quarta-feira, 26 de abril de 2023

A queda de Viridian

 Havia uma pequena cidade em Bielefield, conhecida como Viridian. Localizada proxima a fronteira com  Winlla, Deheon e Yuden, em uma região pedregosa, a cidade tinha uma beleza natural inigualável. Mas, como em todo o mundo de Arton, Viridian já foi cenário de inúmeras batalhas e guerras. Dentre essas guerras, a mais recente foi a Guerra Artoniana. Os Puristas eram um grupo de fanáticos que acreditavam que apenas os humanos deveriam governar Arton. Qualquer outro ser, como elfos, anões, gnomos e outras raças, deveriam ser eliminados. Esse pensamento levou a uma série de conflitos, que culminaram com  a fragmentação do Reinado.

E em Viridian, a tensão chegou ao ápice em uma manhã de sol. Um grupo de adolescentes, amigos desde a infância, caminhavam pelas ruas da cidade quando ouviram gritos e barulhos de batalha. Curiosos, foram em direção ao centro da cidade e se depararam com uma cena que jamais sairia de suas mentes.

Os Puristas haviam invadido a cidade e estavam atacando todos que não fossem humanos ou que os defendessem. As casas estavam pegando fogo e o som das espadas se chocando criava uma cacofonia aterrorizante. Os adolescentes, em choque, perceberam que estavam no meio de um massacre.Um grupo de Puristas havia notado a presença deles. 

- "Vocês estão longe de casa, não estão?" Um dos soldados indaga, com desconfiança.

Robert e  Tobey, dois meninos morenos, de olhos castanhos, se colocaram em posição de defesa. Os jovens desde pequenos eram treinados pelo pai como aprendizes de guerreiros. Zildur, um menino loiro, alto e forte, de olhos azuis, começa a esfregar os dedos nervosamente, como se estivesse se preparando para algo.

-"Não há motivo para lutar conosco", disse Robert, o mais velho dos irmãos, e o mais alto deles, encarando o soldado.

Mas Eldora, devota de Wynna, deusa da magia, não se conteve.

- "Vocês puristas de Yuden são conhecidos por rejeitar a magia. Como é possível?", ela pergunta.

- "Não perdemos tempo com ilusões. Temos uma missão a cumprir", respondeu o soldado, com um tom de desprezo.

Nesse momento, Zildur começa a reunir a magia em seu peito. Como a maioria dos meio genios, uma marca de Wynna  brilha antes de suas magias se apresentarem. Eldora percebe o que ele está fazendo e tenta impedir.

-"Não, não faça isso. Eles são fortes demais para nos enfrentar. Não temos chance".

Mas já era tarde demais. O garoto alto dispara uma flecha mágica, que vai se espatifar contra o rosto do soldado. O Tobey parte para o ataque com sua espada, enquanto seu irmão fica para trás, pronto para defender defender os amigos.
O guerreiro de armadura se aproxima do garoto moreno com sua espada longa brilhando ao sol e um olhar maligno nos olhos. O jovem, com sua espada curta em mãos, mantém uma postura defensiva, mas firme, encarando firmemente seu adversário.

O guerreiro parte para o ataque, lançando uma sequência de golpes fortes e precisos, mas Tobey consegue esquivar rapidamente e aparar com golpes rápidos e precisos, e até mesmo fazer alguns contra ataques causando pequenos arranhões na armadura do guerreiro. A luta se intensifica, com o guerreiro furiosamente investindo mais no ataque, mas o jovem novamente se esquivando e habilidosamente encontrando aberturas para desferir seus próprios golpes. A espada longa do guerreiro começa a parecer pesada em suas mãos enquanto ele agora lutava para se defender, mas sua armadura não impediu que o garoto moreno encontrasse uma abertura e desferisse um golpe certeiro em seu peito. O guerreiro cai de joelhos, a espada derrubada no chão enquanto ele ofegava de dor.  Tobey, com um olhar calmo e seguro, se afasta com sua espada curta de seu adversário derrotado.

-"Você é mais habilidoso do que pensei", diz Eldora.

Nesse instante outros puristas saem de uma casa, e ao ver o corpo do colega sem vida, partiram na direção dos jovens. Os adolescentes correram o mais rápido que puderam, tentando escapar dos Soldados. Enquanto corriam, encontraram um beco escuro e se esconderam lá. Tentaram controlar a respiração e rezaram para que os Puristas não os encontrassem.

Os minutos pareceram horas enquanto eles esperavam. Ouviam gritos e espadas sendo arrastadas, além de risadas macabras dos Puristas. Finalmente, parecia que a situação havia se acalmado e decidiram sair do esconderijo. Contudo, o que encontraram foi ainda pior. A cidade havia sido completamente saqueada e destruída pelos Puristas. Os adolescentes se abraçaram e compartilharam sua dor enquanto choravam a perda de seu lar e entes queridos, enquanto  andavam eplas ruas e viam os corpos dos mortos. Mas, eles sabiam que não podiam ficar ali e decidiram seguir em frente. Não sabiam o que o futuro lhes reservava, mas sabiam que precisavam lutar para sobreviver.

E assim, o grupo de adolescentes partiu em uma jornada que mudaria suas vidas para sempre.

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