-Estrela.
Haviam cerca de vinte e alguma coisa carroções ao todo, e eles fizeram a viagem sem nenhuma pausa, trocando de cavalos três vezes em estábulos ao longo do caminho – mas somente as primeiras quatorze carroças chegaram até Elmo-Estrela. As outras “desapareceram na noite” junto com os guardas que as acompanhavam e os cavalos que as puxavam. O desaparecimento destas passou despercebido pelos outros carroceiros restantes.
As perdas incluíram muitas pratarias, baús de moedas de ouro e um cofre do tamanho de um escudão repleto de uma gama de gemas (joias herdadas por Kuthor Lagarr ou conquistadas durante a carreira dele).
Nenhuma pista das carroças desaparecidas jamais foi encontrada; elfos ou bandidos com auxílio mágico (o que mais além de magia faria as carroças desaparecerem completa e silenciosamente?) foram os principais suspeitos.
Uma traição por parte de Elvrin Coroa-Argenta parecia algo improvável; a única coisa que restou das carroças perdidas foi a mão direita de Elvrin, decepada, que foi encontrada no meio da estrada em uma poça de sangue já seco, ainda segurando a espada. Nenhum outro traço de Elvrin ou das carroças desaparecidas jamais foi encontrado, e magias conjuradas na mão e na espada falharam em rastreá-lo ou revelar qualquer informação do destino do jovem.

Notas de Rodapé de Elminster

[1] Ah sim, esse é justamente o problema. Se o “Melhor de Volo” fosse uma cerveja, ela teria, no máximo, uso para limpar penicos.
[2] Baerauble também carregou um carroção de variados títulos em seus ombros: “Alto Mago de Cormyr”, “Lorde Mago de Cormyr” e meia dúzia de outras denominações, nenhuma delas escolhidas por ele próprio.
[3] Embora me machuque muito ser reduzido ao posto de conferencista para a explicação de conceitos básicos de magia, saibam que as magia translocacionais são aquelas que envolvem o deslocamento de seres ou itens de um ponto até outro sem que haja uma passagem visível entre estes dois locais. A magia de teletransporte talvez seja a magia translocacional mais conhecida.
[4] Aqui te pouparemos das longas lamentações de Volo quanto à falta de vontade de vários funcionários dos registros reais de o permitirem ler os textos sobre o reinado de Duar, razão pela qual falta a data de nascimento do rei aqui – 385 CV, saiba-te. É suficiente dizer que escribas que evitam rasgar páginas de diários históricos são mais bem-vindos dali em diante do que aqueles que não conseguem resistir a tal medonho vandalismo. Jarthroon, aliás, ficava a leste de Suzail, na orla norte do Lago dos Dragões, onde agora fica um monte rochoso com algumas rochas espalhadas, mas exceto isso, inóspito.
[5] O nome que Duar deu para o Castelo Obarskyr – um termo que veio até ele através de um sonho, ele me disse certa vez. Quando ele teve tempo para sonhar entre as batalhas e as damas, eu não sei dize

originalmente publicado em http://aventureirosdosreinos.com/as-aventuras-de-volo-tesouros-perdidos-de-cormyr-parte-1/


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